Notícias da Saúde em Portugal 335

Segunda-feira, 15 de abril de 2024

Há uma nova teoria sobre as origens e propagação da doença de Parkinson

Notícias Saúde

O nariz ou o intestino: nas últimas duas décadas, a comunidade científica tem debatido a origem das proteínas tóxicas que estão na origem da doença de Parkinson. Em 2003, um patologista alemão, Heiko Braak, sugeriu, pela primeira vez, que a doença começa fora do cérebro. Mais recentemente, o médico Per Borghammer, do Hospital Universitário de Aarhus, na Dinamarca, e os seus colegas defendem que a doença é o resultado de processos que podem começar ou no centro olfativo do cérebro ou no trato intestinal.

Um novo estudo de hipótese, publicado no Journal of Parkinson’s Disease, une os modelos ‘cérebro primeiro’ e ‘corpo primeiro’ com algumas das causas prováveis da doença, como tóxicos ambientais que são inalados ou ingeridos.

Os autores do novo estudo, que incluem Borghammer, argumentam que a inalação de certos pesticidas, produtos químicos comuns de limpeza a seco e poluição do ar predispõem a um modelo da doença que dá prioridade ao cérebro. Outros tóxicos ingeridos, como alimentos contaminados e água potável contaminada, conduzem a um modelo da doença que dá prioridade ao corpo.

“Em ambos os cenários, o cérebro em primeiro lugar e o corpo em primeiro lugar, a patologia surge em estruturas do corpo intimamente associadas ao mundo exterior”, refere Ray Dorsey, professor de Neurologia no Centro Médico da Universidade de Rochester e coautor do artigo.

“Aqui propomos que a doença de Parkinson é uma doença sistémica e que as suas raízes iniciais começam provavelmente no nariz e no intestino e estão associadas a fatores ambientais cada vez mais reconhecidos como principais contribuintes, se não mesmo causas, da doença. Isto reforça ainda mais a ideia de que a doença de Parkinson, a doença cerebral que mais cresce no mundo, pode ser alimentada por substâncias tóxicas e é, portanto, largamente evitável.”

Inteligência Artificial na Medicina Dentária debatida em congresso

Saúde Online

A Inteligência Artificial (IA) aplicada à prática clínica vai estar em debate entre 26 e 27 de abril, em Faro, no 1.º Congresso de Inteligência Artificial na Medicina Dentária: Intelligent Dentistry 2024 (ID2024), anunciou a organização.

Promovido pela Cooperativa de Ensino Superior Politécnico e Universitário, no contexto da Pós-Graduação em Medicina Dentária Digital, o congresso realiza-se na Universidade do Algarve, em Faro, e conta com um painel de palestrantes nacionais e internacionais que vai analisar as possibilidades da IA no tratamento de pacientes e na gestão dos consultórios e da atividade, antecipou fonte da organização.

Nuno Jorge, da comissão organizadora do ID2024, disse à Lusa que têm surgido ferramentas tecnológicas, como ‘scanners’, impressoras 3D, ‘softwares’ ou até práticas de cirurgia guiada, “que até à data não existiam”, estão em “grande expansão” e têm “grande investimento por parte da indústria”, pelo que os profissionais devem conhecer esta realidade para aproveitarem as suas potencialidades.

“Pode parecer que é uma coisa fácil, mas a escolha da cor é das coisas mais difíceis”, exemplificou Nuno Jorge, sublinhando que a IA permite escolher o tom que coincida com os dentes verdadeiros do paciente para os implantes não destoarem quando são colocados.

Nuno Jorge sublinhou que “estas ferramentas trazem também associadas, de alguma forma, um debate sobre questões éticas e de responsabilidade clínica”, que devem ser sempre acompanhadas de supervisão médica, regulamentação e uma eficaz proteção de dados.

"Sons e Inteligência Artificial" podem ajudar na avaliação de Parkinson

SIC Notícias

Um grupo de cientistas realizou um estudo e descobriu que os sons poderão ajudar na avaliação de pessoas com doença de Parkinson. O estudo parte da premissa de que todos podemos ver os tremores que ocorrem, mas questiona o que acontece quando o principal sintoma é a lentidão ou a ausência de movimentos.

Um grupo de cientistas, entre os quais um português da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP), descobriram que os sons poderão ajudar na avaliação de pessoas com doença de Parkinson, revela um estudo internacional divulgado esta semana.

O estudo parte da premissa de que todos podemos ver os tremores que ocorrem em muitos doentes de Parkinson, mas questiona o que acontece quando o principal sintoma é a lentidão ou a ausência de movimentos.

A conclusão, conforme se lê numa síntese enviada à agência Lusa pela FMUP, é que "o que os olhos não captam pode agora ser apreendido e interpretado através de sons e da Inteligência Artificial".

Em que consistiu o estudo e quais foram os resultados?

Os cientistas gravaram os sons escutados em tarefas motoras simples que os doentes repetem com frequência, como tocar com as mãos na mesa ou abrir e fechar os dedos.

Seguiu-se uma análise aos sinais sonoros, com recurso a modelos de "machine learning". Foram tidas em consideração a velocidade e a amplitude dos movimentos, considerando hesitações e alterações nos movimentos executados.

No Dia Mundial de Conscientização da Doença de Parkinson que se assinalou na passada quinta-feira, a FMUP destaca que o principal resultado deste estudo "consiste na criação de um algoritmo que deteta e analisa os sinais sonoros das pessoas com problemas motores, mais concretamente com lentidão de movimentos (bradicinesia), um dos principais sintomas da doença de Parkinson".

SPMS participou no G20 Brasil

SPMS

No âmbito da participação portuguesa nas atividades da presidência brasileira do G20, os Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS) esteve presente na segunda reunião do Grupo de Trabalho de Saúde do G20, que decorreu em Brasília, nos dias 7 e 8 de abril.

A reunião promoveu a comunicação e o debate acerca de temas emergentes, dos desafios e da transformação atual do setor da saúde. Procura-se, assim, alcançar avanços e resultados concretos transversais aos países participantes. A participação da SPMS, a convite da Secretária-Geral do Ministério da Saúde, teve o intuito de partilhar a experiência de Portugal na implementação de iniciativas de telessaúde, de boas práticas e de formas de alavancar os resultados na área da saúde digital, de maneira equitativa à escala internacional.

O G20 consiste num fórum de cooperação internacional, que reúne as 19 maiores economias do mundo, bem como representantes da União Africana e da União Europeia, com o objetivo de promover o debate construtivo sobre temas-chave relacionados com a estabilidade e o fortalecimento económico global.

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