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Notícias da Saúde em Portugal 361
Quinta-feira, 23 de maio de 2024
Nova esperança contra cancro pode estar num medicamento 'renegado'
Notícias ao minuto
Na década de 50, a talidomida era bastante usada como sedativo e comprimido para dormir. Esteva também associado a casos de malformações em crianças, daí ter sido algo 'rejeitado' e 'renegado'. Contudo, um novo estudo da Goethe University, na Alemanha, refere que pode ser uma nova solução para o tratamento do cancro.
Segundo o 'website' Research in German, trata-se de um fármaco que pode inibir o crescimento de vasos sanguíneos e interromper o fornecimento de nutrientes a tumores.
Numa investigação publicada este mês de maio, mostrou-se promissor no tratamento de tumores malignos da medula óssea.
"Agora sabemos que a talidomida é o que chamamos de 'cola molecular'. Significa que é capaz de pegar em duas proteínas e juntá-las. Isto é especialmente interessante porque uma destas proteínas é uma espécie de 'rotulador'."
O estudo foi realizado em moscas da fruta. O cientista revela que mais estudos precisam de ser feitos. "Embora demonstrem que as moléculas modificadas da talidomida têm grande potencial terapêutico, ainda não podemos dizer se serão realmente demonstradas na prática em algum momento."
OMD no WhatsApp com canal para médicos dentistas
OMD
Uma seleção dos conteúdos e datas mais importantes para médicos dentistas também passam a ser divulgados gratuitamente num novo canal de WhatsApp da Ordem dos Médicos Dentistas (OMD).
O canal da OMD no WhatsApp é distinto dos tradicionais grupos de WhatsApp. A utilização do canal é anónima até para a OMD.
Para seguir o canal da OMD no WhatsApp, basta ter a aplicação instalada, atualizada e aceder ao seguinte endereço: https://www.omd.pt/whatsapp.
Investigadores do Porto descobrem molécula com potencial para combater doenças neurológicas
Jornal de notícias
Investigadores do Instituto de Investigação e Inovação em Saúde da Universidade do Porto (i3S) descobriram um péptido que bloqueia os efeitos nefastos de uma proteína nas células nervosas, potenciando novas terapias para as doenças neurológicas, como o Parkinson.
Em comunicado, o instituto da Universidade do Porto esclarece hoje que a investigação, publicada na revista Cell Death & Disease, abre "caminho para novas terapias" para as doenças neurológicas, como a demência por corpos de Lewy e a demência da doença de Parkinson.
A demência por corpos de Lewy é o "terceiro tipo mais comum" de demência e a demência da doença de Parkinson afeta cerca de 80% dos doentes. Ambas caracterizam-se pela formação no cérebro de "depósitos arredondados anormais de uma proteína chamada sinucleína".
"Decidimos testar moléculas que atuassem no recetor e bloqueassem a ação da sinucleína, revertendo a disfunção das sinapses e, consequentemente, dos neurónios", refere.
Este péptido é muito mais potente do que a droga aprovada pela FDA [Food and Drug Administration, o regulador do mercado farmacêutico norte-americano] para travar o HIV e tem a vantagem de entrar rapidamente no cérebro e de ser administrado oralmente."
Depois de validado em ensaios celulares, os investigadores pretendem testar a ação do péptido em modelos animais com demência.
Internamentos sociais aumentaram 11% e custaram 68 milhões de euros ao Estado
Observador
O Serviço Nacional de Saúde (SNS) tinha, em 20 de março, 2.164 camas ocupadas com internamentos sociais, mais 11% face ao mesmo período de 2023, com um custo de mais de 68 milhões de euros para o Estado.
Os dados, que são revelados na 8.ª edição do Barómetro dos Internamentos Sociais (BIS), referem que àquela data, estes casos representavam 11,1% do total de internamentos nos hospitais públicos, o denominado Índice de Inapropriação do Internamento, o que representa um aumento de 0,6 pontos percentuais (p.p), cerca de 5,7%, face aos dados do anterior Barómetro.
Lisboa e Vale do Tejo e o Norte são as regiões com maior número de internamentos inapropriados, representando 80% do total destes internamentos e 97% do respetivo total de dias. Considera-se internamento inapropriado todos os dias que um doente passa no hospital após alta clínica e não existe motivo de saúde que justifique a sua permanência em ambiente hospitalar.
Os internamentos inapropriados nos hospitais públicos aumentaram, bem como os custos associados a estes casos, que se explicam por atrasos na admissão para a Rede Nacional de Cuidados Continuados (RNCCI) e para Estruturas Residenciais para Pessoas Idosas (ERPI)”.
“Metade dos episódios e metade dos dias registados de internamentos inapropriados têm origem no serviço de Medicina Interna”, refere o BIS, salientando que 76% dos episódios e 50% dos dias destes internamentos são maiores de 65 anos.
Esta edição considera dados dos hospitais psiquiátricos de 2022 e 2023 para efeitos comparativos.
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