Notícias da Saúde em Portugal 341

Terça-feira, 23 de abril de 2024

Covid-19: Homem que estava infetado há mais de 600 dias com a doença morre nos Países Baixos

Sapo

Um caso inédito de persistência da infeção pelo vírus SARS-CoV-2 foi relatado por investigadores da Universidade de Amesterdão, nos Países Baixos. Um homem de 72 anos, cuja identidade não foi revelada, permaneceu infetado com o vírus durante quase dois anos, até ao momento do seu falecimento em outubro de 2023.

De acordo com a revista Time, o paciente, que sofria de uma doença sanguínea subjacente, não conseguia produzir anticorpos suficientes para combater o vírus, mesmo após receber múltiplas doses de vacina contra a COVID-19. O vírus desenvolveu resistência ao tratamento com Sotrovimabe, um medicamento à base de anticorpos. O caso só agora foi revelado, tendo o indivíduo sido infetado e testado positivo em fevereiro de 2022, e morrido em outubro de 2023, 613 dias depois.

Os investigadores do Centro de Medicina Experimental e Molecular da Universidade de Amesterdão enfatizaram a gravidade deste caso. “Este caso sublinha o risco de infeções persistentes por SARS-CoV-2 em indivíduos imunodeprimidos”, afirmaram os investigadores à Time. “Sublinhamos a importância de continuar a vigilância genómica da evolução do SARS-CoV-2 em indivíduos imunodeprimidos com infeções persistentes.”

Este caso, que representa a infeção mais longa já conhecida pelo SARS-CoV-2, destaca os desafios enfrentados por pacientes imunodeprimidos e a necessidade contínua de monitorizar e compreender a evolução do vírus, especialmente em indivíduos com sistemas imunitários comprometidos.

Dia Nacional da Educação de Surdos

RTP

Para marcar O Dia Nacional da Educação de Surdos, celebrado a 23 de Abril, a ESECTV foi conhecer o percurso e as dificuldades de alguns alunos do Curso de Língua Gestual Portuguesa da Escola Superior de Educação de Coimbra (ESEC).

Nos trinta minutos de duração do programa, integralmente produzido por profissionais, alunos e estagiários da licenciatura em Comunicação Social, contando com a colaboração de estudantes de outras licenciaturas da ESEC, abordar-se-ão atividades da Escola, bem como outras da área geográfica onde a ESEC está inserida.

OMS revela que a estirpe H5N1 da gripe das aves foi encontrada em leite cru

Diário de Notícias

A estirpe do vírus da gripe aviária H5N1 foi detetada em concentrações muito altas no leite cru de animais infetados, informou esta sexta-feira a Organização Mundial de Saúde (OMS), embora não se saiba por quanto tempo o vírus pode sobreviver no leite.

Vacas e cabras juntaram-se à lista no mês passado – um desenvolvimento surpreendente para os especialistas porque não se pensava que fossem suscetíveis a este tipo de gripe.

“O caso no Texas é o primeiro caso de um ser humano infetado com gripe aviária por uma vaca.”

Wenqing Zhang, diretora do programa global para a gripe da OMS

“A transmissão de ave para vaca, de vaca para vaca e de vaca para ave também foi registada durante os surtos atuais, o que sugere que o vírus pode ter encontrado outras rotas de transição além das que entendíamos anteriormente”, acrescentou Zhang, numa conferência de imprensa em Genebra.

O caso do Texas foi apenas o segundo de um humano com teste positivo para gripe das aves nos Estados Unidos e ocorreu depois de o vírus ter-se espalhado por rebanhos que aparentemente estavam expostos a aves selvagens.

O departamento de saúde do Texas sublinhou que as infeções no gado não representam uma preocupação para o fornecimento comercial de leite, uma vez que as fábricas de lacticínios são obrigadas a destruir o leite das vacas doentes. Além disso, a pasteurização também mata o vírus. “É importante que as pessoas garantam práticas alimentares seguras, incluindo o consumo apenas de leite pasteurizado e produtos lácteos”, alertou Zhang.

Identificadas células-chave para prevenir a aterosclerose no síndrome da Progéria

Observador

Uma equipa internacional de investigadores identificou as células-chave para prevenir a aterosclerose em pessoas que sofrem do síndrome de progéria, uma doença muito rara que causa envelhecimento prematuro e acelerado de quem a sofre.

A síndrome de Progéria é uma doença genética extremamente rara que afeta 1 em 20 milhões de pessoas, e estima-se que afete cerca de 400 crianças em todo o mundo. A doença é caracterizada por induzir envelhecimento acelerado, aterosclerose grave e morte prematura em idade média de aproximadamente 15 anos.

Os resultados da nova investigação foram publicados na passada segunda-feira no The Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS).

As doenças raras representam um grande problema social e de saúde, uma vez que se estima que existam perto de 7.000 e que afetem sete por cento da população mundial, recordou o CNIC, citado pela agência Efe.

A causa genética da doença é uma mutação num gene (LMNA) que provoca a expressão da progerina, uma versão mutante da proteína nuclear “lamina A” que induz numerosos efeitos nocivos a nível celular e do organismo, explicou o Centro Nacional de Investigação Cardiovascular (CNIC), em comunicado.

Estudos recentes desta síndrome realizados em modelos animais mostraram que é possível corrigir esta mutação através da edição genética, e que a consequente eliminação da progerina e recuperação da expressão da “lâmina A” melhora as alterações características do doenças e prolonga a expectativa de vida.

Para otimizar a terapia genética para o potencial tratamento de pacientes com progéria, é importante identificar os tipos de células nos quais a deleção da progerina produz mais benefícios.

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