Notícias da Saúde em Portugal 353

Segunda-feira, 13 de maio de 2024

Morreu primeiro doente transplantado com rim de porco geneticamente modificado

SIC Notícias

O primeiro doente transplantado com um rim de porco geneticamente modificado morreu quase dois meses depois de ter sido submetido ao procedimento, anunciou no sábado a família e o hospital que realizou a cirurgia.

Richard "Rick" Slayman, 62 anos, fez o transplante em março, no Hospital Geral de Massachusetts, nos Estados Unidos, tendo os cirurgiões manifestado a convicção de que o rim de porco duraria pelo menos dois anos.

A equipa de transplantes do Hospital Geral de Massachusetts afirma em comunicado estar profundamente triste com a morte de Slayman e apresentou condolências à sua família.Os cirurgiões disseram não ter qualquer indicação de que Slayman tivesse morrido em resultado do transplante.

"Rick" Slayman foi a primeira pessoa viva a ser submetida a esta cirurgia. Anteriormente, tinham sido transplantados, temporariamente, rins de porco em dadores em morte cerebral.

A xenotransplantação consiste em tratar doentes humanos com células, tecidos ou órgãos de animais. Estes esforços falharam durante muito tempo porque o sistema imunitário humano destruía imediatamente o tecido animal estranho, adiantando que houve tentativas recentes que envolveram porcos que foram modificados para que os seus órgãos sejam mais parecidos com os humanos.

Doentes desperdiçaram quase 900 mil consultas em cinco anos

Observador

Dados referem-se às primeiras consultas hospitalares e deixam de fora as consultas subsequentes e as dos centros de saúde. Especialidades mais afetadas são as que registam maior tempo de espera.

Cerca de 900 mil primeiras consultas de especialidade ficaram por realizar nos últimos cinco anos porque os doentes não comparecerem nos hospitais, avança esta segunda-feira o jornal Público, citando dados da Direção Executiva do Sistema Nacional de Saúde (SNS). Este valor corresponde a cerca de 15% do total de referenciações dos centros de saúde entre os anos de 2019 e 2023.

Só em 2023, foram desperdiçadas quase 190 mil primeiras consultas. A especialidade de Oftalmologia, uma das que têm as maiores listas de espera, foi a que registou um maior número de faltas — foram quase 29 mil no ano passado — seguida de Ortopedia, Cirurgia Geral e Otorrinolaringologia.

Os dados refletem apenas uma parte das consultas não realizadas, uma vez que, nesta contabilização, não estão incluídas as consultas subsequentes e as consultas dos cuidados de saúde primários. O especialista em economia da Saúde Eduardo Costa admite ao Público que “é provável que a taxa de falta seja superior” nestas outras consultas.

Para o especialista o facto de as especialidades com maiores listas de espera serem também as que têm uma maior taxa de falta de comparência pode ser explicada com a ida dos doentes para outras instituições (dado o elevado tempo de espera no SNS) ou com o desaparecimento da condição de saúde que motivou o pedido de consulta de especialidade. Alguns hospitais enviam aos utentes um alerta, via SMS, a relembrar a marcação da consulta.

Doenças das gengivas causam perda de dentes e estão associadas a doenças responsáveis por morte prematura

OMD

A Ordem dos Médicos Dentistas (OMD) alerta para os riscos decorrentes das doenças das gengivas, as doenças periodontais, como a perda de dentes e associação a doenças graves (doenças cardíacas, diabetes, insuficiência renal crónica, doenças neurológicas degenerativas, entre outras).

Para assinalar o Dia Europeu da Saúde Periodontal (dia 12 de maio), a Ordem apela a uma escovagem pelo menos duas vezes ao dia, com utilização de fio dentário ou escovilhões, e elabora uma lista de oito pontos a que todos devem estar atentos para manter uma boa saúde oral e prevenir as doenças periodontais.

“A periodontite e uma doença grave, mas silenciosa (não provoca dor); a acumulação das bacterias causadoras destas doenças sobre os dentes ocorre mesmo sem a ingestão de alimentos. No entanto, a periodontite pode ser prevenida, controlando os fatores de risco e com uma correta higiene oral.”

Helena Rebelo, presidente do Colégio de Periodontologia da Ordem dos Médicos

Oito pontos cujo conhecimento é fundamental para a prevenção as doenças periodontais:

  1. Medidas preventivas: Higiene oral eficaz, dirigida às gengivas (existe um espaço entre as gengivas e os dentes) e controlo dos fatores de risco (diabetes, tabagismo, idade, excesso de peso, maus hábitos de higiene);

  2. As gengivas saudáveis nunca sangram;

  3. As doenças periodontais são silenciosas: a dor não é típica nestas doenças;

  4. A falta de tratamento leva à perda de dentes, provocando a diminuição da função mastigatória e grande estigma psicológico;

  5. Sendo a periodontite uma doença crónica, pode ser controlada com eficácia, prevenindo a perda de dentes;

  6. A periodontite não controlada constitui um fator de risco para várias doenças graves, potencialmente mortais;

  7. Como em qualquer doença crónica, a manutenção profissional regular é a chave para o êxito do tratamento;

  8. Sem controlo adequado, os implantes colocados para substituição de dentes podem desenvolver uma patologia semelhante, com repercussões na saúde oral e geral.

Dia Internacional do Enfermeiro

SNS

No Dia Internacional do Enfermeiro, a Ministra da Saúde, Ana Paula Martins, enaltece a resiliência, dedicação e humanismo com que os enfermeiros e enfermeiras abraçam a profissão. Sendo o maior grupo profissional da saúde estão permanentemente ao lado do cidadão acompanhando os processos de transição ao longo da vida. Obrigada por contribuírem, todos os dias, para a proteção da saúde de cada um de nós e tudo faremos para que realizem o vosso projeto de vida no nosso país.

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