Notícias da Saúde em Portugal 343

Sexta-feira, 26 de abril de 2024

Vacinas salvaram 154 milhões de vidas em 50 anos, aponta OMS

Observador

As vacinas permitiram salvar pelo menos 154 milhões de vidas em todo o mundo desde 1974, o equivalente a seis vidas por minuto, segundo um estudo da Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta quarta-feira divulgado.

Em comunicado, a OMS salienta que a estimativa plasmada no estudo incide sobre a vacinação contra 14 doenças, incluindo difteria, hepatite B, sarampo, tétano, febre amarela, rubéola, tuberculose, meningite A e tosse convulsa.

De acordo com o estudo, publicado na revista médica britânica The Lancet, a vacinação permitiu salvar 101 milhões de bebés entre as 154 milhões de vidas estimadas.

O estudo realça que a imunização contra as 14 doenças analisadas contribuiu diretamente para reduzir 40% da mortalidade infantil global e 52% em África.

As vacinas estão entre as invenções mais poderosas da História, prevenindo doenças antes temidas.

Tedros Adhanom Ghebreyesus, Diretor-Geral da OMS

O estudo foi divulgado na Semana Mundial da Vacinação 2024, que começou no dia 24 de abril e termina na terça-feira.

MedSUPPORT | Testemunho da semana

"Tratam daquilo que eu não quero nem consigo tratar. Valem o que lhes pago." 

Dr. José Pedro Dias da Silva  | Dias da Silva - Consultórios Médicos, Lda. - Porto

Vem aí uma revolução na saúde europeia: dados médicos vão estar disponíveis em todos os Estados-membros

SIC Notícias

A partir de 2028, os portugueses e todos os cidadãos da União Europeia vão poder dar acesso aos seus dados médicos sempre que recorrerem a um serviço de saúde de um país membro. Para isso, será criada uma super base de dados cujo regulamento vai ser, hoje, votado no Parlamento Europeu.

Os dados médicos são propriedade de cada cidadão e cada um poderá decidir ser quer ou não partilhar essa informação. Esta é a premissa de uma autêntica revolução que se prepara para ocorrer dentro de quatro anos com a agregação dos registos de saúde de 450 milhões utentes numa base de dados.

A informação ficará acessível e traduzida aos profissionais de saúde de todos os países membros, através de uma plataforma online e de uma aplicação. Com esta aplicação, um português que estude ou se desloque a Paris, por exemplo, vai poder mostrar o seu histórico clínico quando for atendido numa urgência ou numa consulta médica, podendo partilhar receitas, análises clínicas ou até imagens de exames.

O regulamento do Espaço Europeu de dados de saúde possibilita que cada utente controle os seus dados podendo até ocultar informação que não seja relevante entre especialidades.

No caso da interrupção voluntária da gravidez, por exemplo, uma mulher que queira abortar fora do seu país, onde este ato médico seja ilegal, como acontece em Malta, pode pedir confidencialidade de forma a que nada fique registado.

Esta gigante base de dados estará ainda acessível, em 2030, à investigação científica sob anonimato. Também neste ponto o regulamento permitirá aos cidadãos não partilharem os seus dados.

OMS alerta para medidas "urgentes" contra consumo de álcool e cigarros entre os jovens

SIC Notícias

Mais de metade dos adolescentes experimentaram álcool e um em cada cinco fumou recentemente cigarros eletrónicos, alertou esta quinta-feira o Escritório Regional Europeu da Organização Mundial de Saúde (OMS), num relatório sobre hábitos de saúde.

O álcool é a substância mais consumida entre os jovens: 57% dos adolescentes de 15 anos já experimentaram e 37% consumiram no último mês, enquanto um em cada 10 admite ter-se embriagado pelo menos duas vezes na vida, um percentual que vai de 5% aos 13 anos para "alarmantes" 15% aos 15 anos.

"Estas descobertas destacam o quão normalizado e disponível está o álcool, mostrando a necessidade urgente de melhores medidas para proteger as crianças e os jovens dos danos causados."

OMS-Europa

O estudo destaca que os cigarros eletrónicos ultrapassaram os cigarros convencionais em popularidade: 32% dos jovens de 15 anos usaram-nos em algum momento e 20% usaram-nos nos últimos 30 dias, números que descem para 25% e 15%, respetivamente, nos cigarros convencionais. Esta tendência é sobretudo observada a partir dos 13 anos: enquanto 11% já fumaram alguma vez e 5% fumaram no último mês, no caso dos cigarros eletrónicos a percentagem aumenta para 16% e 9%, respetivamente.

A OMS alerta que esta "transição" para os cigarros eletrónicos como escolha mais popular exige ações específicas, incluindo a sua aparição em videojogos, programas de entretenimento e outros conteúdos para jovens através de plataformas multimédia.

Alerta para as substâncias nocivas nas embalagens de plástico dos alimentos

Notícias Saúde

O plástico é um material muito complexo que pode conter muitos produtos químicos diferentes, alguns dos quais podem ser prejudiciais. Isto também se aplica às embalagens para alimentos.

“Encontrámos 9.936 substâncias químicas diferentes num único produto de plástico utilizado como embalagem de alimentos.”

Martin Wagner, professor do Departamento de Biologia da Universidade Norueguesa de Ciência e Tecnologia (NTNU)

Há vários anos que Wagner trabalha com substâncias químicas em produtos de plástico. Faz parte de um grupo de investigação da NTNU que publicou agora os seus resultados na revista Environmental Science & Technology, um dos quais parte da análise a 36 produtos de plástico diferentes que são utilizados para embalar alimentos, provenientes de cinco países: Estados Unidos, Reino Unido, Coreia do Sul, Alemanha e Noruega.

“Na maior parte destes produtos de plástico, encontrámos substâncias químicas que podem afetar a secreção de hormonas e o metabolismo”, afirma Wagner.

Estas funções são absolutamente vitais, já que as hormonas são os mensageiros do corpo, sendo segregadas por várias glândulas diferentes e permitindo que os diferentes órgãos comuniquem entre si.

Anteriormente, não se sabia se os produtos químicos podiam ser libertados para o ambiente em condições normais ou se permaneciam ligados ao plástico. No entanto, há alguns anos, outro grupo de investigação provou que a maioria dos produtos liberta substâncias químicas quando submersos em água.

Como o plástico contém tantas substâncias químicas diferentes, os investigadores ainda só conseguem identificar algumas delas de cada vez. Isto significa que ainda sabemos muito pouco sobre os efeitos da maioria destes químicos.

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