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Notícias da Saúde em Portugal 362
Sexta-feira, 24 de maio de 2024

Tabaco matará mais de oito milhões de pessoas por ano até 2030
Observador
O tabaco matará mais de oito milhões de pessoas no mundo todos os anos até 2030 se as atuais tendências se mantiverem, estimou nesta quinta-feira a Organização Mundial de Saúde (OMS), segundo a qual 80% das mortes ocorrerão em países pobres.
Num relatório lançado nesta quinta-feira, a OMS define o consumo de tabaco como “uma epidemia global que assola países e regiões inteiros”, causando a maior parte dos danos nos países mais vulneráveis.
“O consumo de tabaco continua a ser a principal causa global de morte evitável. Mata quase seis milhões de pessoas todos os anos devido ao cancro, doenças cardíacas, doenças respiratórias, doenças infantis e outras”, lê-se no documento, em que se assinalam também prejuízos de biliões de dólares em todo o mundo, todos os anos, relacionados com as causas do consumo.

No relatório, lançado em antecipação do Dia Mundial Sem Tabaco, 31 de maio, a OMS e a Stopping Tobacco Organizations and Products (STOP), entidade fiscalizadora global da indústria do tabaco, destacam a forma como a indústria do tabaco e da nicotina concebe produtos, lança campanhas de “marketing” e trabalha para moldar ambientes políticos propícios ao consumo. Os Estados-membros da OMS criaram o Dia Mundial Sem Tabaco em 1987 para alertar para “a epidemia do tabaco” e para as mortes e doenças que provoca.
“Ao longo do século XXI, o consumo de tabaco poderá matar até mil milhões de pessoas, a menos que sejam tomadas medidas urgentes.”
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Equipa liderada por portugueses faz descoberta que pode melhorar ensaios clínicos em Alzheimer
Notícias Saúde
Uma equipa de investigação internacional, liderada pela Universidade de Lisboa (UL) e pela Universidade de Coimbra (UC), conduziu um estudo para melhor compreender os perfis bioquímicos de doentes diagnosticados com défice cognitivo ligeiro com marcadores de Alzheimer (DCL-DA). Neste âmbito, os cientistas conseguiram identificar dois subgrupos distintos da doença, descoberta que acreditam ter a possibilidade de contribuir para melhorar os ensaios clínicos, fundamentais para o conhecimento e tratamento desta patologia ainda sem cura.
Com o aumento da esperança média de vida, o número de pessoas afetadas pela doença de Alzheimer tem vindo a aumentar em todo o mundo, sendo esta patologia a causa mais comum de demência. Tratando-se de uma doença sem causa conhecida (sabe-se apenas que existem vários fatores de risco), as comunidades médicas e científicas têm-se dedicado à descoberta de respostas sobre a sua origem e à identificação de novos e melhores tratamentos, nomeadamente através de ensaios clínicos que ajudam a perceber a manifestação da doença, a sua progressão e impactos.

No entanto, “não têm existido soluções abrangentes provenientes dos ensaios clínicos na última década, o que poderá ter como possível origem o facto de estarmos perante uma população de doentes considerados homogéneos, quando bioquimicamente são heterogéneos, como provado neste nosso estudo”, explica Bruno Manadas, investigador do Centro de Neurociências e Biologia Celular da UC e do Centro de Inovação em Biomedicina e Biotecnologia e um dos autores do estudo.
A investigação permitiu, igualmente, “demonstrar que há mais proteínas – além da beta-amilóide e da tau – que permitem fazer a distinção entre pacientes com DCL-DA e doentes com défice cognitivo ligeiro (DCL) sem marcadores da doença de Alzheimer”, acrescenta o investigador.
“Esta diferenciação pode levar a ensaios clínicos com taxas de eficácia mais elevadas e, como tal, é importante que a comunidade clínica e farmacêutica esteja a par destes subgrupos que identificámos”
Vacinação dos adultos pode poupar 245 milhões de euros aos cofres do Estado
SIC Notícias
O estudo desenvolvido pela Escola Nacional de Saúde Pública, que tem como objetivo perceber o impacto económico e social inerentes às doenças preveníveis por vacinação no adulto, conclui que os custos na saúde podem diminuir de forma considerável se a vacinação aumentar em determinados casos.
Há doenças como o Herpes, o Vírus do Papiloma Humano (HPV) e outras provocadas por vírus respiratórios que podem ser prevenidas com vacinas.

O estudo defende um alargamento do Plano Nacional à população adulta e refere que há vacinas que, se já estivessem a ser administradas aos adultos, poderiam poupar mais de 245 milhões de euros no Orçamento do Estado.
O Plano Nacional de Vacinação inclui 12 vacinas - nove são dirigidas a crianças e apenas três são destinadas à população adulta.
Desmaterialização promove acesso da população reclusa à saúde
SPMS
O Salão Nobre do Estabelecimento Prisional (EP) de Monsanto acolheu, esta terça-feira, 21 de maio, a apresentação do projeto de desmaterialização e integração dos sistemas de informação da saúde nos serviços prisionais e de reinserção social.
Desenvolvido em estreita parceria pela Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP) e pela Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS), este projeto vem reforçar a equidade no acesso a cuidados de saúde.

O projeto, que permitirá a desmaterialização dos processos clínicos dos reclusos, através da integração dos sistemas de informação do Serviço Nacional de Saúde (SNS), já foi implementado no Estabelecimento Prisional (EP) de Monsanto. Deverá expandir-se, até ao final do ano, aos restantes 48 estabelecimentos prisionais, que passarão a contar com sistemas como o SClínico e o Vacinas, entre muitas outras aplicações desenvolvidas pela SPMS.
Com uma solução tecnológica centralizada, torna-se possível o acesso aos dados dos EP a partir de qualquer local. Os profissionais de saúde passam a ter acesso ao processo clínico fora do sistema prisional ou até de outro EP, o que é crucial no acompanhamento do estado de saúde dos reclusos, especialmente quando são transferidos para outro EP ou saem em liberdade.

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