Notícias da Saúde em Portugal 254

Terça-feira, 12 de dezembro de 2023

Novo modelo para prevenção e tratamento da obesidade no SNS

SNS

O Ministério da Saúde decidiu reforçar a resposta à obesidade, criando pela primeira vez um programa de resposta integrada a esta doença crónica no Serviço Nacional de Saúde (SNS). O objetivo é contribuir para intervenções mais precoces e eficazes, da prevenção ao tratamento, que permitam reduzir o impacto negativo do excesso de peso na saúde da população, reconhecendo-se que este é um dos fatores de risco que mais contribui para a carga de doença em Portugal.

Com um despacho publicado esta segunda-feira, 11 de dezembro, em Diário da República, o Governo determina a implementação de um Modelo Integrado de Cuidados para a Prevenção e Tratamento da Obesidade nos Cuidados de Saúde Primários (CSP) e nos Cuidados Hospitalares (CH), estabelecendo os princípios a seguir em cada um dos contextos, bem como a necessidade de articulação entre os serviços para uma continuidade dos cuidados prestados aos utentes.

“A obesidade, enquanto doença crónica e simultaneamente um dos fatores de risco para o desenvolvimento de outras doenças muito prevalentes no nosso país, como a diabetes, as doenças cardiovasculares e as doenças oncológicas, é um dos fatores de risco que mais contribui para a carga da doença em Portugal, para além de condicionar de forma significativa a qualidade de vida e o bem-estar das pessoas”, refere o diploma, indicando que atualmente o excesso de peso, que inclui a pré-obesidade e a obesidade, atinge 67,6% da população adulta portuguesa e a obesidade apresenta uma prevalência de 28,7%.

Entre as medidas a implementar incluem-se o reforço das ações de prevenção desde a gravidez e primeira infância, nomeadamente com intervenções no âmbito das consultas de planeamento familiar, de vigilância da gravidez de baixo risco e puerpério, de vigilância da saúde infantil e juvenil e ainda no âmbito da Saúde Escolar. É ainda determinada a implementação de um programa de deteção precoce da pré-obesidade e obesidade nos Cuidados de Saúde Primários junto da população com maior risco, designadamente mulheres grávidas e puérperas; crianças e jovens até aos 18 anos; pessoas com doença crónica, em particular, diabetes, doenças cardiovasculares, hipertensão e dislipidemia e pessoas em consulta de cessação tabágica, podendo ser alargado aos restantes utentes.

Todos pelo IPO

SNS

No mês em que o Instituto Português de Oncologia de Lisboa Francisco Gentil (IPO Lisboa) completa 100 anos é tempo de reforçar o convite a toda a população para que se envolva numa campanha de reciclagem que protege a saúde e o ambiente.

A iniciativa ‘Todos pelo IPO’, promovida em colaboração com o Electrão, decorre até ao dia 31 de dezembro e tem como objetivo o correto encaminhamento de pilhas, baterias e equipamentos elétricos usados para reciclagem.

Todas as pilhas, baterias e equipamentos elétricos usados podem ser entregues nos mais de 11 mil pontos da rede Electrão que podem ser consultados no site www.ondereciclar.pt. Um deles situa-se no recinto do IPO Lisboa.

Podem associar-se a esta campanha pessoas e empresas. O resultado desta recolha será convertido num apoio financeiro a atribuir ao IPO Lisboa. Com o valor que resultar desta campanha solidária, o IPO Lisboa irá adquirir equipamento médico para reforçar a qualidade de prestação de cuidados de saúde.

Um em cada seis portugueses têm insuficiência cardíaca (90% nem sequer sabe)

SIC Notícias

Um em cada seis portugueses com mais de 50 anos tem insuficiência cardíaca, um número que quase duplicou face às estimativas de há duas décadas, e cerca de 90% nem sequer sabe, indica um estudo.

Já imaginávamos que íamos ter uma percentagem de doentes com insuficiência cardíaca muito superior àquilo que há 20 anos se tinha diagnosticado, até porque a forma de diagnosticar mudou, os critérios mudaram (...) e a população mudou muito. Mas esta magnitude de resultados confesso que não estávamos efetivamente à espera.

Cristina Gavina - Investigadora Principal

A responsável considerou ainda que estes dados mostram "um problema de saúde pública com uma dimensão muito considerável", que terá de mudar a forma como se olha para a insuficiência cardíaca em Portugal.

Sublinhando que a população agora está muito mais envelhecida - com cada vez mais doenças associadas que estão diretamente relacionadas com a insuficiência cardíaca, como a diabetes, a hipertensão e a obesidade -, a responsável apela a uma tomada de medidas urgentes para um diagnóstico mais precoce.

Está com tosse? Pode ser um bom sinal, perceba porquê

SIC Notícias

Tal como a febre, a tosse é na verdade um mecanismo de defesa, que tem o propósito de expelir o ar ou secreções que temos nos pulmões. E isto é bom porque nos ajuda a combater infeções, por exemplo. Se temos expetoração e vírus dentro do pulmão, queremos mandá-lo cá para fora.

Portanto, não é propriamente uma doença mas um sintoma ou manifestação de outro problema. Por isso é que quando vai à consulta porque quer um xarope para a tosse, é provável que o médico queira antes perceber qual é a causa e tratá-la adequadamente.

O contexto da tosse é muito importante. É uma tosse que só aparece a noite? É seca ou têm expetoração? Esteve doente? Fuma? Perdeu peso? Tem alergias? Tudo isto vai facilitar o diagnóstico.

A tosse pode durar até três semanas, e desde que o quadro clínico melhore, basta ir vigiando. Quando a tosse dura mais de três semanas ou se acompanha de sinais de alarme, ai sim devemos investigar.

A asma, a rinite alérgica, problemas cardíacos, o tabaco, ou outras doenças respiratórias podem associar-se a quadros de tosse mais prolongados. E há ainda uma causa muito comum e que a maioria das pessoas desconhece: o refluxo gastro esofágico grafismo.

Lembre-se que na maioria das vezes a tosse é um mecanismo de defesa importante e não precisa nem de raio-x, nem de xaropes, nem de antibióticos.

Cerca de 20% dos jovens do ensino superior podem ter dependência de jogo

Sapo

Um estudo da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP) mostra que quase 20% de jovens estudantes do ensino superior público da cidade do Porto podem sofrer de dependência de jogo, também designada como “vício do jogo”, atualmente classificada como uma doença mental.

Num trabalho recentemente publicado, envolvendo 1123 estudantes, com uma média de idades de 22,4 anos, 3,1% dos participantes apresentavam critérios de dependência de jogo e 16,6% sinais de probabilidade acrescida de jogo patológico, valores superiores à prevalência estimada em adultos por parte da Organização da Mundial da Saúde (OMS) e aos números indicados noutros estudos realizados em Portugal.

“Quase um em cada cinco estudantes do Ensino Superior público do Porto pode apresentar dependência de jogo. Estes resultados são preocupantes”, referem os investigadores da FMUP e do CINTESIS – Centro de Investigação em Tecnologias e Serviços de Saúde.

De todos os jogos em causa, os jogos com moedas virtuais, as apostas desportivas, a lotaria e o jogo de cartas “a dinheiro” são os que envolvem mais risco de patologia do jogo.

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