Notícias da Saúde em Portugal 350

Quarta-feira, 8 de maio de 2024

Falta de conhecimento é principal responsável por número elevado de pessoas com asma não controlada

Notícias Saúde

Explicar porque é que quase sete em cada 10 (68%) adultos com asma não tem a doença controlada, conforme revelam os dados do estudo Epi-Asthma, não é simples. Cláudia Vicente, especialista do Grupo de Estudos de Doenças Respiratórias (GRESP) da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar (APMGF) aponta várias razões, sendo a principal “a falta de literacia, que está ligada a vários outros motivos. Existe uma subvalorização da asma, do seu impacto na vida dos doentes e, de uma forma global, do problema de saúde pública que representa”.

Isto apesar de “uma asma não controlada poder conduzir a várias agudizações, que podem ir de ligeiras até muito graves, com necessidade de internamento e tratamento nos cuidados intensivos e com perigo de morte”.

A especialista destaca ainda que, “uma asma não controlada significa uma enorme perda de qualidade de vida e um aumento drástico nos custos envolvidos. Para além disso, a eventual necessidade de fazer tratamento com corticoides orais e ciclos de antibioterapia e reforço do tratamento inalado, pode levar a alguns efeitos secundários mais graves”.

Recorde-se que “a asma é uma doença respiratória, de caráter inflamatório, com manifestações clínicas muito diferentes e cuja intensidade também varia ao longo do tempo. Normalmente associamos a sintomas como pieira ou sibilância, tosse (predominantemente seca), falta de ar ou sensação de aperto no peito, sintomas que podem surgir espontaneamente ou desencadeados por grande exposição a alergénios, esforço, diferenças de temperatura, poluição, exposição de fumo do tabaco, infeções respiratórias por vírus, as mais frequentes, entre outros”.

No entanto, controlar a doença não é uma tarefa impossível, segundo a especialista. Pelo contrário, “a adesão ao tratamento com terapêutica inalatória, na esmagadora maioria dos casos, leva a um controlo sem perda qualidade de vida, sem aumento dos custos, com menos riscos e eventuais agravamentos das comorbidades existentes. Quando a pessoa é cumpridora do seu tratamento, as doses necessárias são mais baixas e de atuação ‘local’, uma vez que estamos a utilizar terapêutica inalatória para uma doença respiratória”.

Centro de orientação de doentes do INEM esteve sem receber chamadas de emergência

Diário de Notícias

O Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) do INEM esteve esta terça-feira cerca de 20 minutos sem receber chamadas 112, um problema que terá estado relacionado com os servidores, adiantou o Sindicato dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar.

"Por volta das 16:30, o sistema informático do CODU a nível nacional foi abaixo. Esteve cerca de 20 minutos. Neste momento já regressou, mas com falhas."

Rui Lázaro, presidente do sindicato

De acordo com Rui Lázaro, o sistema voltou a funcionar, mas com "interferências na maioria das chamadas 112", um problema que "estará relacionado com os servidores" do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM).

Segundo Rui Lázaro, durante um período de cerca de 20 minutos, as chamadas eram atendidas nas centrais 112, mas não era possível reencaminhá-las para as centrais do INEM.

Os CODU do INEM são as centrais de emergência médica que coordenam e gerem um conjunto de meios de socorro - ambulâncias, viaturas médicas de emergência e reanimação, motos e helicópteros - que são selecionados com base na situação clínica das vítimas.

As chamadas efetuadas para o 112 são atendidas pela PSP e pela GNR e são canalizadas apenas para os CODU do INEM as chamadas relativas a socorro na área da saúde.

Novo recorde de calor em abril apesar da diminuição do fenómeno El Niño

Diário de Notícias

O mundo continuou a registar temperaturas excecionais em abril, com um novo recorde mensal de calor, tanto em terra como à superfície dos oceanos, de acordo com um relatório do observatório europeu Copernicus, publicado esta quarta-feira.

O fenómeno climático natural El Niño "continuou a enfraquecer", o que sugere uma possível interrupção no final do ano, mas sem alterar a tendência de aquecimento, alimentado pela utilização maciça de combustíveis fósseis, como petróleo, carvão e gás natural, refere o documento.

Desde junho que todos os meses bateram o recorde mensal de calor e abril de 2024 não foi exceção, com uma temperatura média de 15,03 graus Celsius, mais 1,58 graus do que um mês de abril normal na era pré-industrial (1850-1900).

Este sobreaquecimento ameaça a vida marinha, conduz a um aumento da humidade na atmosfera e ameaça a capacidade dos oceanos de cumprirem o papel crucial de absorção das emissões de gases com efeito de estufa produzidas pela humanidade.

Dois anos de exames sem papel e mais de 115 milhões de resultados partilhados

SPMS

A partilha digital de resultados de exames médicos arrancou no dia 6 de maio de 2022. Em dois anos, mais de 115 milhões de resultados já foram disponibilizados e consultados na App e no Portal SNS 24, facilitando o acesso dos utentes e dos profissionais de saúde à informação.

Cerca de 49 milhões de requisições eletrónicas de Meios Complementares de Diagnóstico e Terapêutica (MCDT) foram prescritas e a taxa de desmaterialização situa-se nos 92%. Mais de 1.300 locais que realizam MCDT aderiram ao projeto Exames Sem Papel, partilhando os resultados com os utentes na App e no Portal SNS 24.

Marco significativo para a digitalização dos serviços de saúde em Portugal, a partilha de resultados tornou-se fundamental para acelerar procedimentos, evitando perdas e duplicação de exames, quer tenham sido realizados no setor público ou no privado, e reforçar a segurança na prestação de cuidados.

Este serviço digital contribui para a rapidez de diagnóstico e melhoria no acesso à saúde, traduzindo-se em ganhos para todo o sistema de saúde. O projeto Exames Sem Papel beneficia de verbas do Plano de Recuperação e Resiliência, na sua componente de Transição Digital na Saúde.

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