Notícias da Saúde em Portugal 265

Sexta-feira, 5 de janeiro de 2024

Saúde Sustentável, de tod@s para tod@s

SNS

A Direção-Geral da Saúde (DGS) lançou no final de dezembro de 2023 a campanha “Saúde Sustentável, de tod@s para tod@s” para dar a conhecer o Plano Nacional de Saúde (PNS) 2030.

Alinhado com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030, o PNS 2030 procura facilitar a governação da Saúde para a Saúde, nos níveis nacional, regional e local.

A campanha criou a possibilidade de se gerar um SMS gratuito para desejar uma “Boa Saúde” a amigos, familiares e conhecidos, através do site do Plano Nacional de Saúde 2030.

Conheça os centros de saúde abertos à noite e no fim de semana

Jornal de Notícias

Nos dias úteis há 42 centros de saúde abertos depois das 20 horas. Veja aqui a listagem.

Para dar resposta à elevada procura de cuidados de saúde, no próximo fim de semana haverá 189 centros de saúde. Pode consultar aqui.

Em comunicado, o Ministério da Saúde reforça a importância de conhecer as alternativas aos serviços de urgência dos hospitais e de ligar previamente para o SNS24 (808 24 24 24) para aconselhamento e encaminhamento para a unidade de saúde mais adequada.

"É essencial que os utentes recorram aos níveis de cuidados recomendados, de modo particular nos momentos de maior procura como o que se vive atualmente em resultado do incremento das infeções respiratórias e do tempo frio, que pode descompensar doença crónica".

MedSUPPORT | Testemunho da semana

"Equipa empenhada, simpática e cheia de profissionalismo."

Dra. Marisa Guedes | Marisa Guedes - Clínica Médica Dentária - Trancoso e Fornos de Algodres

O vírus da gripe em circulação vive há mais de 100 anos e cria sempre excesso de mortes

Diário de Notícias

Mal o ano começou e o site oficial que faz a vigilância da mortalidade em Portugal (evm.min-saude.pt) alerta para a existência de um excesso de mortalidade, que não era expectável. A sua origem pode estar na epidemia de gripe A que se está a viver, originada pelo vírus em circulação, o H1N1, que, na verdade, “cada vez que reaparece tem grande impacto”, afirma ao DN o epidemiologista e professor da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, Manuel Carmo Gomes. Aliás, o especialista diz mesmo que “é um vírus de má memória”. Senão vejamos: “Foi o vírus responsável pela pandemia de 1918-1919, mantendo-se connosco desde essa época, embora com várias mutações. Mas não só esteve associado à Gripe Espanhola, como também na origem da epidemia que nos assustou em 2009, precisamente pelos óbitos que provocou, atingindo muitas pessoas jovens, com menos de 65 anos. Nesta altura, foi também um vírus muito perigoso para as grávidas. Portanto, do ponto de vista clínico é um vírus que deixou más memórias.”

“Em 2020-2021, praticamente não houve gripe, em 2022 tivemos gripe de forma muito moderada, com a circulação de um vírus também do tipo A, o H2N3. No ano passado, esteve em circulação outro vírus do tipo A, o H3N2. Ou seja, há quatro anos que não tínhamos contacto com o H1N1 e os sistemas imunitários estão mais vulneráveis ao vírus, principalmente os dos idosos que podem desenvolver outras complicações, sobretudo se não se vacinarem.”

Manuel Carmo Gomes

Para Carmo Gomes, o cenário atual de epidemia de gripe é o que pode estar a provocar o excesso de mortalidade registado no site oficial sobre a vigilância da mortalidade, que, ontem, dava indicação de um excesso de 741 óbitos nos últimos sete dias.

O lado “bom” deste H1N1, em circulação, é que a vacina recomendada pela Comissão de Vacinação da Direção-Geral da Saúde “tem um bom matching com esse vírus” - ou seja, tem o próprio vírus, podendo atenuar o impacto e as complicações. Portanto, “quem tem indicação para se vacinar e não o fez, deveria fazê-lo”, explica Carmo Gomes, que também integra a comissão da DGS.

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