Notícias da Saúde em Portugal 289

Quinta-feira, 8 de fevereiro de 2024

Next Health Summit

SNS

Na conferência, dedicada à gestão da doença crónica, o Secretário da Estado da Saúde defendeu que “a abordagem do doente crónico obriga não só a considerar os cuidados de saúde, mas também a pensar o dia-a-dia, o conforto e a qualidade de vida de milhares de cidadãos”.

Neste sentido, Ricardo Mestre referiu algumas medidas que “facilitam a vida das pessoas”, como o alargamento da validade das receitas médicas e dos pedidos de exames, a distribuição de medicamentos hospitalares em proximidade, e a renovação nas farmácias de medicamentos para as doenças crónicas.

A tecnologia é um ponto decisivo na modernização do SNS, sendo uma das áreas abrangidas pelo Plano de Recuperação e Resiliência. “Com investimento destinado à transformação digital da saúde estamos a reforçar as infraestruturas e redes de dados, a criar novas ferramentas para os cidadãos, a valorizar o trabalho dos profissionais e a desenvolver os novos circuitos de armazenamento e utilização de dados”, concluiu Ricardo Mestre.

OMD quer regulamentação de alinhadores vendidos online

OMD

A Ordem dos Médicos Dentistas (OMD) quer ver regulamentada a venda online de alinhadores ortodônticos, principalmente nas redes sociais, face à existência de casos graves de doentes que chegam aos consultórios com perda de dentição após o autotratamento sem supervisão de um médico dentista.

A recomendação da OMD, através do Colégio de Ortodontia, surge após o parecer emitido no final do ano passado pelo Council of European Dentists (CED) devido aos riscos associados à crescente publicidade de ortodontia ‘faça você mesmo’, uma situação também verificada em Portugal.

Para a OMD, todo e qualquer tratamento ortodôntico exige um diagnóstico e acompanhamento rigorosos por parte de um médico dentista qualificado. Todas as etapas, reforça a OMD, devem ser presenciais, para uma avaliação permanente da evolução do tratamento, mitigando efeitos colaterais indesejáveis.

Miguel Pavão, bastonário da OMD, considera que “o autotratamento ortodôntico acarreta riscos graves para o doente”. “Chegam aos consultórios dos médicos dentistas em situações preocupantes, em que já não é possível salvar parte da dentição ou com cáries a necessitarem de intervenções invasivas ou ainda com infeções avançadas”, acrescenta, sublinhando a importância de ser criada a regulamentação necessária para salvaguardar o bem-estar do doente e os cuidados médicos mais apropriados.

A abordagem ‘faça você mesmo’ não implica contacto com um médico dentista qualificado, nem a realização de exames clínicos ou radiológicos – as imagens são obtidas pelo próprio paciente ou numa filial da empresa. Segundo o parecer do CED, muitas destas empresas dizem ter um médico dentista a supervisionar o plano de tratamento, embora o paciente nunca o conheça pessoalmente. Também obrigam à assinatura de contratos de confidencialidade, limitando a liberdade e autonomia do doente na denúncia de problemas decorrentes do tratamento.

Desenvolvida técnica que multiplica por cem o poder das células contra o cancro

Jornal de Notícias

Os detalhes do estudo foram publicados esta quarta-feira na revista Nature, num artigo da autoria de investigadores da Universidade da Califórnia, São Francisco (UCSF) e da Northwestern, que poderão ter encontrado uma forma de contornar as limitações das células T modificadas utilizadas em imunoterapias "utilizando alguns truques do próprio cancro".

O investigador Jaehyuk Choi sublinhou que "o superpoder que torna as células cancerígenas tão fortes pode ser transferido para terapias com células T, para as tornar suficientemente poderosas para eliminar cancros que antes eram incuráveis".

As terapias celulares são medicamentos vivos, porque vivem e crescem dentro do paciente e podem proporcionar imunidade a longo prazo contra o cancro.

Nesse sentido, os investigadores afirmam que, embora as imunoterapias atuais funcionem apenas contra cancros do sangue e da medula óssea, as células T que conceberam foram capazes de atuar contra tumores de pele, pulmão e estômago, nos estudos em ratos.

"As nossas descobertas permitem que as células T destruam vários tipos de cancro", frisou Choi, acrescentando que esta abordagem "funciona melhor do que qualquer coisa vista anteriormente".

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