Notícias da Saúde em Portugal 356

Quinta-feira, 16 de maio de 2024

Homens têm menor perceção da desigualdade de género na saúde

Jornal de Notícias

Há oportunidades profissionais iguais para homens e mulheres no setor da saúde? A resposta varia consoante o género daquele que responde. Pelo menos é essa a conclusão do estudo de opinião “Igualdade de género e liderança: o que pensa a jovem geração da saúde”, que será apresentado esta quinta-feira na conferência “Liderança Feminina na Saúde”, do Movimento LIFE – Liderança no Feminino na Saúde.

Segundo os resultados partilhados com o Jornal de Notícias, que têm por base uma amostra de 500 trabalhadores do setor da saúde, um quinto dos homens desta área acredita que existe igualdade de oportunidades entre os dois géneros. Por seu turno, apenas 14% das mulheres dão a mesma resposta.

Quanto a existir (ou não) igualdade de género em cargos de liderança no setor da saúde, o panorama é semelhante: 35% dos homens diz que posições de liderança são igualitárias entre os géneros, mas apenas 11% das mulheres partilha desta opinião.

A importância da igualdade de género parece, no entanto, ser mais consensual. À pergunta “considera importante existir paridade de género na liderança?”, 80% dos homens respondeu afirmativamente. No caso das mulheres, a resposta positiva surgiu em 95% dos casos.

Quanto a experiências pessoais, 35% das profissionais inquiridas afirmou já ter sentido discriminação de género no local de trabalho – em contrapartida, 15% diz ter sofrido este tipo de agressão.

Governo mantém extinção das Administrações Regionais de Saúde

Diário de Notícias

O Governo vai manter a extinção das Administrações Regionais de Saúde (ARS) decidida pelo anterior executivo e cujo diploma tinha sido devolvido pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, disse fonte oficial.

Questionado pela Lusa sobre esta matéria, o Ministério da Saúde (MS) respondeu que "a extinção das ARS aguarda por novo decreto-lei para breve".

No passado dia 10, o Presidente da República tinha informado que apenas tinha recebido em 27 de março o decreto-lei do anterior executivo que extingue as Administrações Regionais de Saúde (ARS) e que o tinha enviado para o novo Governo, após a sua posse, para que este se pronunciasse sobre o diploma.

A nota foi publicada no sítio oficial da Presidência da República na Internet depois de o jornal Expresso ter noticiado que o chefe de Estado não tinha assinado o decreto-lei de extinção das ARS, apontando uma situação de impasse em relação a esta reforma.

Ana Paula Martins, Ministra da Saúde

Em causa está um decreto-lei do anterior Governo do Partido Socialista (PS) aprovado em Conselho de Ministros em 21 de março que, na sequência da criação da Direção Executiva do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e da generalização das unidades locais de saúde, procede à extinção das ARS.

"Recorde-se que as ARS, apesar da redução do seu papel, continuavam e continuam a existir nos diplomas de reforma do SNS. Quer em 2022, no Decreto-Lei n.º 52/2022, de 04 de agosto, e no Decreto-Lei n.º 61/2022, de 23 de setembro, quer ainda em 2023, no Decreto-Lei nº 36/2023, de 26 de maio, referente às comissões de coordenação e desenvolvimento regional (CCDR)", acrescentava a nota.

Nos termos do artigo 233.º da Constituição, "no prazo de quarenta dias contados da receção de qualquer decreto do Governo para ser promulgado, ou da publicação da decisão do Tribunal Constitucional que não se pronuncie pela inconstitucionalidade de norma dele constante, deve o Presidente da República promulgá-lo ou exercer o direito de veto, comunicando por escrito ao Governo o sentido do veto". Neste caso, o prazo de 40 dias, contado a partir de 27 de março, já se esgotou.

ULS de Braga implementa novo tratamento para o Parkinson em estado avançado

Sapo

De acordo com a Unidade Local de Saúde (ULS) de Braga, a nova solução de tratamento para a doença de Parkinson em estado avançado, a Duodopa subcutânea, permite controlar melhor os sintomas da patologia, bem como reduzir a quantidade de medicamentos diários a tomar.

Uma mulher com doença de Parkinson em estado avançado foi a primeira utente a receber o novo tratamento, no mês de abril. Antes desta opção, a utente apresentava flutuações motoras graves, o que a impedia, em muitos momentos do dia, de realizar as suas atividades diárias, revela a ULS de Braga. Além disso, precisava de tomar medicamentos de duas em duas horas para controlar os seus sintomas, apesar de não obter um bom controlo dos mesmos.

Em nota divulgada, a ULS de Braga indica que desde o início do tratamento com Duodopa subcutânea de forma contínua a utente revelou uma melhoria significativa na sua qualidade de vida. Passou a conseguir controlar melhor os sintomas motores, o que lhe permitiu ter de volta parte da autonomia na realização das suas atividades diárias.

O novo medicamento consiste numa solução para perfusão subcutânea contínua que combina foslevodopa e foscarbidopa. Estudos clínicos realizados demonstraram que o Duodopa é eficaz na redução dos sintomas motores da doença de Parkinson, com uma diminuição das flutuações motoras e discinesias (movimentos involuntários).

DGS participa no XXI Congresso Nacional da Associação dos Enfermeiros de Sala de Operações

DGS

A Direção-Geral da Saúde (DGS), através da Divisão de Planeamento e Melhoria da Qualidade (DPMQ), participou no XXI Congresso Nacional da Associação dos Enfermeiros de Sala de Operações (AESOP), subordinado ao tema “Horizontes Digitais na Enfermagem Perioperatória”.

A iniciativa decorreu de 8 a 10 de maio de 2024, no Centro de Artes e Espetáculos da Figueira da Foz, e reuniu cerca de 650 peritos das diferentes áreas do conhecimento. Este evento contribuiu para a discussão e reflexão em diferentes vertentes, salvaguardando os princípios da qualidade e segurança na prestação de cuidados de saúde no contexto Perioperatório.

A DGS tem mantido o seu compromisso no Segundo Desafio Mundial da Organização Mundial de Saúde (OMS) para a Segurança dos Doentes, através do projeto "Cirurgia Segura Salva Vidas", que tem como objetivo melhorar a segurança dos cuidados cirúrgicos. Para tal, foram definidos um conjunto de documentos de segurança, para implementação em todos os blocos operatórios portugueses.

Sabendo-se que a segurança cirúrgica está em constante evolução, através do desenvolvimento de estratégias que visam responder aos atuais desafios e às novas exigências tecnológicas na saúde, pelo que importa assegurar o bem-fazer, a humanização dos cuidados e a segurança do doente, constituindo o centro das prioridades e o principal foco de atenção.

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