Notícias da Saúde em Portugal 334

SIC Notícias

Está já em marcha a mudança da norma para muscular o combate ao sedentarismo dos portugueses. Além da recomendação da Direção-Geral da Saúde (DGS) aos médicos de família para prescrever aos utentes atividade física, a DGS quer agora maior controlo desse exercício, que apesar de vários inquéritos, é monitorizado no Serviço Nacional de Saúde (SNS) em apenas 3% dos adultos.

Segundo o Jornal de Notícias, a intenção é alargar esse registo informático a quem tem menos de 15 anos. A orientação é dada aos centros de saúde, mas os médicos de família dizem que já registam vários parâmetros e avisam que o tempo não estica na consulta.

O alargamento do registo informático de exercício físico aos mais novos estará a ser feito em parceria com os Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS). Dados recentes revelam que uma em cada três crianças tem excesso de peso.

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Notícias Saúde

Um aumento do tempo de sedentarismo desde a infância está associado a um aumento significativo da concentração de insulina no sangue, revela um novo estudo, que refere que, no entanto, uma atividade física ligeira pode reduzir o risco de excesso de insulina e de resistência à mesma.

O estudo foi realizado em colaboração entre as Universidades de Bristol e Exeter, e a Universidade da Finlândia Oriental e incluiu 792 crianças, que foram acompanhadas entre os 11 e os 24 anos.

No início desta investigação, as crianças passavam uma média de seis horas por dia em atividades sedentárias, que aumentaram para nove horas diárias durante o acompanhamento, um aumento de tempo associado a níveis de insulina continuamente mais elevados no sangue em jejum, sobretudo nos jovens com excesso de peso e obesidade, cujo risco de excesso de insulina aumentou 20%.

Pelo contrário, uma média de atividade física ligeira, de três a quatro horas por dia ao longo do período de acompanhamento, diminuiu o risco de excesso de insulina em 20%.

“O sedentarismo deve ser reconhecido como uma das causas independentes do século XXI para o excesso de insulina, a obesidade gorda, os níveis elevados de lípidos, a inflamação e a rigidez arterial. Três a quatro horas de atividade física ligeira por dia são extremamente importantes para antagonizar o sedentarismo infantil. Enquanto se aguarda a atualização da atual diretriz de atividade física da Organização Mundial de Saúde (OMS), que não inclui uma recomendação de atividade física ligeira, os especialistas em saúde pública, os responsáveis pelas políticas de saúde, os jornalistas da área da saúde, os pediatras e os pais devem encorajar as crianças a praticar este tipo de atividade diariamente.”

Jornal Dentistry

A inteligência artificial (IA) e o uso de robótica vai provocar profundas alterações na área da saúde e a medicina dentária irá beneficiar desses avanços. Os médicos dentistas irão beneficiar num futuro próximo desses avanços tecnológicos aplicados ao exercício da medicina dentária.

Os sistemas de imagem alimentados por IA estão a revolucionar o diagnóstico dentário. Algoritmos de machine learning podem analisar radiografias, scanners intraorais e imagens 3D, permitindo a deteção precisa e automatizada de condições dentárias, como cáries, fraturas e tumores.  Os sistemas de imagem alimentados por IA podem, também, ser usados para criar modelos 3D dos dentes e maxilares dos pacientes, o que permitirá aos médicos dentistas planear procedimentos restauradores complexos.

Sistemas de  medição automáticos e de registro das dimensões dos dentes são outro uso da tecnologia, permitindo criar registos digitais dos maxilares e dentes dos pacientes, que podem ser facilmente partilhados com outros profissionais de saúde. Os algoritmos de IA podem ainda processar grandes quantidades de dados de pacientes – como histórico médico, genética e fatores de estilo de vida – para gerar planos de tratamento personalizados.

Os sistemas robóticos equipados com capacidades de IA já estão a transformar vários aspetos na medicina dentária. Robôs controlados por IA podem auxiliar os médicos dentistas em cirurgias complexas, melhorando a precisão e reduzindo o risco de erros. (…)

CNN

A Associação Portuguesa de Nutrição Entérica e Parentérica (APNEP) alertou esta sexta-feira que Portugal tem cerca de 115 mil doentes malnutridos, condição que pode estar a custar ao Estado mais de 225 milhões de euros por ano.

“Estamos a falar de um problema de saúde pública, que afeta milhares de pessoas em todo o mundo (…). Tratar a malnutrição constitui, por isso, uma prioridade para profissionais de saúde, doentes e cuidadores e só em Portugal resultaria numa redução significativa dos encargos para o Serviço Nacional de Saúde (SNS)”, referiu o presidente da APNEP, Aníbal Marinho.

Este é um dos temas que marcará o 16.º congresso anual da APNEP, agendado para segunda e terça-feira, na Fundação Cupertino de Miranda, no Porto, e que levou, esta semana, Aníbal Marinho a Bruxelas para discutir com outros especialistas europeus uma estratégia para os próximos quatro anos que será apresentada à Comissão Europeia.

“Este problema é europeu, não é exclusivo de Portugal”, disse, à agência Lusa o presidente que é diretor do serviço de Cuidados Intensivos da Unidade Local de Saúde (ULS) de Santo António, no Porto.

A APNEP estima que em Portugal existam cerca de 115 mil doentes em risco nutricional ou malnutridos que necessitam de suporte alimentar com recurso a nutrição clínica. Isto significa que dois em cada quatro adultos internados nos hospitais portugueses podem estar em risco de malnutrição.