Notícias da Saúde em Portugal 339

Sexta-feira, 19 de abril de 2024

DGS publica recomendações para diagnóstico atempado da tuberculose em crianças

Observador

A Direção-Geral da Saúde (DGS) salienta o desafio do diagnóstico infantil, referindo que as manifestações são muitas vezes inespecíficas, atrasando o diagnóstico, sendo a tosse o sintoma mais frequente.

A DGS divulgou esta quinta-feira o referencial para o diagnóstico de tuberculose em crianças, defendendo que a uniformização da metodologia diagnóstica e terapêutica permite detetar precocemente a doença e iniciar o tratamento eficaz.

“A tuberculose na criança representa um desafio no seu diagnóstico e na decisão de tratar”, lê-se no documento publicado pelo Programa Nacional para a Tuberculose da DGS, que é dirigido aos pediatras, médicos de família e especialistas de Saúde Pública, Infecciologia e Pneumologia que trabalham com crianças e, especialmente, com menores com suspeita da doença.

As crianças, sobretudo até aos cinco anos, apresentam risco acrescido de infeção, ainda que com exposição inferior a 15 minutos e nos primeiros anos de vida.

“O risco de progressão para doença ativa ocorre em 30-40% das crianças com idade inferior a um ano e o risco de evolução para formas graves (miliar ou meníngea) em cerca de 10-20% casos”, lê-se no referencial, que incide maioritariamente sobre a tuberculose pulmonar, a forma de apresentação mais frequente da doença.

A tuberculose mantém-se como uma das 10 principais causas de morte a nível mundial e estima-se que um quarto da população mundial esteja infetado. Em 2022, foram notificados 10,6 milhões de casos e cerca de 1,3 milhões de mortes, refere a DGS, sublinhando que cerca de 12% dos casos ocorrem em crianças até aos 15 anos.

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Investigação da FMUP cria novo biomaterial para tratar infeções ósseas

Jornal de Notícias

Em comunicado, a Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP) revela que o produto, um biomaterial produzido em laboratório que serve de substituto ósseo, tem uma patente internacional e despertou o interesse de empresas do Brasil que poderão vir a comercializá-lo.

"Conseguimos obter um produto que liberta o antibiótico por um período de 19 dias, de forma a tratar a infeção, ao mesmo tempo que promove a osteointegração, com segurança do ponto de vista da toxicidade celular. A maior parte das osteomielites poderá ser tratada desta forma"

Nuno Alegrete, investigador da FMUP

Na prática, estamos a falar de um biomaterial composto por hidroxiapatite (um mineral baseado em fosfato de cálcio e o principal constituinte do osso), à qual se acrescentou colagénio (proteína que estimula a formação de osso), heparina (um anticoagulante) e antibiótico (no caso, a vancomicina).

Depois de colocado na cavidade óssea infetada, o antibiótico é libertado durante o tempo necessário para eliminar a infeção óssea (osteomielite) e o biomaterial é progressivamente incorporado, levando ao preenchimento da cavidade por novo osso.

Transmissão da gripe aviária H5N1 ao ser humano causa "enorme preocupação", revela OMS

SIC Notícias

A Organização Mundial de Saúde (OMS) manifestou, esta quinta-feira, "enorme preocupação" com a crescente disseminação da estirpe H5N1 da gripe aviária para novas espécies, incluindo humanos.

"Isto continua a ser uma enorme preocupação", declarou Jeremy Farrar, cientista-chefe da agência de saúde das Nações Unidas, numa conferência de imprensa em Genebra (Suíça).

O receio é que o vírus H5N1, com "uma taxa de mortalidade extraordinariamente elevada" nas pessoas contaminadas através do contacto com animais infetados, se adapte para ser capaz de se transmitir entre humanos. Até ao momento não existe qualquer prova de uma difusão deste tipo.

Entre o início de 2023 e o dia 1 de abril de 2024, a OMS indicou ter registado um total de 889 casos humanos de gripe aviária em 23 países, incluindo 463 mortes, o que representa uma taxa de letalidade de 52%.

Além da vigilância dos humanos infetados por animais - vacas num caso recente nos Estados Unidos - "é mais importante perceber quantas infeções humanas ocorrem sem se saber, porque é através destas que ocorrerá a adaptação do vírus", explicou Jeremy Farrar.

Para o responsável, os sistemas de vigilância e deteção de infeções nunca são demais, mas notou que o caso norte-americano "ocorreu no país mais rico do mundo", onde se realizam estudos serológicos para ver se ocorrem transmissões junto dos criadores de vacas.

Casos de transmissão para humanos têm sido raros.

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