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Notícias da Saúde em Portugal 366
Sexta-feira, 31 de maio de 2024
Antigos egípcios poderão ter tentado tratar o cancro há 4000 anos
Euronews
Dois crânios datados do Antigo Egipto e conservados na Universidade de Cambridge poderão conter os primeiros sinais conhecidos de tratamento do cancro.
De acordo com um novo estudo publicado na revista científica Frontiers in Medicine, cortes finos num dos restos mortais, datados de há cerca de 4.000 anos, podem ser sinais de uma cirurgia para remover o cancro ou uma "exploração médica post-mortem".
O crânio terá pertencido a um homem de 30 a 35 anos que viveu entre 2 686 e 2 345 a.C., mais ou menos na mesma altura em que foi construída a Grande Pirâmide de Gizé. Os segundos restos mortais estão datados entre 664 e 343 a.C. e pertencem a uma mulher com mais de 50 anos que sobreviveu a uma fratura do crânio e sofreu um tumor. Os cientistas incluíram o crânio no seu estudo porque testemunhava o nível de cuidados que os egípcios eram capazes de oferecer aos feridos ou doentes.
O confronto de dois tratamentos potenciais representados por dois tipos diferentes de lesões representa (...) um marco na história da medicina", escreveram os autores Tatiana Tondini, Albert Isidro e Edgard Camarós.
O Antigo Egipto tem uma das "bases de conhecimento médico mais avançadas" da Antiguidade, com restos humanos bem preservados e papiros que oferecem um vislumbre das práticas de saúde da época.
Ainda assim, a sua investigação exige cautela, uma vez que sublinham que o seu trabalho se baseia em "restos esqueléticos incompletos", inclui apenas dois indivíduos e não utiliza análise molecular.
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31 de maio Dia Mundial Sem Tabaco
SIC Notícias
Fuma cigarros eletrónicos? Este alerta é para si
A Sociedade Portuguesa de Pneumologia (SPP) alertou esta quinta-feira que já foram registados em Portugal vários casos de doença respiratória aguda grave causada pelo uso de cigarros eletrónicos, que obriga a internamento e pode levar à morte.
"Já estamos a assistir a casos clínicos muito graves" de Lesão Pulmonar Associada ao Uso de Cigarro Eletrónico, conhecida como EVALI, disse a coordenadora da Comissão de Tabagismo da SPP, Sofia Ravara, que falava à agência Lusa a propósito do Dia Mundial Sem Tabaco, que se assinala na sexta-feira.
Segundo a especialista, é uma doença caracterizada por dificuldade respiratória aguda com necessidade de hospitalização, inclusivamente nos cuidados intensivos com ventilação mecânica. Em 2019, o Centro de Controle e Prevenção de Doença dos Estados Unidos reportou uma epidemia de EVALI, informando que até fevereiro de 2020 tinham sido hospitalizadas 2.807 pessoas (80% jovens), das quais 68 morreram e algumas tiveram necessidade de transplante pulmonar.
"Os pneumologistas europeus têm um grupo de trabalho em que têm reportado diversos casos de doença respiratória aguda muito grave em pessoas muito jovens [utilizadores de cigarros eletrónicos] que não têm outros fatores de riscos para doença respiratória e não eram fumadores
Pneumologistas portugueses também identificaram vários casos, tendo inclusivamente sido relatado no ano passado, no Congresso da Sociedade Portuguesa de Pneumologia, um caso "muito grave" de um jovem que foi internado no hospital de Castelo Branco.
Diversos estudos indicam que os cigarros eletrónicos podem causar sintomas e doença respiratória em adolescentes e jovens como asma, bronquite, pneumonia, inflamação e irritação do trato respiratório com sintomas recorrentes de tosse, aperto torácico e falta de ar, dificuldade respiratória aguda, bem como elevar a pressão arterial e a frequência cardíaca.
Mais jovens e mulheres estão a morrer por overdose. Cocaína é a principal responsável
Sapo
Relatório aponta que uma em cada três overdoses ocorreu com menores de 35 anos em 2022. Mais de 60% das mortes provocadas por consumo de droga registadas nesse ano foram devido a cocaína e crack.
Já tinha sido noticiado que o consumo de droga está a aumentar entre os jovens em zonas como Lisboa, mas o número de overdoses também. De acordo com um relatório do Instituto para os Comportamentos Aditivos e Dependências (ICAD) referente a 2022, o número de mortes causadas pelo consumo excessivo de droga tem vindo a subir entre os menores de 35 anos e mulheres.
Os dados deste relatório, citados pelo Jornal de Notícias, apontam para 69 mortes por overdose em 2022, sendo que uma em cada três foi observada em pessoas com menos de 35 anos, perfazendo 32% das mortes. A média de idades dos óbitos, de resto, baixou de 46 para 43 anos devido a este mesmo fator. Em comparação, a percentagem de overdoses jovens em 2021 era de apenas 16%. Além disso, o Jornal de Notícias noticia também que o número de overdoses entre as mulheres triplicou num ano, de quatro casos em 2021 para 16 em 2022.
O ICAD aponta metadona, opiáceos e, principalmente, cocaína como os principais responsáveis pelas overdoses registadas em 2022. Segundo o coordenador nacional para os comportamentos aditivos e dependências, João Goulão, “as estimativas indicam um acréscimo de consumidores de cocaína, onde se inclui ‘crack’”, uma forma de cocaína cozinhada.
Segundo o relatório, cocaína foi encontrada em 46 overdoses, significando 67% destas mortes, “o valor mais alto desde 2009”.
Misericórdia do Porto e Hospital das Forças Armadas em Lisboa vão ajudar a criar centros clínicos para retirar doentes das urgências
Observador
A ministra da Saúde planeia apresentar em breve os primeiros centros de atendimento clínico, que servirão para ajudar a retirar os doentes não urgentes das urgências hospitalares. Estes centros vão resultar de protocolo com a Misericórdia do Porto e do Hospital das Forças Armadas, em Lisboa.
Em entrevista ao Público, Ana Paula Martins explicou que os centros de atendimento clínico serão feitos em Lisboa e no Porto porque “além de serem as zonas mais pressionadas nesta fase, também temos de voltar a testar o modelo, que tem algumas inovações mas não é completamente novo porque no passado já tivemos os SAP [Serviços de Atendimento Permanente]”.
Ana Paula Martins, Ministra da Saúde
No Porto, há “um hospital que vai ter praticamente toda a urgência dedicada a ser este centro clínico”. A parceria para a operacionalização dos centros será feita com a Misericórdia do Porto e, em Lisboa, será aprofundado o protocolo com o Hospital das Forças Armadas. “Estamos convencidos que, muito brevemente, poderemos fazer esse anúncio”, considera Ana Paula Martins.
Como o Observador escreveu, na área da urgência, o Plano de Emergência apresentado esta quarta-feira contempla medidas destinadas a reforçar o papel dos serviços de urgência “enquanto local para a observação e estabilização das situações clínicas realmente urgentes e emergentes”. Os doentes não urgentes que recorram às urgências hospitalares vão ser atendidos num espaço diferente, os chamados Centros de Atendimento Clínico, que o documento especifica serem “entidades públicas, sociais e privadas que possam disponibilizar logísticas adequadas para o atendimento de situações agudas de menor complexidade clínica e urgência”.
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