Notícias da Saúde em Portugal 301

Segunda-feira, 26 de fevereiro de 2024

Ordem dos Enfermeiros repudia declarações de Isabel Moreira

OE

A Ordem dos Enfermeiros (OE) foi ontem surpreendida na SIC Noticias pelas declarações da Dra. Isabel Moreira, Deputada do PS e, atualmente, candidata a deputada pelo mesmo partido, onde acusava a OE e a sua anterior Bastonária de utilizar a Ordem como um movimento inorgânico de contestação ao Governo.

Estas declarações são completamente falsas e difamatórias e revelam uma enorme falta de sentido de Estado e de responsabilidade.

A OE orgulha-se do seu legado e por sempre ter pautado a sua atuação por uma imparcialidade política e partidária, contando com dirigentes de todos os quadrantes políticos, na defesa dos Enfermeiros, dos beneficiários dos seus cuidados e do SNS. Basta lembrar os anos de pandemia, para se ter presente o trabalho dos Enfermeiros e da OE por Portugal e pelos Portugueses.

Não admitimos que este tipo acusações difamatórias se repitam, pois, além de lesivas do bom nome e legado da OE, são também completamente destrutivas para o interesse coletivo do País e em nada beneficiam o bom e saudável relacionamento institucional.

Não aceitamos que se esteja a utilizar uma ordem profissional para lutas e estratégias políticas ou partidárias.

A OE estará, como sempre esteve, ao lado de todos os partidos e políticos que demonstrem vontade em resolver os problemas da Saúde em Portugal e de vencer as adversidades com que, atualmente, nos deparamos.

No entanto, não hesitaremos em combater quem não olha a meios para atingir fins pessoais, completamente sectários e meramente partidários.

Caso persistam mais ofensas ao seu bom nome e dos seus dirigentes, a OE reserva-se no direito de lançar mão dos meios judiciais adequados para repor a verdade.

Lisboa, 24 de fevereiro de 2024

O Bastonário

Luís Filipe Barreira

DGS lança iniciativa "Boas Práticas em Saúde Oral Pública"

DGS

A Direção-Geral da Saúde (DGS) lança a iniciativa “Boas Práticas em Saúde Oral Pública - 1ª edição”, através do Programa Nacional de Promoção da Saúde Oral (PNPSO), com o objetivo de reconhecer, promover e divulgar as boas práticas em Saúde Oral a nível nacional, realizadas por profissionais que desenvolvam atividade em Saúde Pública Oral/ Comunitária.

A presente edição visa reconhecer a “Atividade Educativa mais Criativa” de promoção e divulgação de boas práticas em Saúde Oral a nível nacional, e que contribua para aumentar a literacia na área, utilizando a criatividade, diversidade e sustentabilidade de ideias, e potenciando e divulgando novos conceitos de Saúde Oral em escolas, comunidade, entre outros.

A submissão de candidaturas decorre até ao dia 8 de março de 2024.

Para dúvidas ou questões por favor contacte [email protected].

O Formulário de inscrição está disponível aqui e o Regulamento abaixo.

Varicela: aumento de casos de reativação faz triplicar venda de vacinas

Expresso

O aumento de incidência está relacionado com o envelhecimento da população num vírus cujo risco e gravidade aumenta a partir dos 50 anos, diz o JN.

A venda de vacinas contra a zona (herpes zóster) causada pela reativação do vírus da varicela, quase triplicou no espaço de um ano. A Comissão Técnica de Vacinação está a analisar a relação custo-benefício de uma possível recomendação da vacina, já feita pela Sociedade de Medicina Interna e pela Associação de Médicos de Medicina Geral e Familiar para pessoas com mais de 50 anos.

O aumento da incidência, explica o Jornal de Notícias, está relacionado com o envelhecimento da população e com o facto de estar em causa um vírus cujo risco e gravidade sobe a partir dos 50 anos.

Em Portugal, de acordo com dados da Autoridade Nacional do Medicamento (Infarmed), foram dispensadas 7.602 vacinas contra o herpes zóster entre janeiro e novembro do ano passado. É um aumento de 174% num ano.

Caso a Comissão Técnica de Vacinação recomende a sua toma, cabe às autoridades de saúde e à tutela decidir se será comparticipada ou introduzida no Plano Nacional de Vacinação.

Médicos em formação vão tratar doentes graves ou sem posses que perderam dentes

Observador

Cerca de 80 doentes com patologias graves ou carências económicas que perderam os dentes vão ser tratados por médicos estomatologistas e dentistas que estão a especializar-se em implantologia.

O diretor da Clínica Universitária de Estomatologia da Unidade Local de Saúde (ULS) Santa Maria, Francisco Salvado, disse à Lusa que a iniciativa se destina, sobretudo, a doentes cujas características os impedem de ser tratados em unidades de saúde privadas.

“O tratamento com implante é sobretudo feito nas instituições privadas, embora nas instituições públicas existam alguns doentes que têm indicação para fazer esse tratamento, e as instituições públicas responsabilizam-se pelo pagamento”

Francisco Salvado, diretor da Clínica Universitária de Estomatologia da ULS Santa Maria

Segundo Francisco Salvado, são pessoas com doenças como cancro, diabetes grave, imunodeficiências, mas também doentes cujas dificuldades económicas os impedem de chegar a este tipo de tratamento e que foram avaliados “como necessitando urgentemente de reabilitação oral”, nomeadamente para se alimentarem.

Os médicos envolvidos na iniciativa estarão a receber formação em implantologia, incluindo cirurgia e reabilitação oral.

Na formação está envolvido todo o corpo clínico (cerca de 20 especialistas) do Serviço de Estomatologia (Clínica Universitária de Estomatologia), integrado na Faculdade de Medicina de Lisboa

“É uma parceria que nós fazemos entre a ULS Santa Maria e a Faculdade de Medicina”, disse Francisco Salvado, explicando que a ULS fornece as instalações e o capital humano e a faculdade de Medicina “o caráter científico, o capital humano científico, algumas instalações e, sobretudo, fornece a credibilidade para uma formação certificada”.

A formação é feita para médicos estomatologistas e médicos dentistas que se candidataram oficialmente à Faculdade de Medicina, tendo sido selecionados apenas 12 alunos, apesar de ter havido “bastante mais candidatos”, para que “o ensino seja muito apoiado”.

Além das aulas teórico-práticas, há uma parte clínica “muito importante” que é feita na Clínica Universitária de Estomatologia que implica “um acompanhamento muito próximo, até porque estes doentes têm características especiais”.

Sobre quantos doentes serão abrangidos, Francisco Salvado estimou que sejam cerca de 80, porque tem de se verificar, através de alguns exames, se podem fazer este tipo de tratamento com “toda a segurança”.

A parte teórica da formação começou em janeiro e a parte clínica com os doentes será a partir de finais de março, apontou.

Relativamente a custos para os doentes, explicou que na maior parte dos casos será uma comparticipação simbólica no material que é utilizado, uma vez que não está previsto no Serviço Nacional de Saúde uma comparticipação total.

Francisco Salvado disse esperar que esta formação seja “o primeiro passo” para que os doentes com estas características “possam no futuro ser tratados em todos os serviços de estomatologia” que lamentou serem poucos.

“Só os grandes hospitais é que têm serviços diferenciados de Estomatologia, mas eu penso que no futuro, e sobretudo com a nova atenção que se dá à saúde oral, provavelmente, haverá em outros hospitais novos serviços de Estomatologia, como já houve anteriormente e que foram depois sendo abandonados”, rematou.

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