Notícias da Saúde em Portugal 282

Terça-feira, 30 de janeiro de 2024

Proibidas práticas de conversão sexual forçada

SNS

Foi publicada esta segunda-feira, 29 de janeiro, em Diário da República, a lei que proíbe as denominadas práticas de “conversão sexual” contra pessoas LGBT+, criminalizando os atos dirigidos à alteração, limitação ou repressão da orientação sexual, da identidade ou expressão de género.

De acordo com o decreto-lei da Assembleia da República, são proibidas quaisquer práticas destinadas à conversão forçada da orientação sexual, identidade ou expressão de género. Quem submeter outra pessoa a atos que visem a alteração ou repressão da sua orientação sexual, identidade ou expressão de género, incluindo a realização ou promoção de procedimentos médico-cirúrgicos, práticas com recursos farmacológicos, psicoterapêuticos ou outros de caráter psicológico ou comportamental, é punido com pena de prisão até 3 anos ou com pena de multa, se pena mais grave não lhe couber por força de outra disposição legal.

Devem ser promovidas campanhas de informação destinadas a pais, jovens e comunidade e medidas de promoção do acesso a cuidados de saúde que contribuam para diminuir a repressão e limitação da orientação sexual.

Projeto melhora higiene oral e combate obesidade em crianças de Viseu Dão Lafões

OMD

O projeto ‘Comer Bem, Sorrir Melhor’, iniciativa de inovação social, permitiu corrigir problemas de higiene oral e de obesidade identificados nas crianças dos 6 aos 10 anos, matriculadas nas escolas públicas da Comunidade Intermunicipal (CIM) Viseu Dão Lafões, investidor social desta iniciativa.

Uma das conclusões mais relevantes do estudo é que 73,3 por cento das crianças observadas, com risco moderado de desenvolverem cárie dentária, melhoraram os comportamentos alimentares e de higiene oral evoluindo para risco baixo. Na avaliação nutricional, 51,5 por cento das crianças diagnosticadas com obesidade diminuíram o seu Índice de Massa Corporal (IMC) para pré-obesidade.

Este projeto demonstra que atuar em alunos do 1º ciclo traz ganhos muito positivos no imediato, mas também numa perspetiva futura, pois estamos a aumentar a literacia em saúde destas crianças”, afirma Miguel Pavão, bastonário da Ordem dos Médicos Dentistas (OMD), sublinhando a importância dos bons hábitos de higiene oral e do acompanhamento médico dentário desde cedo: “A prevenção permite evitar casos que necessitem de tratamentos mais complexos”.

Cinco unidades de saúde arrancam em fevereiro com equipas dedicadas à urgência

Jornal de Notícias

O Governo publicou hoje, em Diário da República, a portaria que estabelece as novas regras e incentivos que serão atribuídos aos centros de responsabilidade integrados com equipas dedicadas ao serviço de urgência (CRI-SU).

Numa primeira fase vão avançar cinco projetos-piloto nas Unidades Locais de Saúde (ULS) de Santa Maria, São José, em Lisboa, de Coimbra, e São João e Santo António, no Porto, que são "cinco das urgências mais diferenciadas" no Serviço Nacional de Saúde (SNS), adiantou à agência Lusa o secretário de Estado da Saúde.

Para o governante, trata-se de "uma inovação organizacional muito importante para os serviços de urgência do SNS". "Queremos que esses projetos permitam trazer estabilidade ao funcionamento dos serviços de urgência e permitam também melhorar as condições de resposta destes serviços de urgência", defendeu.

Start-up de Elon Musk colocou o seu primeiro implante cerebral num paciente

SIC Notícias

O empresário Elon Musk anunciou esta segunda-feira que a 'start-up' Neuralink, da qual é cofundador, colocou no domingo o seu primeiro implante cerebral num paciente, operação que já foi realizada por outras empresas e investigadores.

Localizada em Fremont (Califórnia), nos subúrbios de São Francisco, a Neuralink obteve 'luz verde' da agência para os medicamentos e alimentos dos Estados Unidos (FDA, na sigla em inglês), em maio.

O seu implante, do tamanho de uma moeda, já foi colocado no cérebro de um macaco, que conseguiu jogar o videojogo "Pong" sem comando ou teclado.

"Os primeiros resultados mostram atividade cerebral promissora", sublinhou Elon Musk na rede social X, sobre o implante numa pessoa.

Investigação sobre doença coronária com recurso a inteligência artificial recebe bolsa de 100.000 euros 

CNN

A investigadora Jennifer Mancio da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP), autora de um projeto que tem como objetivo o despiste de doença coronária com recurso a inteligência artificial, é a vencedora da bolsa D. Manuel Mello.

De acordo com informação divulgada esta terça-feira, a bolsa de 100 mil euros permitirá desenvolver um projeto que, através de um algoritmo de inteligência artificial, despista “em segundos a presença de doença coronária, de uma forma segura e com mais benefícios para os doentes e para o sistema de saúde”.

O projeto de Jennifer Mancio, que é investigadora e professora na FMUP, chama-se “SAFE-CT: exclusão de doença coronária utilizando inteligência artificial na Tomografia Computadorizada sem contraste”.

“É fundamental encontrar uma estratégia personalizada para selecionar os doentes que efetivamente necessitam deste tipo de exame, evitando assim uma exposição desnecessária à radiação ionizante e ao contraste e, simultaneamente, a sobrecarga do sistema de saúde”, explicou Jennifer Mancio.

Obesidade e álcool contribuem para aumento das taxas de cancro do intestino entre os jovens da EU

Notícias Saúde

O excesso de peso e a obesidade estão a contribuir para o aumento das taxas de mortalidade por cancro do intestino entre as pessoas com idades entre os 25 e os 49 anos na União Europeia (UE) e no Reino Unido, embora as taxas de mortalidade por este tipo de cancro estejam a diminuir em toda a Europa.

As conclusões constam de um novo estudo publicado na revista Annals of Oncology, que pela primeira prevê um aumento das taxas de mortalidade por cancro do intestino entre os jovens adultos em alguns países da UE.

“Os principais fatores que contribuem para o aumento das taxas de cancro do intestino entre os jovens incluem o excesso de peso, a obesidade e os problemas de saúde conexos, como os níveis elevados de açúcar no sangue e a diabetes”, afirma La Vecchia.

“Outras razões são o aumento do consumo excessivo de álcool ao longo do tempo na Europa Central e do Norte e no Reino Unido, bem como a redução da atividade física. O consumo de álcool tem sido associado ao cancro do intestino de início precoce, e os países onde se verificou uma redução do consumo de álcool, como França e Itália, não registaram aumentos tão acentuados nas taxas de mortalidade por este cancro. O cancro do intestino de início precoce tende a ser mais agressivo, com taxas de sobrevivência mais baixas, em comparação com o cancro do intestino diagnosticado em pessoas mais velhas”, acrescenta.

“Os governos nacionais devem considerar o reforço das políticas de incentivo ao aumento da atividade física, à redução do número de pessoas com excesso de peso ou obesas e à redução do consumo de álcool (…) Os governos devem considerar o alargamento do rastreio do cancro do intestino a idades mais jovens, começando aos 45 anos.”

Carlo La Vecchia

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