Notícias da Saúde em Portugal 314

Quinta-feira, 14 de março de 2024

Portugal integra equipa europeia que vai estudar formas de detetar diabetes tipo 1

SIC Notícias

Portugal vai fazer parte de um rastreio europeu que pretende estudar formas de detetar a diabetes tipo 1 antes dos sintomas aparecerem. O projeto envolve 10 mil crianças portuguesas e deve arrancar em setembro nas escolas.

O projeto é da Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal, que integra um estudo europeu, lançado em novembro, e que quer rastrear um universo de 80 mil crianças, 10 mil portuguesas.

O objetivo é recolher dados para se perceber de que forma se poderá vir a detetar esta doença antes dos sintomas surgirem.

As crianças que vão ser rastreadas têm entre 6 e 10 anos e uma das novidades deste estudo é que não têm histórico familiar de diabetes tipo 1. Esta forma da doença é geralmente diagnosticada na infância e implica uma dependência total de insulina.

A diabetes tipo 1 é uma doença crónica autoimune que afeta entre 30 e 40 mil portugueses.

O que fazer em caso de hepatite A, como evitar o contágio: leia e partilhe, a DGS alertou para surto em Portugal

TVI 24

Último surto deste vírus tinha acontecido entre 2016-2018, segundo o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge.

Em apenas dois meses, a Direção-Geral da Saúde (DGS) diz que Portugal está perante um surto de hepatite A, tendo identificado 23 casos - a maioria dos casos são homens com idades entre os 20 e os 49 anos, 44% em contexto de transmissão sexual. Nenhum caso evoluiu para uma situação grave e não foram registadas mortes, mas o alerta já está em curso.

O que é a hepatite A?

É uma infeção aguda no fígado causada pelo vírus VHA (vírus da hepatite A). Por norma, a doença é benigna. “Geralmente a hepatite A não provoca complicações graves ou danos permanentes e as pessoas recuperam completamente”, lê-se no site do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

Como se contrai o vírus?

A ingestão de alimentos ou água contaminados é a forma mais comum de contrair o vírus. No entanto, o vírus também pode ser transmitido por contacto pessoa-a-pessoa, nomeadamente através do contacto sexual, tal como se tem verificado neste recente surto em Portugal.

Quais os sintomas?

A icterícia (coloração amarelada da pele e dos olhos) é o sinal que mais capta a atenção, mas os sintomas são variados e dependem da idade da pessoa infetada.

Até aos seis anos, por exemplo, a doença pode ser assintomática, no resto da população manifesta-se com febre, mal-estar, náuseas e vómitos, dor abdominal, perda de apetite e fadiga. É ainda importante prestar atenção a sinais como urina de tom escuro ou fezes esbranquiçadas.

É contagiosa?

Sim, muito. Uma vez que “o VHA é eliminado nas fezes, em elevadas concentrações, desde duas a três semanas antes até uma semana após o aparecimento dos sintomas”, a hepatite A “pode originar surtos com pessoas infetadas durante várias semanas ou até meses”, lê-se no site do SNS24.

Como se evita o contágio?

Ainda segundo o site da CUF, o contágio pode ser evitado com a boa higienização das mãos, com o consumo de “alimentos que acabaram de ser cozinhados” e com a ingestão de “água engarrafada comercialmente ou fervida se não se tiver a certeza do saneamento local”. No caso dos viajantes ou de pessoas que estão “num local com saneamento impróprio”, a CUF recomenda também “comer frutas descascáveis” e apenas comer vegetais crus se tiver a certeza “de que foram limpos ou desinfetados completamente”.

 Há vacina?

Sim e esta é a forma mais eficaz de prevenção, embora não esteja incluída no Plano Nacional de Vacinação e apenas pode ser administrada após prescrição médica. Segundo a DGS, os contactos de casos confirmados – sejam coabitantes e contactos sexuais – devem ser vacinados até duas semanas após a última exposição.

Especialistas alertam que glaucoma é a principal causa de cegueira irreversível no mundo

Saúde Online

De 10 a 16 de março celebra-se a Semana Mundial do Glaucoma, com o mote ‘No glaucoma, tempo é visão’. Em comunicado divulgado, especialistas da Sociedade Portuguesa de Oftalmologia (SPO) salientam a importância de um diagnóstico precoce face a esta doença crónica e progressiva que afeta cerca de 200 mil pessoas em Portugal.

Apesar de o glaucoma ser uma doença sem cura, de acordo com os especialistas, o diagnóstico atempado e o tratamento adequado é essencial de modo a preservar a visão do doente e impedir a progressão da doença, evitando a cegueira irreversível.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), 90% da cegueira relacionada com o glaucoma pode ser evitável com um diagnóstico e tratamento precoces. No entanto, o glaucoma é uma doença ocular silenciosa, muitas vezes sem sintomas óbvios nas suas fases iniciais. Por esse motivo, as consultas regulares com um médico oftalmologista são fundamentais de modo a detetar precocemente esta patologia.

Teresa Gomes, médica oftalmologista e coordenadora do Grupo Português de Glaucoma da SPO, enfatiza que o glaucoma “é a doença que avança silenciosamente, quase sem sintomas”.

“O diagnóstico precoce é determinante e há fatores de risco, como a história familiar, que devem alertar para a doença. O glaucoma pode ser 10 vezes mais frequente quando existe um familiar direto (mãe, pai, irmão ou irmã) portador da doença. Neste caso, sempre que haja alguém na família com glaucoma, a avaliação por um médico oftalmologista é fundamental.”

Teresa Gomes, Médica Oftalmologista

O rastreio do glaucoma é recomendado a partir dos 40 anos de idade, ou mais cedo, caso existam outros fatores de risco, como hipertensão ocular, alta miopia ou uso prolongado de corticoides. A população afrodescendente também está em maior risco.

Neste sentido, consultas regulares com um oftalmologista para avaliação ocular completa, incluindo medição da pressão ocular e avaliação do nervo ótico, são essenciais para o diagnóstico precoce e prevenção do glaucoma, conclui a SPO em nota divulgada.

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