Notícias da Saúde em Portugal 323

Quarta-feira, 27 de março de 2024

Aumento do consumo de cocaína leva a maior número de cirurgias ao nariz

Euronews

Especialistas recebem cada vez mais pacientes com lesões graves no nariz devido a substância usada pelos narcotraficantes na cocaína. Número de rinoplastias e reconstruções nasais tem aumentado.

As consequências do tráfico e consumo de cocaína na Bélgica estão a tornar-se cada vez mais visíveis. Mas há outra faceta escondida deste problema, que só é visível nos blocos operatórios. Desde o final da pandemia, há mais e mais pessoas a ir ao médico com lesões graves no nariz. Por vezes, têm de ser completamente reconstruídos.

Philippe Lefèbvre, chefe do departamento de otorrinolaringologia do Hospital Universitário de Liège, tem recebido cada vez mais pacientes com obstruções nasais provocadas pelo consumo de cocaína.

A cocaína causa a vasoconstrição, uma condição em que os vasos sanguíneos se contraem, impossibilitando o sangue de chegar ao nariz e provocando a morte dos tecidos, ou seja, necrose nasal.

Inicialmente, surgem pequenas perfurações primeiro na mucosa e depois na cartilagem, até que todo o septo nasal fica destruído. O professor Lefèbvre suspeita que essas perfurações estão a tornar-se cada vez mais graves devido a um produto usado pelos narcotraficantes.

"A destruição da cartilagem é tanto mucosa como cartilaginosa, do septo nasal, que é afetado, bem como das estruturas internas. E esta lesão da cartilagem vai levar a um colapso da pirâmide nasal"

Sophie Tombu, médica otorrinolaringologista do Centro Hospitalar Universitário de Liège

Quando o septo nasal é completamente destruído, os médicos podem realizar uma rinoplastia. Esse tipo de operação está normalmente relacionado com questões estéticas ou respiratórias e não é tão frequentemente ligada ao consumo de cocaína.

INFARMED, I.P. autoriza rótulo em espanhol para colírio em rutura de "stock"

Jornal de Notícias

A Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde (INFARMED, I.P.) autorizou a utilização do medicamento Colircusi Gentadexa, para tratamento tópico de infeções oculares e auditivas, com rotulagem em espanhol, por rutura de "stock".

Numa nota divulgada online, o INFARMED, I.P. indica ainda que as embalagens do medicamento serão acompanhadas de um folheto informativo em português.

O Colircusí Gentadexa é utilizado em oftalmologia para o tratamento tópico de infeções da superfície ocular com inflamação causada por microrganismos sensíveis à gentamicina, infeções bacterianas e inflamação nas pálpebras e/ou conjuntiva e córnea.

É igualmente usado no tratamento tópico de infeções bacterianas do canal auditivo externo, como otites externas e outras afeções inflamatórias.

Doe sangue: o apelo para fazer face aos baixos níveis nas reservas

SIC Notícias

O Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST) e a Federação Portuguesa de Dadores Benévolos de Sangue (FEPODABES) apelam esta quarta-feira para a dádiva de sangue, para fazer face às baixas reservas de quatro grupos sanguíneos.

O apelo do IPST e FEPODABES surge no âmbito do Dia Nacional do Dador de Sangue que se comemora esta quarta-feira.

"Neste momento, a nível da reserva, estamos com quatro grupos em nível abaixo do desejado: A+, A-, O+ e O-. Todos os outros grupos estão em níveis considerados bons, com sete, nove, 10 dias. Estes quatro grupos estão na casa dos três/quatro dias, cinco dias no máximo, e, por isso, preocupa-nos um pouco."

Alberto Mota, Presidente da FEPODABES

De acordo com Alberto Mota, são necessárias entre 1.000 e 1.100 unidades de sangue todos os dias.

O apelo para a dádiva de sangue é feito a "todas as pessoas saudáveis com mais de 18 anos, com mais 50 quilogramas de peso e menos de 65 anos".

Lembrando a sazonalidade da dádiva de sangue, Alberto Mota reconheceu falta de literacia sobre a doação, assegurando que deve ser feito um trabalho de consciencialização.

A dirigente disse que a colheita prossegue, apesar dos "desafios habituais relacionados com as alterações demográficas, o envelhecimento da população e a saída da população em idade ativa para fora do país", bem como "com as alterações climáticas que afetam sempre a dádiva de sangue, principalmente no verão".

O Dia Nacional do Dador de Sangue que esta quarta-feira se comemora serve para homenagear os dadores que cumprem o seu dever de cidadania com um gesto simples e altruísta, sendo este um gesto capaz de salvar vidas.

Ecossistema Seguro de Dados de Saúde

SNS

A Unidade Local de Saúde (ULS) de Coimbra está a criar um Ecossistema Seguro de Dados de Saúde pronto a ser utilizado por investigadores e parceiros para projetos de investigação e desenvolvimento de algoritmos para inteligência artificial e, assim, contribuir para a integração da organização no futuro Espaço Europeu de Dados de Saúde, anunciou a instituição, em comunicado.

A ULS de Coimbra começou 2024 com a execução e arranque de diferentes iniciativas de dados em saúde, como a Rede EHDEN e os projetos Testing and Experimentation Facilities (TEF Health) ou o Data Governance and User privacy envisioning na European Health Data Space (GUEHDS) com parceiros Europeus.

“Muitas vezes, somos confrontados, na área da Saúde, com desafios que dificultam o progresso da investigação, pondo em causa os benefícios para os pacientes e as comunidades”, destaca Alexandre Lourenço, Presidente do Conselho de Administração da ULS de Coimbra, acrescentado que “estes projetos alinham-se com a visão estratégica da ULS Coimbra de contribuir para o Ecossistema de Dados de Saúde Português e liderar a implementação do futuro Espaço Europeu de Dados de Saúde”.

No início do ano, a ULS Coimbra integrou formalmente a Rede de Dados European Health Data and Evidence Network (EHDEN), ligada à Agência Europeia do Medicamento e Federação Europeia da Indústria e Associações Farmacêuticas (EFPIA). Em colaboração com a empresa portuguesa Promptly Health, a organização concluiu a harmonização das suas bases de dados de acordo com um dicionário comum de dados de saúde denominado OMOP.

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