- MedSUPPORT.News
- Posts
- Notícias da Saúde em Portugal 358
Notícias da Saúde em Portugal 358
Segunda-feira, 20 de maio de 2024
Novos avanços rumo a vacina eficaz contra o VIH graças a estratégia sequencial
Observador
Os cientistas fizeram vários avanços no desenho de uma classe de vacinas contra o Vírus da Imunodeficiência Humana (VIH) que pode oferecer ampla proteção contra o vírus, de acordo com quatro novas investigações com diferentes métodos para obter anticorpos neutralizantes de amplo espetro.
Os resultados destes estudos ainda preliminares foram publicados nas revistas Science, Science Translational Medicine e Science Immunology, e todos os quatro trabalhos descrevem novos passos numa estratégia de vacinação sequencial, para obter um candidato eficaz contra o vírus VIH-SIDA.
As experiências foram realizadas em macacos rhesus e ratos (camundongos), e uma das propostas está na fase 1 de testes clínicos. Entre os autores estão cientistas do American Scripps Research Institute, da Universidade de Louisville e da Universidade da Califórnia, em San Diego.
As autoridades de saúde ainda carecem de uma vacina eficaz e aprovada que induza anticorpos amplamente neutralizantes, capazes de neutralizar as estirpes de VIH circulantes mais comuns, sublinhou o grupo num resumo na revista Science.
O objetivo é induzir as células a produzirem anticorpos amplamente neutralizantes contra o VIH. Dada a dificuldade de gerar anticorpos neutralizantes contra o VIH, os autores destes novos trabalhos orientam o sistema imunológico a gerar um tipo específico de anticorpos neutralizantes com diferentes antígenos.
A vacinação sequencial pode ser uma excelente estratégia, mas pode exigir um número excessivo de antígenos, o que dificultaria sua conversão num produto que chegasse à população mais necessitada.
Apenas 22% das mães em Portugal mantêm em exclusivo o aleitamento materno até aos 6 meses de vida do bebé
RTP
Um estudo inovador da Direção-Geral da Saúde (DGS), através do Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável (PNPAS), revela que 58% das grávidas e mães de crianças pequenas portuguesas estiveram expostas a anúncios publicitários relacionados com a promoção de substitutos do leite materno e de alimentos para bebés.
Um fenómeno que preocupa a Direção Geral da Saúde (DGS), tendo em conta que 75% dos produtos de alimentação complementar não cumprem os requisitos de segurança e nutrição definidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
O estudo da DGS revela que a maioria das mães estão expostas à publicidade de substitutos do leite materno, a um marketing digital agressivo que aposta em promoções e que tem sido determinante para a baixa prevalência do aleitamento materno.
A Autoridade de Saúde apela a uma maior regulação dos produtos publicitados e renova a sensibilização para que o aleitamento materno se mantenha, pelo menos de forma complementar, a partir do meio ano de vida até aos 24 meses do bebé.
Medicamentos biossimilares permitiram poupar 140 milhões de euros ao SNS em 10 anos
Diário de Notícias
Os medicamentos biossimilares, fármacos biológicos não protegidos por patente, permitiram poupar numa década mais de 140 milhões de euros ao Estado, mas segundo a Associação de Medicamentos Genéricos e Biossimilares, o seu uso permanece aquém do "pleno potencial".
Na véspera de se assinalar o Dia Mundial da Doença Inflamatória do Intestino, dia 19 de maio, a Associação de Medicamentos Genéricos e Biossimilares (Apogen) realça "o percurso favorável dos medicamentos biossimilares nesta patologia e noutras áreas, especialmente no maior acesso terapêutico e na sustentabilidade dos hospitais do Serviço Nacional de Saúde (SNS), apesar do pleno potencial continuar aquém".
Presentes em Portugal desde 2008 (em 2006 na Europa) existem atualmente 18 biossimilares em comercialização, que "são uma alternativa terapêutica, mais custo-efetiva" que garante que mais doentes sejam tratados.
"Até 2022 os medicamentos biossimilares permitiram um aumento da acessibilidade superior a 46%. No caso das doenças inflamatórias do intestino", que incluem a doença de Crohn e a colite ulcerosa, as moléculas usadas no seu tratamento aumentaram a acessibilidade em 154% e permitiram que mais 2.200 doentes fossem tratados entre 2018 e 2021.
Apesar deste aumento, o relatório de monitorização do consumo de medicamentos em meio hospitalar da autoridade nacional do medicamento (INFARMED, I.P.) aponta que a adoção destes medicamentos está estagnada desde maio de 2022.
Em 10 anos, em Portugal os medicamentos biossimilares libertaram mais de 140 milhões de euros para o Estado. A nível europeu, a adoção destes fármacos já permitiu libertar mais de 50 mil milhões de euros.
Monitorização sobre Cuidados de Saúde Primários
ERS
A Entidade Reguladora da Saúde(ERS) tem publicado, desde 2022, informações de monitorização anuais sobre os Cuidados de Saúde Primários (CSP). Considerando as atribuições da ERS em matéria de acesso, foi realizada uma nova monitorização sobre o acesso a médico de família, consultas médicas e de enfermagem e rastreios, para o período compreendido entre 2021 e 2023.
Da análise dos indicadores analisados, destacam-se as seguintes conclusões:
no final de 2023, 83,5% dos utentes inscritos nos CSP tinham médico de família atribuído, continuando a verificar-se uma tendência de diminuição no valor do indicador em Portugal continental – redução de 2,1 p.p. face a 2022 e de 5,3 p.p. face a 2021;
a taxa de utilização de consultas médicas apresentou, em 2023, uma diminuição de 1,2 p.p. face a 2022, com todas as regiões de saúde a seguirem esta tendência de redução, e a taxa de utilização de consultas médicas por utentes sem médico de família uma redução de 1,4 p.p., face a 2022, motivada pelos valores das regiões de saúde do Norte e Lisboa e Vale do Tejo.
Relativamente à atividade realizada em 2023:
as consultas médicas presenciais aumentaram 3,7%, e as consultas de enfermagem não presenciais aumentaram 16,9%, face a 2022;
por outro lado, as consultas médicas não presenciais diminuíram 6,3% e as consultas de enfermagem presenciais diminuíram 3,9%, face a 2022; (…)
Reply