- MedSUPPORT.News
- Posts
- Notícias da Saúde em Portugal 241
Notícias da Saúde em Portugal 241
Terça-feira, 21 de novembro de 2023
INFARMED, I.P. aprova novo medicamento para tratamento do cancro da mama metástico
Canal S+
Um novo medicamento para o tratamento do cancro na mama metastático foi aprovado para comparticipação pelo INFARMED, I.P. (Autoridade Nacional do Medicamento), após ter sido testado que “pode reduzir significativamente o risco de morte”.
De acordo com uma nota enviada à agência Lusa pela empresa de biotecnologia Seagen, focada no desenvolvimento de terapias inovadora contra o cancro, os doentes têm agora acesso ao regime de combinação do tucatinib com outros fármacos, tratamento que “prolonga significativamente a sobrevivência global no cancro da mama metastático HER2-positivo, mesmo quando estão presentes metástases cerebrais”.
A mesma nota acrescenta que “as evidências comprovam que o tucatinib prolonga a sobrevivência global mediana dos doentes em mais de dois anos (24,7 meses), sendo que anualmente em Portugal são diagnosticados sete mil novos casos de cancro da mama, dos quais 07 a 10% são metastáticos.
O cancro da mama metastático HER2-positivo representa 15 a 20% dos cancros da mama metastáticos, segundo os mesmos dados.
O INFARMED, I.P. concedeu a comparticipação para o tucatinib em combinação com trastuzumab e capecitabina, para o tratamento de doentes adultos com carcinoma da mama HER2-positivo localmente avançado ou metastático, que tenham recebido, pelo menos, dois regimes anteriores de tratamento anti-HER2.
Citada na nota, a médica oncologista e diretora da Unidade de Mama do Centro Clínico Champalimaud, Fátima Cardoso, refere que "esta aprovação é um novo aliado muito importante para médicos e doentes, dando resposta a uma necessidade clínica importante de pacientes com cancro da mama avançado HER2+”.
“É particularmente importante para os doentes com metástases cerebrais, tanto ativas, como previamente tratadas ou não tratadas com terapias locais”, adianta referindo que melhora a qualidade de vida e assegura “o controlo da doença por um período mais longo”.
Tuberculose ainda existe e Portugal é o país da Europa Ocidental com incidência mais elevada
Diário de Notícias
A OMS divulgou há poucos dias no seu último relatório que o número de casos da doença a nível mundial bateu o recorde em 2022, registando 7,5 milhões. A diretora do programa nacional da DGS, Isabel Carvalho, explica ao DN que tal já era expectável, porque nos anos de pandemia este número desceu, mas, alerta também: "Em Portugal, ainda há muito a fazer" e "população e profissionais têm de se lembrar que a doença existe".
"Quanto menos a vemos, menos pensamos nela". A frase é dirigida à Tuberculose (TB), a doença que a Organização Mundial da Saúde (OMS) considerou, no virar do século XXI, "uma emergência mundial para a Saúde Pública". É citada ao DN pela atual diretora do Programa Nacional para a doença, da Direção-Geral da Saúde, a pneumologista Isabel Carvalho, mas, na verdade, a frase é da autoria da sua antecessora.
"A professora Raquel Duarte costumava usar esta frase, que é o problema chave da doença", explica, sublinhando, no entanto, que "Portugal tem vindo a fazer um bom trabalho nos últimos 20 anos no combate à tuberculose, porque as medidas que foram tomadas têm-se manifestado muito eficazes".
Mas, adverte, Portugal "ainda tem muito a fazer" para atingir as metas definidas pela OMS para 2035. A médica recorda que o nosso país "tem estatuto de baixa incidência a nível a mundial, mas é o que tem a incidência mais elevada na Europa Ocidental", e esta situação não pode ser esquecida.
"É preciso que todos nós, população e profissionais, nos lembremos que a doença existe" e que quando há "uma tosse e uma febre persistentes, um emagrecimento anormal e um cansaço que não passa, pensar no diagnóstico de tuberculose". Senão, os casos continuarão a ser "diagnosticados tardiamente", sublinha a especialista.
Nove infetados com Legionella na Galiza. Direção de saúde investiga
Observador
Nove pessoas estão infetadas com Legionella nos municípios de A Guarda e O Rosal, na Galiza, Espanha, e a direção geral de Saúde Pública está a investigar a origem do surto, disse, esta segunda-feira, à Lusa aquela entidade.
Numa nota de imprensa, a direção geral de Saúde Pública do Departamento de Saúde da Xunta de Galicia diz estar a “investigar o surto de Legionella com nove casos nos concelhos da Guarda e O Rosal”. “Ainda não existem conclusões sobre qual a fonte de contágio”, acrescenta.
A direção geral refere que, “no âmbito da investigação ambiental, foram recolhidas amostras de água das zonas onde residem as pessoas afetadas, assim como do domicílio de cinco delas”, descreve. Até ao momento, os resultados “foram negativos”.
De acordo com a informação enviada à Lusa, os nove doentes foram hospitalizados, mas três já receberam alta. “Seguindo os protocolos de Saúde Pública, constituiu-se uma equipa de investigação epidemiológica e ambiental do surto e foram realizados os inquéritos pertinentes”, indicou.
Estudo mostra que o cérebro das crianças é moldado pelo tempo que passam em frente aos ecrãs
Sapo
Revendo a literatura de janeiro de 2000 a abril de 2023, os investigadores examinaram estudos sobre os hábitos digitais de crianças a partir dos seis meses de idade e o seu impacto no desenvolvimento do cérebro. O documento termina com um apelo urgente à ação para que os decisores políticos baseiem as decisões nestas conclusões para apoiar práticas baseadas em evidências para educadores e pais.
O tempo que passam em frente aos ecrãs tem um impacto duradouro na estrutura e funcionalidade do cérebro dos jovens, sugere um novo estudo. Os cientistas relatam que atividades como assistir televisão, jogar videojogos ou usar um tablet podem ter consequências benéficas e prejudiciais.
De acordo com uma revisão que abrange 23 anos e 33 estudos de neuroimagem, esse tempo causa alterações no córtex pré-frontal – a parte do cérebro responsável por funções como memória de trabalho e resposta adaptativa em diversas situações.
A investigação destaca que crianças menores de 12 anos que usam tablets tendem a apresentar pior função cerebral e menor capacidade de resolução de problemas. Além disso, os videojogos e o uso intenso da Internet mostraram uma ligação com mudanças adversas nas regiões cerebrais que afetam os quocientes de inteligência e o volume cerebral em quatro estudos separados.
A pesquisa teve como objetivo compreender como a atividade digital afeta a plasticidade cerebral durante estágios vitais do desenvolvimento. Estudos anteriores estabeleceram que o desenvolvimento visual ocorre predominantemente antes dos oito anos, enquanto o período primário para a aprendizagem de línguas se estende até aos 12 anos.
Reply