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Notícias da Saúde em Portugal 348
Segunda-feira, 6 de maio de 2024
Estudo avalia a controversa relação entre gatos e esquizofrenia
SIC Notícias
Um estudo recente avalia as possibilidades de uma pessoa que tenha um gato possa vir a desenvolver distúrbios relacionados com esquizofrenia. A questão tem sido alvo de diversas pesquisas ao longo das últimas décadas e muito continua ainda por explicar.
O estudo mais recente, conduzido por investigadores do Centro de Pesquisa em Saúde Metal de Queensland, na Austrália, teve por base a análise de 17 estudos publicados durante os últimos 44 anos, de 11 países diferentes e encontrou ligações entre possuir um gato e desenvolver distúrbios relacionados com a esquizofrenia.
“Encontrámos uma associação entre ter gatos e o aumento das possibilidades de desenvolver distúrbios relacionados com a esquizofrenia."
Esta associação foi inicialmente proposta num estudo de 1995, com a exposição a um parasita chamado Toxoplasma gondii (T. gondii) sugerida como causa, mas a pesquisa até agora não chegou a uma conclusão definitiva. O T. gondii, é um parasita transmitido através de carne malcozida, água contaminada ou contacto com gatos infetados que pode infiltrar-se no sistema nervoso central humano e influenciar potencialmente os neurotransmissores, o que pode levar a alterações de personalidade, ao surgimento de sintomas psicóticos e a alguns distúrbios neurológicos, incluindo a esquizofrenia.
O estudo indica que indivíduos expostos a gatos têm realmente aproximadamente o dobro das probabilidades de desenvolver esquizofrenia, refere o Science Alert, contudo os investigadores reconhecem a necessidade de uma pesquisa melhor e mais abrangente para fazer interpretações mais firmes.
Mutação rara que causa o nanismo poderá também retardar o envelhecimento
SIC Notícias
Pessoas com síndrome de Laron, deficiência na hormona de crescimento, apresentam um risco baixo de doenças cardíacas e de outras doenças associadas à idade, revela um novo estudo que sugere a possibilidade de estratégias para novos tratamentos.
Jaime Guevara-Aguirre, Valter Longo (cientistas) e participantes do estudo
Uma forma rara de nanismo que afeta apenas 400–500 pessoas em todo o mundo despertou o interesse de cientistas que estudam o envelhecimento e as doenças metabólicas. Isto porque uma série de estudos associaram a doença a uma série de efeitos positivos para a saúde, incluindo proteção contra diabetes, cancro e declínio cognitivo.
Em experiências realizadas com ratinhos de laboratório, os que tinham uma condição semelhante viveram cerca de 40% mais do que os animais de controlo.
O novo estudo publicado no site Med mostra que portadores de síndrome de Laron têm menor risco de desenvolver doenças cardiovasculares - têm a pressão arterial mais baixa, reduzida acumulação de gordura arterial e a parede da artéria carótida menos espessa do que quem não têm a síndrome.
“De certa forma, este foi o mais importante de todos os estudos. Foi a última peça que faltava para mostrar que parecem estar protegidos de todas as principais doenças relacionadas com a idade.”
Estudar os detalhes da síndrome pode inspirar o desenvolvimento de medicamentos ou dietas com efeitos protetores semelhantes, salienta o especialista.
Adesão dos profissionais de saúde à higiene das mãos é de 80%
DGS
A adesão dos profissionais de saúde à higiene das mãos (HM) nas unidades de saúde (US) registou em 2023 uma taxa de cumprimento de 80%, percentagem que se mantém face a 2022, e que tem vindo a crescer desde 2015, quando se registava uma taxa de 73,1%.
Os dados são revelados no Dia Mundial da Higiene das Mãos - 5 de maio - pelo Programa de Prevenção e Controlo de Infeções e de Resistência a Antimicrobianos (PPCIRA) da Direção-Geral da Saúde (DGS).
No que diz respeito à avaliação do cumprimento da HM nos 5 momentos considerados obrigatórios para a HM, no primeiro momento – antes do contacto com o doente – foi de 73,2%, também sobreponível com o ano de 2022. Desta forma reforça-se a importância do cumprimento da HM em todos os cinco momentos: antes do contacto com o doente, antes de procedimentos limpos ou asséticos, após risco de exposição a fluídos biológicos, após contacto com o doente e após contacto com o ambiente do doente.
Na adesão das instituições à Estratégia Multimodal das Precauções Básicas em Controlo de Infeção (PBCI), que integra os módulos de HM, Uso e Gestão de Luvas e Auditorias às Precauções Básicas em Controlo de Infeção, destaca-se uma maior adesão das UCCI.
Da análise dos dados verifica-se, também, que se mantém a perceção, pelos profissionais de saúde, que nas situações de uso de luvas na prestação de cuidados não é necessária a HM (antes e depois da sua colocação), sendo este um procedimento incorreto potenciador da transmissão de microrganismos, o que representa uma necessidade de reforço de formação para todos os envolvidos.
Em 2024, a DGS junta-se à Organização Mundial de Saúde (OMS) na comemoração do Dia Mundial da Higiene das Mãos, salientando a importância da promoção do conhecimento e do desenvolvimento de competências dos profissionais de saúde e cuidadores sobre prevenção e controlo de infeção, incluindo a HM, através de estratégias de formação e de educação inovadoras e impactantes.
Ministra da Saúde visita Bloco Operatório do Futuro no Hospital de Santo António
SNS
A Ministra da Saúde, Ana Paula Martins, visitou o Hospital de Santo António, no Porto, na sexta-feira, dia 3, para conhecer o projeto iBird – Bloco Operatório de Inovação, Robótica e Digital que tem sido uma das grandes apostas da Unidade Local de Saúde Santo António (ULS SA).
O iBird resulta de um processo de cocriação da ULS SA desenhado em modelo de think tank (grupo de reflexão), durante junho de 2021, em que os profissionais envolvidos usufruíram de tempo protegido (horário dedicado) para pensarem sobre o Bloco Operatório do Futuro.
Foi o grande vencedor dos Portugal Digital Awards em três categorias: Best Digital Transformation Project (o projeto de Transformação Digital com maior impacto em 2023), Best Health Project e Best Future of Operations Project. Entretanto, foram já adotadas soluções de gestão, telementoria, robótica e projetos com recurso à inteligência artificial generativa para dar suporte à decisão e utilização da realidade aumentada e virtual – estas últimas integradas no projeto europeu e-Hospital4Future, em que o Hospital de Santo António é membro do consórcio com um projeto de formação no bloco operatório.
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