Notícias da Saúde em Portugal 357

Sexta-feira, 17 de maio de 2024

OMD e Município de Leiria assinam acordo de colaboração com foco no reforço da literacia

OMD

A Ordem dos Médicos Dentistas (OMD) e o Município de Leiria assinaram um acordo de colaboração com o objetivo de reduzir a incidência e prevalência das doenças orais na região. Para já, ao abrigo desta parceria, será implementado o projeto “Leiria a Sorrir”, que irá abranger cerca de 400 alunos desfavorecidos do Agrupamento de Escolas de Marrazes e possibilitar o tratamento de cáries em sete clínicas dentárias da freguesia aderentes ao projeto-piloto.

“Este é um projeto assistencialista, de alteração dos comportamentos e de melhoria da literacia, que pode mudar muito a sociedade. Há uma questão médica, mas também social, de integração na sociedade e de melhoria do aproveitamento escolar.”

Miguel Pavão, Bastonário da OMD

O acordo de colaboração dirige-se, sobretudo, às crianças e jovens, assim como às populações mais vulneráveis, e também irá incidir sobre a alimentação. Como se sabe, hábitos alimentares inadequados, como a ingestão excessiva de açúcar simples ou adicionados, constituem um dos principais fatores de risco para as cáries dentárias, que é uma das doenças não transmissíveis mais prevalentes a nível mundial.

As duas entidades comprometem-se a desenvolver ações de sensibilização no concelho de Leiria, através da divulgação de informação que permita melhorar o conhecimento e o comportamento associado à saúde oral, estimulando a adoção de estilos de vida saudáveis e também práticas preventivas, como por exemplo uma correta higiene oral.

MedSUPPORT | Testemunho da semana

"Vale a pena, a MedSUPPORT é uma empresa completa que nos aconselha e nos guia no nosso dia a dia. " 

Dra. Catarina Pinto  | Avalanche de Sorrisos, Lda. - Monção

Aliança para o Cancro do Pulmão Lança site para melhorar sobrevivência

Notícias Saúde

O cancro do pulmão constitui a principal causa de morte relacionada com cancro em todo o mundo: um em cada cinco doentes está vivo após o diagnóstico inicial, e mais de 60% dos doentes são diagnosticados numa fase avançada da doença.

Aumentar a sobrevivência de quem tem o diagnóstico de cancro do pulmão, com qualidade de vida, são dois grandes objetivos da Aliança para o Cancro do Pulmão, uma iniciativa que reúne várias entidades unidas à volta deste propósito – Grupo de Estudos para o Cancro do Pulmão (GECP), Liga Portuguesa Contra o Cancro, Ordem dos Médicos, Pulmonale, Sociedade Portuguesa de Cirurgia Cardíaca, Torácica e Vascular, Sociedade Portuguesa de Pneumologia e AstraZeneca.

A Aliança para o Cancro do Pulmão, orientada por um Conselho Estratégico, organiza-se em quatro Grupos de Trabalho, dedicados a diferentes temas: aumentar o conhecimento sobre cancro do pulmão, implementar o rastreio em grupos de alto risco, promover o diagnóstico e intervenção precoces e melhorar a qualidade dos cuidados e apoio aos doentes com cancro do pulmão e cuidadores

Aliança para o Cancro do Pulmão e a literacia em saúde

Um dos elementos fundamentais deste projeto é a comunicação através do novo website https://aliancacancropulmao.pt/, que passará a ser o local de partilha das ações dos Grupos de Trabalho, bem como das iniciativas dos parceiros que constituem a Aliança e outros conteúdos relevantes na área do cancro do pulmão, posicionando-se como uma fonte informação segura e atual, para todos os que tenham interesse e vontade de contribuir para este desígnio.

“O lançamento do website da Aliança é mais um passo, que vai permitir partilhar o trabalho desenvolvido por cada entidade e em conjunto, e ser uma fonte de informação fidedigna e atual, numa época em que a procura de informação nas redes digitais é cada vez maior, numa área em desenvolvimento exponencial.”

Ana Figueiredo, presidente do GECP e membro do conselho estratégico da Aliança

Através da vontade e esforço colaborativo de várias entidades, e um trabalho assente na partilha de experiências e boas práticas, a Aliança para o Cancro do Pulmão pretende promover a alteração do status quo na prevenção, diagnóstico e tratamento da doença em Portugal, bem como incrementar a literacia de profissionais de saúde, doentes e público em geral, através de ações que mudem o ritmo do progresso na sobrevivência desta doença.

