Notícias da Saúde em Portugal 308

Quarta-feira, 6 de março de 2024

SPMS realizam novo webinar sobre alterações na Prescrição Eletrónica Médica

OMD

Os Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS) realizam na próxima sexta-feira, dia 8 de março, pelas 15h00, uma nova sessão de esclarecimentos intitulada “Prescrição Eletrónica Médica: alterações introduzidas pela Portaria nº 263/2023 – Sessão Prática 4”.

Este webinar irá incidir sobre a presente portaria, ao nível de correções, melhorias e prescrição de medicação para doenças crónicas, bem como esquemas terapêuticos. A parte final será direcionada para dúvidas e esclarecimentos.

Recorde-se que esta nova alteração à política do medicamento teve como objetivo simplificar o processo aos doentes com patologias crónicas, clinicamente estabilizados, de forma a evitar o recurso aos serviços de saúde apenas para renovação da prescrição médica.

As alterações promovidas pela presente portaria também desburocratizaram o acesso do utente aos medicamentos prescritos.

Portugal regista o 2.º maior consumo do mundo de fármaco para insónias

SIC Notícias

Portugal registou em 2022 o segundo maior consumo do mundo do fármaco de combate à insónia zolpidem, e um dos maiores do anestésico e sedativo cetamina, segundo o relatório do Conselho Internacional para o Controlo de Narcóticos (INCB).

O Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência (OEDT) e o Gabinete das Nações Unidas contra a Droga e a Crime (UNODC) assinalaram um aumento no uso não médico de cetamina em toda a Europa em 2022, o que o INCB diz suscitar preocupações sobre potenciais implicações graves para a saúde. Bélgica, França, Itália e Espanha registaram um aumento no número de pessoas que procuraram tratamento para o uso da substância, sublinhando o INCB a necessidade de uma monitorização rigorosa do uso e impacto na saúde pública.

O relatório dá conta de que, de dezembro de 2022 a janeiro de 2023, vários países europeus, entre os quais Portugal, participaram numa operação do INCB para combater a produção e distribuição ilícitas de diversas substâncias, incluindo a cetamina, que estava a ser traficada através de serviços postais e de correio expresso.

“Deve ser prestado maior apoio às autoridades responsáveis pela aplicação da lei e autoridades de saúde na monitorização da situação e na educação dos consumidores sobre os riscos para a saúde do policonsumo de drogas.”

INCB

Varíola dos Macacos: especialista alerta que mulheres também podem ser infetadas

SIC Notícias

Nos últimos nove meses foram registados em Portugal 238 casos de Monkeypox, mais conhecida como varíola dos macacos. O balanço é da Direção Geral da Saúde (DGS) e refere que o surto continua ativo mas com tendência decrescente.

Este é o segundo surto de Monkeypox, o nome mais recente para a Monkeypox ou varíola dos macacos, altura em que foi dado o alerta para a doença em 2022. E o mais recente relatório da Direção Geral da Saúde, refere que nos últimos 9 meses, foram confirmados 238 novos casos. A maioria dos infetados reside na Região de Lisboa e Vale do Tejo com 145 casos. Segue-se o Norte com 82.

"Antes de haver estes surtos, era uma transmissão agressiva, que até pela via respiratória se transmitia, e agora é por contacto íntimo, pele com pele e tem maior ênfase em homens que fazem sexo com outros homens mas não significa que outros grupos não podem ser atingidos, como mulheres", alertou especialista.

«Atualmente, duas em cada 10 crianças têm pressão arterial elevada»

Just News

A ansiedade, a poluição, o excesso de peso e o sedentarismo são alguns dos fatores de risco que Rosa de Pinho identifica como promotores do desenvolvimento de hipertensão, aos quais os mais jovens não são alheios, alertando que 20% das crianças têm pressão arterial elevada.

No rescaldo do 18.º Congresso Português de Hipertensão e Risco Cardiovascular Global, que juntou meio milhar de participantes, a presidente da SPH apresenta alguns dos assuntos debatidos.

“Continua a haver uma série de fatores de risco que aumentam a probabilidade de a pessoa vir a desenvolver hipertensão, como o consumo de álcool e de tabaco. Mas, nos últimos tempos, tem-se falado cada vez mais no impacto dos novos fatores de risco, relacionados com as condições de vida atuais (…) são cada vez mais frequentes e têm influência sobre o organismo”.

Rosa de Pinho

A especialista em MGF, que coordena a USF Vale do Vouga, esclarece que tais manifestações “vão provocar pequenas inflamações a nível vascular que, a longo prazo, podem levar à HTA”. Também “a situação ambiental, onde se enquadra a poluição sonora e atmosférica e a pobreza, pode concorrer para provocar e agravar a HTA e as doenças cerebrocardiovasculares, a longo prazo”.

No caso da falta de exercício físico e do sedentarismo em concreto, alerta que tais comportamentos “são muito evidentes no caso das crianças e dos adolescentes, em parte devido ao maior número de horas sedentárias dedicadas ao uso das tecnologias, que se reflete num aumento do excesso de peso”.

Maioria dos portugueses com mieloma múltiplo nunca ouviu falar da doença

Notícias Saúde

A maioria (87,1%) dos portugueses confrontados com o diagnóstico de mieloma múltiplo nunca tinha ouvido falar desta doença, apresentando apreensão e tristeza no momento do diagnóstico, com 36,6% a afirmar a necessidade de apoio psicológico para ajudar na gestão da sua doença. A conclusão é do estudo “Viver com Mieloma Múltiplo: Impacto na Vida dos Doentes em Portugal”, estudo promovido pela Takeda, com o apoio da Associação Portuguesa Contra a Leucemia (APCL), da Associação de Apoio aos Doentes com Leucemia e Linfoma (ADL) e da Associação Portuguesa de Leucemias e Linfomas (APLL).

Em Portugal, são diagnosticados cerca de 800 novos casos por ano, a maioria dos quais com mais de 65 anos, podendo surgir em doentes mais jovens, como Ana Filipa Lopes.

Segundo Catarina Geraldes, Diretora do Serviço de Hematologia Clínica da Unidade Local de Saúde de Coimbra (ULS Coimbra), “apesar de permanecer incurável, o mieloma múltiplo tem vindo a tornar-se uma doença cada vez mais crónica. Os doentes fazem terapêuticas com uma toxicidade limitada, geralmente bem toleradas, o que permite que estas sejam realizadas por tempo prolongado e possam retomar ou manter a sua vida normal. Perante este facto, quanto mais informado o doente estiver, melhor vai conseguir lidar com a doença e gerir os seus efeitos, de forma a garantir a sua qualidade de vida”, esclarece a especialista.

O mieloma múltiplo não tem cura, mas com a terapêutica adequada é possível controlar a doença. Apesar de ser uma patologia com sintomas inespecíficos, é importante ter atenção a alguns sinais e sintomas. Um diagnóstico precoce é fundamental na gestão desta doença, nomeadamente na prevenção da disfunção de um ou mais órgãos, disfunção esta que pode, por vezes, ser irreversível.

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