Notícias da Saúde em Portugal 298

Quarta-feira, 21 de fevereiro de 2024

Venda de medicamentos para tratar obesidade duplica em quatro anos

Jornal de Notícias

Farmácias entregaram mais de 80 mil embalagens em 2023. Falta de comparticipação dificulta acesso.

O uso de medicamentos para combater a obesidade quase duplicou em Portugal nos últimos quatro anos, apesar de serem caros e não terem comparticipação. Sociedades defendem que é preciso facilitar acesso para tratar utentes e evitar outras doenças.

Saquetas de chá, comida para levar e cachorros-quentes associados a níveis elevados de "químicos eternos"

Euronews

Os investigadores acreditam que este é o primeiro estudo a examinar a forma como as dietas das pessoas estão associadas aos níveis de "químicos eternos" no sangue ao longo do tempo.

De acordo com investigadores norte-americanos, o que comemos e onde comemos pode ter um impacto no nível de substâncias químicas que ficam para sempre no nosso sangue, também conhecidas como PFAS.

Os investigadores colocaram a mais de 700 pessoas de dois grupos uma série de questões sobre a sua dieta, incluindo a frequência com que consumiam determinados alimentos e bebidas - como legumes verdes escuros, pão, leite, bebidas desportivas e chá - e testaram os níveis de PFAS no sangue.

Os investigadores também lhes perguntaram com que frequência comiam alimentos preparados em casa, num restaurante de comida rápida ou num restaurante tradicional. Utilizaram esta informação para determinar a frequência com que os participantes entravam em contacto com embalagens de alimentos, que são uma fonte comum de PFAS.

O estudo concluiu que o consumo de grandes quantidades de chá, carnes processadas e alimentos preparados fora de casa estava associado ao aumento dos níveis de PFAS no organismo ao longo do tempo.

Os participantes que consumiram mais chá, cachorros-quentes e carnes processadas em geral também apresentaram níveis mais elevados de PFAS.

Organização Mundial de Saúde avisa que mais de metade dos países terão risco elevado de surto de sarampo até ao fim de 2024

Observador

A Organização Mundial da Saúde (OMS) advertiu esta terça-feira que mais de metade dos países do mundo poderão ser classificados como de risco elevado de surto de sarampo até ao final de 2024, devido ao aumento generalizado de casos.

Segundo a OMS, o número de casos de sarampo declarados no mundo aumentou 79% em 2023, para mais de 306 mil casos, face a 2022.

O ressurgimento do sarampo, uma doença contagiosa de origem viral e que pode ser fatal, é atribuído à baixa cobertura vacinal durante a pandemia da Covid-19.

IA identifica que cérebros de homens e mulheres estão organizados e funcionam de forma diferente

Observador

É o fim de uma controvérsia de longa data entre os cientistas: os cérebros dos homens e das mulheres funcionam de maneira diferente, concluiu um estudo com ajuda de Inteligência Artificial.

Um estudo baseado em Inteligência Artificial (IA) ajudou a resolver uma das controvérsias entre cientistas, sobre se o género afeta a organização e o funcionamento do cérebro, ao identificar padrões distintos entre homens e mulheres.

Uma equipa liderada pela Universidade de Stanford (EUA) publicou na revista PNAS um estudo baseado num novo modelo de IA que determinou, com uma precisão superior a 90%, se os exames de atividade cerebral provinham de uma mulher ou de um homem.

Esta descoberta ajuda a resolver uma controvérsia de longa data sobre se existem diferenças confiáveis entre os sexos no cérebro humano e sugerem que a compreensão dessas diferenças pode ser essencial para abordar as condições neuropsiquiátricas que afetam mulheres e homens de forma diferente, indicou a universidade.

Identificar diferenças entre os sexos consistentes e replicáveis no cérebro adulto saudável é um passo crítico em direção a uma compreensão mais profunda das vulnerabilidades específicas do sexo em distúrbios psiquiátricos e neurológicos, explicou a instituição, em comunicado.

“Uma motivação chave para este estudo é que o género desempenha um papel crucial no desenvolvimento do cérebro humano, no envelhecimento e na manifestação de distúrbios psiquiátricos e neurológicos”, frisou Vinod Menon, da Universidade de Stanford e principal autor do estudo.

O trabalho não teve em conta se as diferenças relacionadas com o sexo surgem cedo na vida ou se podem ser devidas a diferenças hormonais ou às diferentes circunstâncias sociais que homens e mulheres têm maior probabilidade de enfrentar.

Os “pontos críticos” que mais ajudaram o modelo a distinguir os cérebros masculinos dos femininos incluem a rede de modo padrão (um sistema cerebral que ajuda a processar informações autorreferenciais), o corpo estriado e a rede límbica, que estão envolvidas na aprendizagem e como o ser humano responde às recompensas.

A equipa aproveitou os avanços na IA e o acesso a vários grandes conjuntos de dados para realizar análises complexas.

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