Notícias da Saúde em Portugal 338

Quinta-feira, 18 de abril de 2024

Reino Unido vai criminalizar venda de tabaco e vaporizadores a quem nasceu após 2009

Diário de Notícias

A venda de tabaco e vaporizadores a quem nasceu depois de 01 de janeiro de 2009 - atualmente com 15 anos - vai passar a ser crime no Reino Unido a partir de abril do próximo ano.

A medida foi aprovada na terça-feira à noite pelo parlamento, e, segundo a secretária de Estado da Saúde e Assistência Social britânica, pretende criar a primeira geração livre de fumo.

"Estamos a criar uma geração livre de fumo que garantirá que ninguém que complete 15 anos ou menos este ano compre legalmente tabaco, salvando [estas pessoas] da miséria das repetidas tentativas de deixar de fumar."

Victoria Atkin

A lei "não visa demonizar as pessoas que fumam ou impedi-las de comprar tabaco, nem afetará, de forma, alguma os direitos ou prerrogativas dos fumadores atuais", garantiu, adiantando que o objetivo é ajudar a deixar de fumar.

A medida foi aprovada na sequência de um compromisso anteriormente anunciado pelo Governo de proibir a venda e o fornecimento de vaporizadores descartáveis, que tem aumentado entre os jovens.

Médicos salvam criança que tinha agulha de dentista no cérebro

SIC Notícias

Foi uma operação “inédita”. O Hospital Sant Joan de Déu de Esplugues de Llobregat, especializado em pediatria, conseguir salvar uma menina de quatro anos, que tinha uma agulha de dentista enfiada no cérebro.

A história, relatada pelo jornal espanhol La Vanguardia, decorreu em maio de 2023 na Catalunha, mas só agora foi revelada pelo centro hospitalar.

Josep Rubio e José Hinojosa, cirurgião maxilofacial pediátrico e neurocirurgião pediátrico, concluíram com sucesso uma operação considerada de risco, sem deixar danos cerebrais ou sequelas neurológicas à criança operada.

Os pais da menina contaram ao jornal espanhol que levaram a filha a um dentista em Barcelona, para tratar de uma cárie, mas a agulha da anestesia ficou presa no interior da boca, chegando depois ao sistema nervoso.

Sem sucesso em retirar a agulha, os dentistas contactaram Josep Rubio, que recomendou que a criança fosse internada no Hospital Sant Joan de Déu.

O caso, considerado “inédito”, foi apresentado no Congresso da Sociedade Espanhola de Neurocirurgia Científica e será publicado numa revista científica.

Transplante pulmonar deu uma "segunda vida" a 400 doentes em Portugal

Canal S+

Os novos pulmões de Paulo Fradão foram transplantados há sete anos no Hospital Santa Marta, dando-lhe “uma segunda vida”, tal como aos 400 doentes que, desde 2001, foram submetidos a esta intervenção que os livrou da morte iminente.

“Eu tive o privilégio de ter uma segunda vida. Acho que pouca gente tem o privilégio de poder dizer isso, mas eu digo”, afirmou orgulhoso à agência Lusa no dia em que a Unidade Local de Saúde São José – Hospital Santa Marta assinala numa cerimónia, em Lisboa, os 400 transplantes pulmonares em Portugal.

Aos 37 anos, Paulo Fradão foi diagnosticado com doença pulmonar obstrutiva crónica e bronquiectasia (uma dilatação anormal e irreversível dos brônquios) que o levaram em 1998 a uma consulta no Hospital Egas Moniz, onde a médica lhe disse que o seu problema só se resolveria com um transplante dos dois pulmões.

Esteve três anos em lista de espera, sendo que no segundo ano, mais precisamente no dia 30 de agosto de 2016, recebeu uma chamada da mulher a dizer: “Ligaram do Santa Marta e acho que têm os pulmões para ti”. O transplante dos dois pulmões acabou por acontecer no ano seguinte, no dia 31 de maio, com Paulo já mentalizado que teria de “enfrentar o transplante”.

O coordenador da Unidade de Cirurgia Torácica do Hospital de Santa Marta, Paulo Calvinho, disse à Lusa que os 400 transplantes pulmonares realizados em Portugal representam “a maturidade de um programa e a maturidade de uma prática”.

Entre os 400 doentes transplantados, em que o mais novo tinha 13 anos e o mais velho 70 anos, estão três casos de pacientes que não tinham histórico de doença pulmonar, mas que a covid-19 lhes estragou os pulmões e tiveram que fazer transplante, disse o especialista.

SARS-CoV-2 pode ser "a justificação que procurávamos" para o recente aumento do número de cancros

CNN

Quatro anos depois da declaração de pandemia por parte da Organização Mundial da Saúde (OMS), há ainda feridas que estão por sarar. Dos múltiplos impactos que a infeção por SARS-CoV-2 teve e ainda tem - sobretudo nos casos de covid de longa duração -, é na doença oncológica que as atenções se voltam a centrar.

Depois de vários estudos e entidades de saúde um pouco por todo o mundo terem alertado para o impacto da redução e suspensão de rastreios, consultas e cirurgias oncológicas, há agora mais evidências de que a pandemia trouxe outro efeito colateral: o SARS-CoV-2 pode ser um agente oncogénico e responsável pelo aumento dos recentes diagnósticos de cancro. E foi em Portugal que surgiu uma das primeiras investigações sobre o impacto do SARS-CoV-2 no aparecimento de cancro.

O ex-coordenador do Gabinete de Crise para a Covid-19 da Ordem dos Médicos (OM) e um dos peritos da Direção-Geral da Saúde (DGS) para a gestão da pandemia fala-nos num estudo polaco em concreto, que foi publicado no final do ano passado na revista Frontiers in Molecular Biosciences e que apresenta evidências claras para essa ligação.

“Esta pandemia que vivemos de 2020 a 2023 pode estar associada ao aumento de doenças neoplásicas”, continua o especialista, dizendo que essa associação pode estar a ser resultado de três fatores, “um indireto e dois diretos”, podendo as pessoas com menos de 50 anos - já elas à mercê de estilos de vida e fatores ambientais potenciadores de cancro - estar mais suscetíveis a esta associação, embora destaque que o estudo em causa não se foque em faixas etárias.

Filipe Froes, pneumologista e diretor da Unidade de Cuidados Intensivos do Hospital Pulido Valente, em Lisboa explica, então, que houve “a aceleração de casos iniciais de doença neoplásicas que se iriam manifestar mais tarde, mas que se manifestaram mais cedo, sendo que a covid-19 foi a grande aceleradora” - algumas dessas neoplasias eram iniciais, outras vieram a ser reincidências, como relata esta investigação - e que a comunidade médica e científica começa agora a perceber que “a própria infeção por SARS-CoV-2 pode ser um fator de indução de novos casos de doença oncológica”. (…)

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