Notícias da Saúde em Portugal 327

Quarta-feira, 3 de abril de 2024

Estudo relaciona uso de cigarros eletrónicos com maior risco de insuficiência cardíaca

Notícias Saúde

As pessoas que fumam cigarros eletrónicos têm uma probabilidade significativamente maior de desenvolverem insuficiência cardíaca em comparação com as que nunca os usaram, mostra um dos maiores estudos prospetivos realizados até à data para investigar possíveis associações entre este tipo de tabaco e a insuficiência cardíaca, resultados apresentados na reunião anual do Colégio Americano de Cardiologia.

A insuficiência cardíaca é uma doença que afeta mais de 700 mil pessoas em Portugal e em que o coração se torna demasiado rígido ou demasiado fraco para bombear o sangue com a eficácia devida. Com o avançar da idade, pode levar a sintomas debilitantes e a hospitalizações frequentes.

Já os produtos eletrónicos de nicotina, que incluem cigarros eletrónicos e vaporizadores, fornecem nicotina sob a forma de aerossol sem combustão e têm sido frequentemente apresentados como uma alternativa mais segura ao tabagismo, ainda que um número crescente de estudos tenha aumentado a preocupação com os seus potenciais efeitos negativos para a saúde.

“Cada vez mais estudos estão a associar os cigarros eletrónicos a efeitos nocivos e a concluir que podem não ser tão seguros como se pensava anteriormente”, afirma Yakubu Bene-Alhasan, médico residente na MedStar Health, em Baltimore, nos EUA, e principal autor do estudo. “A diferença que vimos foi substancial. Vale a pena considerar as consequências para a saúde, especialmente no que diz respeito à saúde do coração.”

Identificadas proteínas no Brasil que podem diagnosticar autismo na urina

Observador

Os investigadores brasileiros descobriram diferenças nas concentrações de proteínas e de aminoácidos em amostras de urina de pessoas com autismo e de pessoas sem autismo, segundo o Instituto Butantan.

Um grupo de investigadores do Instituto Butantan do Brasil identificou uma série de proteínas e aminoácidos que podem facilitar o diagnóstico do autismo em amostras de urina.

“Se antigamente não se falava tanto sobre autismo como hoje, não significa que ele não estava lá. O transtorno sempre existiu, mas com o avanço das tecnologias, ele tem sido detetado cada vez mais cedo. Esses estudos vêm para complementar as formas de diagnóstico e acompanhamento clínico.”

Ivo Lebrun, Investigador

Os potenciais biomarcadores podem “auxiliar no desenvolvimento de métodos complementares de diagnóstico e acompanhamento da evolução do quadro” de pessoas com transtorno do espetro autista (TEA), indicou esta terça-feira o organismo científico.

Os resultados da investigação foram publicados na última edição da revista científica Biomarkers Journal, coincidindo com as comemorações do Dia Mundial da Consciencialização do Autismo.

Os investigadores brasileiros descobriram diferenças nas concentrações de proteínas e de aminoácidos em amostras de urina de pessoas com autismo e de pessoas sem autismo, segundo o centro científico, que está ligado ao Governo do estado brasileiro de São Paulo.

A coordenadora do estudo, Nádia Isaac da Silva, comparou amostras de urina de 22 crianças entre três e 10 anos diagnosticadas com TEA com as de crianças sem o transtorno.

Estes estudos visam, entre outras coisas, identificar novos genes associados ao autismo e biomarcadores para caracterizar o autismo.

A descoberta de possíveis biomarcadores na urina, no entanto, pode facilitar o diagnóstico, já que as amostras podem ser coletadas em casa pelos pais ou cuidadores de pessoas com autismo, destacou o Instituto Butantan.

COVID-19 ainda causa danos em Portugal: quase 200 pessoas morreram em três meses

CNN

Especialistas salientam uma diminuição da gravidade dos casos, mas apressam-se a alertar para o facto de o SARS-CoV-2 não ter desaparecido (e dizem mesmo que poderá ser lembrado anualmente com uma nova vacina).

Portugal é o sétimo país europeu com mais casos de covid-19 e contraria a tendência decrescente que se vive no continente europeu. Segundo os mais recentes dados da Direção-Geral da Saúde (DGS), desde 1 de janeiro foram reportados 3.593 novos casos de infeção por SARS-CoV-2, tendo sido ainda notificadas 197 vítimas mortais.

Os médicos Filipe Froes, pneumologista e um dos peritos da DGS para a pandemia, e Gustavo Tato Borges, presidente da Associação Nacional de Médicos de Saúde Pública, olham com cautela para estes números e, mesmo rejeitando alarmismos, reconhecem que o número de infetados poderá, na verdade, ser consideravelmente superior ao relatado.

“O número total de casos novos de covid-19 é imensamente superior ao que é relatado, sem dúvida alguma, mas não conhecemos a real dimensão do número de casos”, seja em Portugal - “onde ainda se vai procurando “alguma coisa” - como no “resto do mundo”, começa por dizer Gustavo Tato Borges.

Mas quantos mais casos poderá ter Portugal? “É difícil de responder”, continua o especialista em Saúde Pública. “A verdade é que nós vamos tendo uma noção da gravidade da covid-19 em Portugal neste momento [pelo número de internamentos, por exemplo], mas não da sua real incidência”, adverte Tato Borges.

“É importante continuar a monitorizar o número de casos, mas o impacto na sociedade é cada vez mais difícil de avaliar”, considera Filipe Froes, que diz que este deve ser um “momento de grande balanço”, pois “estamos a entrar quase no primeiro aniversário do fim da pandemia e já passámos o quarto aniversário da declaração de início”.

Programa de Auditorias à Monitorização da Prescrição de Medicamentos

IGAS

Em 2022 e 2023 foram instaurados oito processos de auditoria sobre este tema e auditado um número idêntico de estabelecimentos de saúde. Foram emitidas 71 recomendações nos respetivos relatórios.

A questão principal desta auditoria é a seguinte: “Os responsáveis pelo processo de monitorização da prescrição de medicamentos nos estabelecimentos de saúde do SNS contribuem para a utilização mais eficiente dos medicamentos e para a prevenção da prescrição irregular?”

Esta questão principal é depois desdobrada em três subquestões sobre os seguintes temas:

  1. Processo de monitorização da prescrição de medicamentos;

  2. Responsabilidade dos intervenientes no processo de monitorização da prescrição de medicamentos;

  3. Medidas preventivas da prescrição de medicamentos.

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