Estatuto de Cuidador Informal

ERS

A Entidade Reguladora da Saúde (ERS) publicou na seção de perguntas frequentes esclarecimentos sobre o Estatuto de Cuidador Informal, , para acesso a benefícios associados à prestação de cuidados de saúde.

Quem pode ser considerado Cuidador Informal?

Pode ser considerado Cuidador Informal principal o cônjuge ou a pessoa em união de facto, parente ou afim até ao 4.º grau da linha reta ou da linha colateral (pais, padrastos, avós, bisavós, filhos, netos, bisnetos, irmãos, sobrinhos, tios, tios-avós e primos) da pessoa cuidada, que com ela vive em comunhão de habitação.

Pode ser considerado Cuidador Informal não principal o cônjuge ou a pessoa em união de facto, parente ou afim até ao 4.º grau da linha reta ou da linha colateral (pais, padrastos, avós, bisavós, filhos, netos, bisnetos, irmãos, sobrinhos, tios, tios-avós e primos) da pessoa cuidada, ou quem, não tendo com ela laços familiares, viva em comunhão de habitação com a pessoa cuidada.

Os progenitores com regime de guarda partilhada da pessoa cuidada podem ambos ser considerados cuidadores informais não principais.

O Cuidador Informal tem de prestar cuidados de forma permanente?

Não. Existem dois tipos de cuidador informal:

  1. Cuidador Informal principal- aquele que acompanha e cuida da pessoa cuidada de forma permanente e que não aufere qualquer remuneração de atividade profissional ou pelos cuidados que presta à pessoa cuidada;

  2. Cuidador Informal não principal– aquele que acompanha e cuida da pessoa cuidada de forma regular, mas não permanente, podendo auferir ou não remuneração de atividade profissional ou pelos cuidados que presta à pessoa cuidada. (…)

Promover a interajuda no Dia Mundial da Hipertensão: «Os colegas podem ser nossos aliados»

Just News

Para Rosa de Pinho, presidente da Sociedade Portuguesa de Hipertensão (SPH), o Dia Mundial da Hipertensão Arterial (HTA), que se celebra esta 6.ª feira, é uma ótima oportunidade não só para sensibilizar os doentes, como também os profissionais, para essa problemática. Na verdade, considera que a atuação dos enfermeiros, farmacêuticos e demais especialistas "é fundamental para o controlo da HTA ".

“O facto de os doentes não estarem tão controlados como desejamos deve-se, desde logo, à sua não adesão à terapêutica, ao deixarem de tomar a medicação ou até mesmo de comprá-la, porque a HTA não dói. Por outro lado, da parte dos profissionais, existe ainda alguma inércia relativa a este assunto, quer pela falta de sensibilização para ele, quer por desculparem as justificações do doente pelos valores medidos no consultório.”

Rosa de Pinho, Presidente da SPH

Na sua prática clínica, a médica ouve regularmente dos utentes justificações diversas para terem a sua tensão arterial descontrolada, “seja porque esperou muito para a consulta, ou porque se chateou com alguém no dia anterior, ou ainda porque a comida da refeição anterior estava um bocadinho salgada, que não é costume.” No seu entender, “não se deve facilitar tanto, sendo necessária uma atitude mais proativa”.

Neste contexto, a presidente da SPH realça como “os outros profissionais de saúde podem ser nossos aliados, podendo-se alternar as intervenções”. Como exemplifica, “podemos pedir ao doente para, uns dias depois, ir ter com o seu enfermeiro ou farmacêutico para medir novamente a tensão, para nos certificarmos de que aquela medição elevada foi uma situação pontual”.

Além disso, “se o farmacêutico verificar que o doente não está a comprar a medicação para a HTA, pode questioná-lo sobre o motivo e se tem avaliado as suas tensões, e até sugerir-lhe fazê-lo nesse momento”. Apesar de reconhecer que esse tipo de intervenção pode ser utópica, a médica de família considera que “já começa a haver farmácias com esta atitude mais proativa”.

Mais uma vez, este ano, a SPH irá associar-se ao May Measurement Month, uma campanha promovida pela SPH, que “irá basear-se na promoção de rastreios essencialmente por algumas farmácias aderentes, com o registo dos resultados numa base da dados, para se construir uma estatística portuguesa”.

Rosa de Pinho considera que, “por ser o mês do coração, maio corresponde a uma boa altura para abordar a hipertensão, pela maior sensibilidade para este tema”. E nota que, “se, por um lado, no verão, as pessoas poderão ficar mais esquecidas quanto à toma da medicação, por outro, com o sol, ficam mais animadas, revelando-se uma boa oportunidade para trabalhar a sua motivação e estimulá-las a fazer exercício físico”.

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