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Notícias da Saúde em Portugal 365
Quarta-feira, 29 de maio de 2024
Aumento da temperatura: recomendações da DGS contra o calor
DGS
O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) prevê a ocorrência de temperaturas elevadas, que podem ser superiores a 35 graus em algumas zonas do país, a partir de 30 de maio de 2024.
Assim, a Direção-Geral da Saúde recomenda:
- beber água ou sumos de fruta natural, mesmo quando não tem sede, evitando o consumo de bebidas alcoólicas;
fazer refeições frias e leves, comendo mais vezes ao dia;
utilizar roupa larga, que cubra a maior parte do seu corpo, e chapéu de abas largas e óculos de sol;
manter-se em ambientes frescos, pelo menos 2 a 3 horas por dia;
evitar a exposição direta ao sol, principalmente entre as 11 e as 17 horas;
utilizar protetor solar com fator > 30 e renovar a sua aplicação de 2 em 2 horas;
se trabalhar no exterior faça-o acompanhado, porque em situações de calor extremo poderá ficar confuso ou perder a consciência;
ter especial atenção com os doentes crónicos, crianças, idosos e pessoas com mobilidade reduzida;
no período de maior calor, correr as persianas ou portadas, e ao entardecer deixar que o ar circule pela casa;
manter-se informado relativamente às condições climáticas para poder adotar os cuidados necessários.
Mantenha-se informado, hidratado e fresco.
Pode ainda obter mais informação através da página da DGS "Saúde de A a Z".
Governo põe fim a vouchers na Saúde. Linha SNS passa a contactar utentes.
ECO
O Governo vai revelar esta quarta-feira o plano de emergência para a Saúde, que o primeiro-ministro se comprometeu a apresentar nos primeiros 60 dias do seu Executivo para vigorar até 2025 como resposta ao estado que considerou “preocupante” do setor.
O Plano, segundo o Jornal Económico (acesso pago), prevê uma solução para os médicos ganharem mais com as horas extra e um programa para recuperação das listas de espera para doentes oncológicos. Por outro lado, deixa cair os vouchers para consultas e cirurgias de especialidade, que serão substituídos por uma gestão mais ativa das disponibilidades. Isto significa que os doentes passam a ser contactados pela Linha SNS 24 sempre que os tempos máximos de resposta sejam ultrapassados para dar opções de hospitais na sua área de residência onde possam ter consultas e ser operados.
“Tal como prometemos, elaboraremos um programa de emergência que será apresentado até ao dia 2 de junho”, afirmou Luís Montenegro na cerimónia de tomada de posse. De acordo com o Programa do Governo, este plano elaborado por um grupo de trabalho coordenado pelo médico Eurico Castro Alves incidirá na recuperação das listas de espera para consultas, cirurgias e exames, na resposta de cuidados materno-infantis e nos cuidados de saúde primários.
O Programa do XXIV Governo reconhece que o diagnóstico sobre o estado atual da Saúde em Portugal “está bem feito e documentado por fontes sérias e idóneas”, sendo “transversalmente considerado preocupante”.
Perante isso, o plano de emergência, de acordo com o Programa do Governo, pretende assegurar que os tempos máximos de resposta são garantidos para consultas de especialidade, cirurgias e meios complementares de diagnóstico e terapêutica.
Além disso, aposta em “garantir a resposta de urgência em saúde materno-infantil e visa atribuir um médico de família a todos os portugueses, começando pelas pessoas mais frágeis”.
Alimentação inadequada e excesso de peso entre os fatores que mais determinam a carga da doença dos portugueses
DGS
O excesso de peso (incluindo a obesidade) e os hábitos alimentares inadequados estão entre os principais determinantes da perda de anos de vida saudável dos portugueses contribuindo, respetivamente, para 8,3% e 7,5% do total de mortes em Portugal em 2021.
O elevado consumo de carne vermelha, carnes processadas e sal, bem como o consumo insuficiente de cereais integrais, fruta e hortícolas foram os comportamentos alimentares inadequados que mais contribuíram para que os portugueses vivessem menos anos com saúde, no ano de 2021.
Estes são os principais resultados dos dados mais recentes (2021) divulgados pelo Global Burden Disease Study (GBD), um estudo internacional que recolhe de forma sistemática informação proveniente de 204 países cujo objetivo é fornecer informações sobre as doenças e os fatores de risco que mais contribuem para a mortalidade e para a perda de anos de vida saudável. O estudo é coordenado pelo Institute for Health Metrics and Evaluation da Universidade de Washington e conta com a colaboração da Direção-Geral da Saúde (DGS).
Foram encontradas diferenças entre homens e mulheres, sendo o contributo do excesso de peso para a carga da doença em Portugal superior nas mulheres (IMC elevado contribuiu para 8,3% do total de DALYs nas mulheres vs 6,5% nos homens). |
O estudo permite, também, analisar os últimos 20 anos (até 2021) e perceber que a pré-obesidade e a obesidade foram os fatores de risco que mais aumentaram a sua contribuição para da carga da doença em Portugal, contrariamente à tendência de diminuição observada para quase todos os outros fatores de risco. Nestes últimos 20 anos verificou-se um aumento de 28% no contributo do excesso de peso para a perda de anos de vida saudável e de 14% para o total de mortes associadas ao IMC elevado.
No mesmo período em análise, o elevado consumo de bebidas açucaradas (+37%), o elevado consumo de carne vermelha (+23%) e de carnes processadas (+22%), bem como o baixo consumo de hortícolas (+22%), foram os fatores de risco alimentar para os quais se verificou um maior aumento do seu contributo para a perda de anos de vida saudável.
Adoção do ato de execução relativo às avaliações clínicas conjuntas
INFARMED
A Comissão Europeia adotou o ato de execução (UE) 2024/1381, previsto no Regulamento de Avaliação de Tecnologias de Saúde (UE) 2021/2282, relativo às avaliações clínicas conjuntas de medicamentos. As novas regras definem os prazos e etapas para a realização de avaliações clínicas conjuntas na UE.
Os relatórios de avaliação incluirão a análise de evidência científica comparativa, num breve período após a autorização de introdução no mercado, o que substanciará o processo de decisão pelas autoridades responsáveis de cada Estado Membro sobre o financiamento de novas tecnologias de saúde, contribuindo para um acesso mais rápido a todos os cidadãos da UE.
Este é o primeiro de seis atos de execução, cuja adoção está prevista em 2024. Está disponível para consulta online no Jornal Oficial da União Europeia.
O Heads of Health Technology Assessment Agencies Group (HAG) congratula-se pela aprovação deste primeiro ato de execução do Regulamento de Avaliação de Tecnologias de Saúde e permanece atento aos novos desenvolvimentos sobre os restantes atos de execução a ser adotados previamente à sua implementação em janeiro de 2025. Neste sentido, o HAG publicou um comunicado, que poderá ser consultado na sua página.
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