Notícias da Saúde em Portugal 317

Terça-feira, 19 de março de 2024

Estudo da OMS mostra benefícios do rastreio e tratamento preventivo da tuberculose

Canal S+

Um estudo realizado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) em parceria com Brasil, África do Sul, Quénia e Geórgia mostra os benefícios na saúde, mas também na economia dos investimentos feitos em rastreios e tratamentos preventivos da tuberculose.

A investigação mostra que investimentos modestos podem conduzir a benefícios na economia e na saúde dos quatro países (analisados), com um retorno de até 39 dólares (cerca de 36 euros) por cada dólar investido (0,91 euros)", revelou hoje a OMS através num comunicado sobre o estudo feito em parceria com os governos do Brasil, África do Sul, Quénia e Geórgia.

Embora os esforços globais de combate à tuberculose tenham salvado cerca de 75 milhões de vidas desde 2000, a tuberculose causa 1,3 milhões de mortes por ano e afeta outros milhões, "com enormes impactos nas famílias e nas comunidades", salienta a Organização.

"Hoje, dispomos dos conhecimentos, das ferramentas e do compromisso político que podem pôr fim a esta doença milenar que continua a ser uma das principais causas de morte infeciosa no mundo."

Tedros Adhanom Ghebreyesus, Diretor-Geral da OMS

De acordo com o estudo divulgado, a implementação do rastreio da tuberculose e do tratamento preventivo pode reduzir substancialmente a incidência e a mortalidade provocada pela doença.

Os resultados desta investigação foram publicados no dia 18 de março no âmbito do Dia Mundial da Tuberculose, que se assinala em 24 de março.

Este ano, o dia decorre sob o lema "Sim, podemos acabar com a tuberculose!", que, de acordo com a OMS, pretende "transmitir uma mensagem de esperança de que é possível voltar ao caminho certo para inverter a maré contra a epidemia de tuberculose através de uma liderança de alto nível, de maiores investimentos e de uma adoção mais rápida das novas recomendações da OMS".

ERS publica decisões dos Processos Contraordenacionais do 4º trimestre de 2023

ERS

A ERS publicou as Deliberações, as decisões dos Processos Contraordenacionais e as Medidas Cautelares adotadas durante o 4º trimestre de 2023.

Especialista alerta para impactos da apneia do sono e lembra que subdiagnóstico ronda 80%

Observador

A espera até à consulta e exame de diagnóstico leva a um atraso na deteção da apneia do sono, aumentando o risco de doenças cardiovasculares e repercussões a nível cognitivo, especialmente nos jovens.

A pneumologista Vânia Caldeira, especialista em medicina do sono, alertou para os impactos da apneia do sono na saúde, pois está ligada a riscos cardiovasculares, cerebrovasculares e metabólicos, e lembrou que a taxa de subdiagnóstico ronda os 80%.

Em declarações à Lusa a propósito do Dia Mundial do Sono, que se assinalou dia 15 de março, a especialista da Comissão de Trabalho de Patologia Respiratória do Sono da Sociedade Portuguesa de Pneumologia lembrou que os estudos do sono “estão muito atrasados” e que até chegar ao diagnóstico, para muitas pessoas, esta é “uma longa caminhada”.

“Temos pessoas que esperam para a consulta cerca de três meses, mas há sítios onde as consultas podem estar até um ano atrasadas. Depois da espera para ser avaliada em consulta, de houver suspeita de apneia do sono, muitas vezes vai ter de esperar para o exame“

Vânia Caldeira, pneumologista, especialista em medicina do sono

A pneumologista destacou ainda que a “síndrome do sono insuficiente” — um adulto dormir menos do que as sete a nove horas por noite — é “altamente prevalente na população”.

A propósito da falta de literacia em saúde nesta matéria, insistiu: “Ainda há muito a ideia de que o ressonar durante a noite é normal, sobretudo nos homens. Acham todos que é normal, e não é, sabemos cada vez mais que tem riscos e que muitas vezes está associado a uma apneia do sono”.

Vânia Caldeira fala ainda de alguns sintomas que as pessoas não conhecem, ou desvalorizam, como o impacto no humor, o facto de a pessoa nunca conseguir concentrar-se e até ter dificuldades de produtividade no trabalho. “A pessoa quando pensa qual será a causa não a associa ao sono, mas muitas vezes vem daí”, disse, considerando que há também “um medo do diagnóstico de apneia do sono”, porque continua a estar muito associada à máquina de tratamento com que têm de dormir.

Salienta que a sonolência diurna excessiva, que é muito associada à apneia do sono, só acontece em um quarto a metade dos doentes e alerta: “Muitos doentes se estiverem à espera desta sonolência não vão chegar ao diagnóstico”.

A especialista insiste no impacto que a apneia do sono pode ter do ponto de vista cognitivo, de dificuldades de memória, de concentração, atenção e inclusive de aprendizagem. A este respeito, fala nos adolescentes, explicando: “por causa de alterações hormonais típicas da puberdade, já têm uma tendência a ter um horário mais tardio, (…) a ter alguma dificuldade em adormecer se forem muito cedo para a cama. Ao contrário, de manhã, para eles é muito difícil acordar”.

SPMS em foco na eHealth Network pelos avanços em saúde digital

SPMS

A SPMS apresentou o modelo de trabalho para a cooperação em Saúde Digital Global, na última reunião da eHealth Network (eHN) Coordinated Actions, que decorreu no dia 6 de março. Reconhecida como uma referência pelos resultados alcançados, a SPMS falou sobre o seu novo Núcleo de Saúde Digital para a cooperação internacional.

A eHealth Network consiste numa rede da Comissão Europeia que liga as várias autoridades nacionais responsáveis ​​pela Saúde Digital, em matéria de cuidados de saúde transfronteiriços, abordando diferentes temas de grande pertinência e relacionados com a digitalização do setor da saúde da União Europeia.

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