Notícias da Saúde em Portugal 278

Quarta-feira, 24 de janeiro de 2024

Caso importado de Sarampo na Região Norte

DGS

A Direção-Geral da Saúde (DGS) informa que foi confirmado a 23 de janeiro de 2024 um caso importado de sarampo na Região Norte, numa pessoa do sexo masculino, de 54 anos de idade, não residente em Portugal e sem evidência de estar vacinado contra o sarampo.

O caso foi confirmado laboratorialmente pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge.

Este novo caso de sarampo não tem ligação epidemiológica conhecida com os casos anteriores.

A pessoa está clinicamente bem e já não se encontra em período de infecciosidade.

Aceda ao comunicado aqui.

Análise ao sangue pode vir a diagnosticar Alzheimer

Diário de Notícias

Um estudo científico liderado pelo investigador Nicholas Ashton, especialista em Psiquiatria e Neuroquímica da universidade de Gotemburgo, na Suécia, conclui que uma simples análise ao sangue pode ser o caminho para diagnosticar, de forma precoce, a doença de Alzheimer. O estudo incluiu 786 participantes, uns com sinais de demência, outros sem qualquer sintoma. Estas pessoas foram submetidas a exames cerebrais, punções lombares e recolha de sangue. A análise ao sangue serve para medir os níveis de uma proteína denominada p-tau217, um marcador de alterações biológicas que acontecem ao nível do cérebro quando a doença de Alzheimer está em desenvolvimento. Assim sendo, é possível prever, através desta análise, se uma pessoa poderá vir a ter a doença, mesmo antes de se desenvolverem sintomas.

“O que impressiona nestes resultados é o facto de a análise ao sangue ter tanta precisão como os testes avançados, como as análises ao líquido cefalorraquidiano e os exames cerebrais, para mostrar a patologia da doença de Alzheimer no cérebro.”

Nicholas Ashton

Ao mesmo tempo, este estudo, agora publicado no conceituado site Jama Medical News, abre o caminho ao diagnóstico precoce, tornando o rastreio da doença de Alzheimer tão comum como outros. David Curtis, professor honorário do UCL Genetics Institute, University College, de Londres, afirma, em declarações ao The Guardian: “Todas as pessoas com mais de 50 anos poderiam fazer análise de rotina, a cada poucos anos, da mesma forma que agora são examinadas para o colesterol alto. É possível que os tratamentos atualmente disponíveis para a doença de Alzheimer funcionem melhor naqueles diagnosticados precocemente desta forma.”.

Criança surda ouve pela primeira vez graças a tratamento inédito nos EUA

Diário de Notícias

A voz do pai ou o barulho dos carros, um jovem de 11 anos ouviu "pela primeira vez na vida" depois de uma nova terapia genética, anunciou esta terça-feira um hospital da cidade norte-americana de Filadélfia.

Esta terapia, inédita nos Estados Unidos, representa esperança para pacientes de todo o mundo que sofrem de perda auditiva causada por mutações genéticas, explicou em comunicado de imprensa o Hospital Infantil da Filadélfia (CHOP, na sigla em inglês), que realizou o tratamento.

Aissam Dam nasceu "profundamente surdo" devido a uma anomalia muito rara num único gene.

"A terapia genética para perda auditiva é uma meta que nós, como médicos e cientistas especializados em perda auditiva, procuramos há mais de 20 anos. E finalmente chegamos lá", realçou o cirurgião John Germiller, diretor de investigação clínica em otorrinolaringologia, citado na nota de imprensa.

ULS de São José realizou 406 transplantes em 2023, mais 19,7% face a 2022

Canal S+

A Unidade Local de Saúde (ULS) de São José realizou 406 transplantes de órgãos no ano passado, mais 19,7% relativamente a 2022, revelam dados hoje divulgados, segundo os quais o transplante do pulmão atingiu o maior número de sempre.

Em 2023, seis em cada 10 dadores eram homens e a idade máxima do dador foi de 86 anos, referem os dados avançados à agência Lusa pelo Gabinete Coordenador de Colheita e Transplantação (GCCT) da ULS São José, que engloba os hospitais São José, Curry Cabral, Santa Marta, Capuchos, D. Estefânia e Maternidade Alfredo da Costa.

Relativamente ao transplante pulmonar, Fernando Rodrigues explicou que todos os transplantados rececionaram os dois pulmões, tendo havido um aumento de 35 recetores em 2022 para 44 em 2023.

Segundo Fernando Rodrigues, houve um “aumento sustentado” dos transplantes em 2023, que considerou ser “fruto da recuperação” que tem vindo a ser feita dos anos da pandemia e “do ajuste das unidades de cuidados intensivos à nova realidade, com a diminuição de ocupação de camas por doentes vítimas de covid grave e também por “uma maior disponibilidade para a assistência a potenciais dadores e ao tratamento que esses potenciais dadores carecem” antes de se avançar para uma colheita de órgãos efetiva.

No ano passado, houve sete dadores vivos de rim e um dador vivo de fígado, disse, observando que a legislação portuguesa também já permite “a doação altruísta” em que o dador desconhece quem vai receber o órgão, tendo havido até ao momento dois dadores.

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