Notícias da Saúde em Portugal 273

Quarta-feira, 17 de janeiro de 2024

Excesso de mortalidade provoca corrida às vacinas da Gripe e Covid

Diário de Notícias

A elevada mortalidade em Portugal fez soar alarmes há duas semanas. Especialistas e autoridades apontaram a ausência de vacinação como uma das causas, apelando à sua administração. Na semana passada as farmácias começaram a registar um aumento da procura e, neste momento, já estão a pedir vacinas adicionais.

Há dez dias que o número de óbitos diários em Portugal baixou da barreira dos mais de 500, mas, mesmo assim, entre os dias 5 e 10 o registo oficial ainda revelava um número significativo, entre os 496 e os 483. Até aqui, Portugal era o único país de um grupo de 24 da Europa (entre os quais Espanha, França, Itália, Alemanha e Reino Unido) com a classificação de “excesso muito elevado de mortalidade”. Isto mesmo foi também confirmado pelo site oficial de vigilância da mortalidade, o qual só ontem, e desde que se entrou no ano de 2024, referia que esta estava “dentro do esperado”, contabilizando 403 óbitos em excesso nos últimos sete dias. Recorde-se que, há uma semana, este valor era de 751 óbitos diários, atingindo depois os 797. Só a partir de sexta-feira, dia 12, é que baixaram para 408. No sábado voltaram a subir para 424, no domingo reduziram para 391 e ontem, até à hora do fecho desta edição, estavam em 316.

O excesso de mortalidade fez soar os alarmes há duas semanas e tanto especialistas da área como as autoridades de saúde, nomeadamente a Direção-Geral da Saúde, começaram a apelar à vacinação contra a gripe e covid-19, já que a cobertura vacinal estava muito aquém do esperado - segundo os dados oficiais, situava-se em 63% e 53% nas faixas etárias acima dos 60 anos.

Vacina da gripe é dada na hora. Covid só por marcação

O DN fez uma ronda por várias farmácias da cidade de Lisboa para perceber se esta orientação da DGS estava a ter efeito automático ou não. E em todas pudemos confirmar que a vacina contra a gripe está disponível para ser dada no momento, mas em relação à da covid-19, tal só é possível por marcação. Isto porque, explicaram-nos, “uma vacina da covid-19 dá para seis doses e temos de ter as seis pessoas marcadas para não desperdiçar nenhuma”.

O mesmo foi-nos dito em alguns centros de saúde da capital, confirmando-se que “a vacina da gripe pode ser tomada já, mas quem quiser apanhar as duas ao mesmo tempo terá de marcar, por causa da vacina da covid”.

Consumo de tabaco diminuiu nos últimos anos

SIC Notícias

A Organização Mundial da Saúde (OMS) indica que o número de adultos que consomem tabaco em 150 países tem vindo a diminuir nos últimos anos.

Embora se verifique uma menor taxa de tabagismo na maioria dos países, as mortes relacionadas com tabaco deverão permanecer elevadas. Os dados revelam que o tabaco mata mais de oito milhões de pessoas por ano, sendo que 1,3 milhões são não-fumadores expostos ao fumo passivo.

Apesar desta diminuição do número de fumadores, a redução de 30% prevista entre 2010 e 2025 não deverá acontecer. Os dados apontam que 56 países deverão cumprir esse objetivo, incluindo o Brasil, que já conseguiu reduzir o consumo de tabaco em 35% desde 2010.

A OMS refere que 10% dos jovens entre os 13 e os 15 anos em todo o mundo consomem um ou mais tipos de tabaco, chamando a atenção para os novos produtos “sem fumo”. Este valor reflete-se em pelo menos 37 milhões de adolescentes consumidores de tabaco, incluindo pelo menos 12 milhões que utilizam estes novos produtos.

O que sabe a ciência sobre o impacto do plástico na saúde

SIC Notícias

A ciência demonstrou há décadas que o plástico lançado no meio ambiente, como o das minúsculas bolas que estão a dar à costa no norte de Espanha, acaba por penetrar no corpo humano e afetar a saúde.

Os investigadores dividiram as partículas de plástico encontradas em quase todos os órgãos, tecidos e membranas do corpo humano em dois tipos: microplásticos (menos de cinco milímetros) e nanoplásticos (com diâmetros inferiores a 0,001 milímetros), segundo uma notícia divulgada hoje pela agência noticiosa espanhola EFE.

Estas últimas partículas, um dos principais poluentes do ambiente, especialmente da água, podem "ter dimensões 70 vezes inferiores ao diâmetro de um cabelo" e conseguem "atravessar as membranas celulares do nosso corpo, tornando-se mais fácil a sua ingestão e absorção", representando um potencial risco para a saúde, segundo o MARE - Centro de Ciências do Mar e do Ambiente.

O centro de investigação ligado à Universidade de Lisboa divulgou na semana passada um estudo sobre como os nanoplásticos podem afetar células intestinais e cerebrais e desencadear respostas inflamatórias no corpo humano.

Embora ainda haja muito para saber sobre o impacto do plástico na saúde, clique no link abaixo para ver algumas das principais evidências.

Uso de máscaras "tem de ser normal": especialistas defendem medida no combate à gripe

SIC Notícias

A Associação Nacional dos Médicos de Saúde Pública (ANMSP) afirma que o uso de máscara nos hospitais seria benéfico para travar a gripe. Espanha já tornou a máscara obrigatória, mas em Portugal continua a depender da decisão de cada hospital.

Depois da pandemia, os hospitais foram dos últimos locais onde caiu a obrigatoriedade do uso de máscara, numa altura em que também se abandonou o uso de circuitos de circulação, que evitam a concentração e mistura de utentes. Medidas que poderiam estar agora em vigor devido à grande pressão nos hospitais.

“Medidas adotadas como no tempo da pandemia são excecionais e não faria sentido que o Governo assim o determinasse. Mas os hospitais e centros de saúde deveriam ter tido, em alguns locais, a coragem de adotar essas medidas para tornar os locais mais seguros.”

Gustavo Tato Gomes - Associação Nacional dos Médicos de Saúde Pública

Especialistas alertam para perda auditiva e zumbidos associados aos videojogos

Público

Especialistas alertam para perda auditiva e zumbidos associados aos videojogos
Quem joga videojogos regularmente pode estar mais propenso a perder audição permanentemente, assim como de desenvolver tinnitus, também conhecidos como zumbidos ou acufenos. Isto, porque os níveis sonoros atingidos durante o jogo se aproximam (e excedem, muitas vezes) dos limites de segurança recomendados.

É isso que demonstra um estudo internacional, feito com base na revisão de 14 artigos científicos dedicados ao assunto, divulgado esta terça-feira na revista British Medical Journal (BMJ).

A boa notícia é que esta perda auditiva, que segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) afeta cerca de 5% da população global, pode ser evitável. Para isso, são necessárias medidas como a redução da exposição ao som e o recurso a ferramentas que permitem monitorizar a quantidade de som que está a ser consumida.

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