Notícias da Saúde em Portugal 318

Quarta-feira, 20 de março de 2024

Porto é a cidade portuguesa com mais vestígios de cocaína nas águas residuais

Canal S+

O Porto é a cidade portuguesa com maior crescimento de cocaína detetada nas águas residuais, segundo um relatório hoje divulgado e que analisou 88 cidades europeias, mais de metade (50) das quais revelam uma tendência idêntica.

A quarta edição do estudo “Wastewater analysis and Drugs – A European multi-city study”, publicado pelo grupo europeu SCORE, em colaboração com o Observatório Europeu das Drogas e da Toxicodependência (EMCDDA, na sigla em inglês), realizado em 24 países (23 da União Europeia + Turquia), abrangendo 88 cidades, entre elas as portuguesas Lisboa, Porto e Almada, que detetou em análises de Estações de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) um maior consumo de cocaína, uma “tendência crescente” desde 2016.

As águas residuais produzidas por uma população estimada em 55,6 milhões de pessoas foram analisadas entre março e maio de 2023 para detetar vestígios de cinco drogas estimulantes ilícitas (cocaína, anfetaminas, metanfetaminas, MDMA/ecstasy e cetamina), bem como de canábis.

Com base no documento a que a agência Lusa teve acesso, o analista científico do EMCDDA João Pedro Matias explicou que foram detetados aumentos do consumo de cocaína relativamente a 2022 (de 265.9 para 512.5 mg/1.000 pessoas/dia), tendência similar a nível global em cerca de dois terços das análises.

Segundo o especialista, os resultados agora disponíveis apontam para um crescimento contínuo nas deteções desta droga nas águas residuais das cidades analisadas, uma tendência que vem a ser observada desde o início deste tipo de estudo em 2011.

Ao contrário de 2022, a situação das metanfetaminas parece ter estabilizado, já que, após um aumento naquele ano, os dados de 2023 apresentam um decréscimo no consumo, não tendo sido registados vestígios da substância no Porto ou em Almada.

“A análise das águas residuais fornece agora uma visão cada vez mais alargada da dinâmica do uso e da disponibilidade de drogas e é um instrumento poderoso para aumentar a preparação face à evolução dos desafios."

Alexis Goosdeel, diretor do EMCDDA

Foram emitidos mais de 635 mil cheques dentista em 2023, 68% foram utilizados

SIC Notícias

Os valores são superiores aos de 2022, quando foram emitidos 629.991 cheques dentista e utilizados 415.497, uma taxa de utilização de 67% e um investimento de cerca de 14,5 milhões de euros.

A taxa de utilização de cheques dentista em 2023 fixou-se em 68%, num investimento superior a 15 milhões de euros, valores superiores a 2022, mas abaixo da meta de utilização de 75% estabelecida pela Direção-Geral de Saúde (DGS).

A propósito do Dia Mundial da Saúde Oral, que se assinala esta terça-feira, a DGS revelou em comunicado que o Programa Nacional de Promoção da Saúde Oral "emitiu 635.260 cheques dentista no ano passado, abrangendo 428.353 utentes", com uma taxa de utilização de 68% e um investimento de 15,117 milhões de euros.

Os valores são superiores aos de 2022, quando foram emitidos 629.991 cheques dentista e utilizados 415.497, uma taxa de utilização de 67% e um investimento de cerca de 14,5 milhões de euros.

"O número de referenciações emitidas em 2023 para consulta de medicina dentária - 86.170 - foi o mais alto de sempre, tendo sido utilizadas 26.496. Também a referenciação para consultas de higiene oral subiu face a 2022, registando-se 27.527 referenciações e utilizadas 15.293"

DGS

O organismo refere ainda que no último ano se manteve "a progressiva diminuição dos tratamentos curativos realizados através de cheques dentista em crianças e jovens dos 7, 10 e 13 anos, com mais de 70% de tratamentos preventivos realizados".

A DGS assinala esta quarta-feira o dia Mundial da Saúde Oral coorganizando um evento em Coimbra, que conta com a participação, na sessão de abertura, com o presidente da autarquia e ex-bastonário da Ordem dos Médicos José Manuel Silva, com a diretora-geral de Saúde, Rita Sá Machado, e o bastonário da Ordem dos Médicos Dentistas, Miguel Pavão.

ERS suspende clínicas dentárias e de estética por falta de médicos

Diário de Notícias

A Entidade Reguladora da Saúde (ERS) anunciou, esta terça-feira, que suspendeu a atividade de duas clínicas dentárias e uma de estética por não terem o pessoal médico exigido para os atos que praticavam.

Num documento divulgado esta terça-feira sobre as medidas cautelares do último trimestre de 2023, o regulador descreve que duas clínicas dentárias abertas em Lisboa prestavam cuidados sem terem profissionais de saúde habilitados para a atividade desenvolvida.

Os profissionais que estavam nestes estabelecimentos "não detinham as competentes habilitações, nem qualificações para o exercício dos sobreditos cuidados de saúde médicos e de medicina dentária", lê-se no documento.

O regulador entende que "tal facto é passível de provocar prejuízo grave e irreparável para os utentes", o que fundamentou a aplicação da medida de suspensão imediata da atividade.

Uma das clínicas acabou por resolver o problema da falta de médico dentista, mas à outra foi determinado o encerramento definitivo porque não corrigiu a situação.

Numa clínica de Albufeira, distrito de Faro, a fiscalização detetou que se realizavam procedimentos que requeriam o uso de medicamentos ou dispositivos médicos que tinham indicação de "uso exclusivo por médico".

Concretamente, tratava entre outros da "aplicação de toxina botulínica, ácido hialurónico, multivitamínicos, produtos utilizados no 'peeling' químico" e procedia-se à remoção de sinais com recurso a equipamento laser sem que a profissional "estivesse habilitada ao exercício da profissão de médico".

A clínica acabou por resolver a questão e viu levantada a suspensão decretada pela ERS.

 Outro dos casos, que ocorreu em Vila Nova de Famalicão, distrito de Braga, o profissional realizava procedimentos de fisioterapia, "no decurso de lesões desportivas (tais como tratamento de ruturas, estiramentos e entorses de tornozelo e joelho)" e não detinha habilitações nem qualificações para o exercício de fisioterapia.

A suspensão da atividade durou quatro meses, findos os quais o estabelecimento corrigiu a falha apontada pelo regulador e viu a suspensão ser levantada.

ERS e APFISMED assinam protocolo para criar bolsa de peritos técnicos

ERS

Considerando que o exercício das atribuições da Entidade Reguladora da Saúde (ERS) tem em vista a garantia da legalidade e a elevação dos padrões de qualidade na prestação de cuidados de saúde, e que com a publicação do regime jurídico da proteção radiológica, a ERS passou a ser a autoridade competente para zelar pela existência de um elevado nível de proteção radiológica nas práticas associadas às exposições médicas, foi nesta terça-feira, dia 19 de março, assinado um protocolo de cooperação entre a ERS e a APFISMED - Associação Portuguesa Dos Físicos Médicos.

Este protocolo de cooperação permite, entre outras, a criação de uma bolsa de peritos técnicos conducente à partilha de recursos, humanos e técnicos, e de conhecimentos, tendo em vista a melhoria do exercício das atribuições de ambas instituições.

O protocolo foi assinado por Pimenta Marinho, Presidente do Conselho de Administração da ERS e Jorge Isidoro, Presidente da APFISMED. A cerimónia decorreu na sede da ERS no Porto.

Pimenta Marinho, Presidente do Conselho de Administração da ERS e Jorge Isidoro, Presidente da APFISMED

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