Notícias da Saúde em Portugal 225

Sexta-feira, 27 de outubro de 2023

Editorial

No próximo domingo, dia 29 de outubro não se esqueça da mudança da hora

Os relógios atrasam uma hora na madrugada dando início ao horário de inverno.

Na madrugada de domingo em Portugal continental quando forem 02:00 os relógios devem ser atrasados 60 minutos, passando para a 01:00.

Este é um evento anual que pode ser tanto motivo de alegria como de confusão 😊 Portugal e muitos outros países vão por isso proceder ao ajuste dos relógios, marcando o fim do horário de verão.

Em Portugal e nos restantes Estados-Membros da União Europeia a mudança de hora é regida pela Diretiva 2000/84/CE do Parlamento Europeu e do Conselho da União Europeia de 19 de janeiro de 2001, que sincronizou as mudanças no horário europeu (exceto na Islândia) e prevê que todos os anos os relógios sejam, respetivamente, adiantados e atrasados uma hora no último domingo de março e no último domingo de outubro, marcando o início e o fim da hora de verão, de forma a garantir a coerência dentro do mercado único.

Esta convenção é aplicada em Portugal há cerca de um século, no entanto, existe um impasse na Europa acerca da necessidade desta mudança. Em 2019, o Parlamento Europeu votou favoravelmente para que esta medida avançasse com 410 votos a favor, 192 contra e 51 abstenções.

Tudo indicava que o fim estava iminente; em 2021, voltou a falar-se no fim desta alteração, mas tal não aconteceu até hoje.

Há países, como é o caso de Portugal, que pretendem manter a mudança de horário duas vezes por ano por considerarem que adotar permanentemente ou o horário de verão ou o de inverno não traria benefícios.

Na área da saúde, lembre-se de que a mudança de hora pode afetar o ritmo circadiano e, consequentemente, o nosso sono. Portanto, ajuste gradualmente a sua rotina de sono nos dias que antecedem a mudança da hora para minimizar o impacto desta alteração. Dormir bem é essencial para a nossa saúde e bem-estar!

Um Impasse sem fim à vista

Expresso

Na Europa, a discussão remonta a 2018. Na altura, a Comissão Europeia publicou um estudo de opinião segundo o qual 84% dos europeus são a favor de acabar com as mudanças de horário duas vezes por ano.

Em 2019, o Parlamento Europeu votou favoravelmente para que esta medida avançasse. Tudo indicava que o fim estava iminente, dependendo apenas da negociação do Conselho Europeu. A previsão era a de que os relógios seriam mexidos pela última vez em 2021, mas isso não aconteceu.

O Conselho Europeu considerou que a medida carecia de uma avaliação de impacto e remeteu o tema para a Comissão Europeia. Começa aqui o impasse que se prolonga até hoje. No site oficial do Parlamento Europeu, a medida está “à espera da posição do Conselho em primeira leitura” e tudo indica que as negociações ainda não começaram.

Pelo caminho surgiram outros temas mais prementes que têm concentrado os esforços europeus, desde o Brexit, à pandemia e mais recentemente à guerra. Entretanto, e com eleições europeias pelo meio, a proposta poderá já não reunir o consenso necessário, não sendo claro quando o tema voltará à agenda do Conselho.

CHMT com primeiro CRI de Ortopedia

SNS

O Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT) vai criar um Centro de Responsabilidade Integrado (CRI) dedicado à Ortopedia, com o objetivo de reduzir a “lista de espera cirúrgica com mais de nove meses”, anunciou a entidade em comunicado.

De acordo com o CHMT, a escolha do Serviço de Ortopedia para o primeiro CRI do CHMT, que foi contratualizado para o quadriénio 2023-2026, não é casual: a equipa multidisciplinar liderada por Amílcar Valverde, Diretor de Serviço de Ortopedia e do CRI Orto, traçou como objetivo acabar com a lista de espera cirúrgica desta especialidade acima dos tempos médios de resposta garantida do Serviço Nacional de Saúde até ao final deste ano.

Segundo dados do Centro Hospitalar, em 2021, os tempos de espera cirúrgica era de 468 dias (cerca de 15 meses) e, em 2022, rondavam os 10 meses (301 dias).

Os CRI são geridos por equipas multidisciplinares de profissionais de saúde que têm autonomia para definir estratégias e objetivos com o propósito de levar mais e melhores cuidados de saúde às populações, potenciando a capacidade instalada preexistente nos hospitais, reduzindo, assim, as listas de espera.

Ordem dos Fisioterapeutas e Entidade Reguladora da Saúde assinam Protocolo de Cooperação

OF

A Ordem dos Fisioterapeutas, representada pelo Bastonário António Lopes, e a Entidade Reguladora da Saúde (ERS), representada pelo seu Conselho de Administração, acordaram em assinar um Protocolo de Cooperação, tendo em vista a melhoria do exercício nas respetivas atribuições de cada uma das entidades.

As duas Entidades entendem que o Protocolo de Cooperação é fundamental na prossecução do objetivo comum de incremento da qualidade dos cuidados de saúde prestados ao público, bem como do garante do cumprimento da legalidade. Para além disto as duas entidades acordaram colaborar na criação de uma bolsa de peritos técnicos conducente à partilha de recursos, humanos e técnicos e de conhecimentos.

A cerimónia de assinatura do Protocolo de Cooperação decorreu esta quinta-feira, 26 de outubro, nas instalações da ERS, no Porto.

MEDSUPPORT | Testemunho da semana

"Não é um custo, é um investimento na confiança de que alguém está a tratar de tudo!"

Dra. Cristina Figueiredo | Dr. Adriana Figueiredo – Vila Nova de Gaia

Um mural no hospital de Gaia para quebrar tabus sobre a saúde mental

Jornal de Notícias

"Bloom" é o nome do mural pintado na fachada do Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia e Espinho pelo artista Guel Do It. O objetivo é falar "sobre saúde mental e encarar a doença como um processo de recuperação", diz Miguel Mazeda. A obra tem 50 metros quadrados e demorou cinco dias a concluir.

O convite foi feito pelo hospital, com a intenção de marcar o Dia Internacional da Saúde Mental, a 10 de outubro. Mas Guel Do It, artista gaiense, diz ter achado que "devia contribuir com algo mais enriquecedor", tanto para a unidade hospitalar como para si próprio.

Resolvi propor a oferta de uma obra que refletisse sobre o tema com uma dimensão considerável no edifício do Serviço de Psiquiatria (…) a obra reflete sobre o processo da doença, alertando para a preocupação pelo próximo, afastando-se das metáforas letais do medo que são criadas em torno das doenças mentais.

Miguel Mazeda

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