Notícias da Saúde em Portugal 370

Quinta-feira, 06 de junho de 2024

Ainda não chegou a Portugal mas há um "aumento invulgar" de parvovírus na Europa

CNN

O Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças (ECDC) alertou esta quarta-feira para um "aumento invulgar" do número de casos de parvovírus B19V em vários países da Europa, da Dinamarca à Espanha.

De acordo com um relatório divulgado pelo ECDC, foram as autoridades dinamarquesas que lançaram um alerta logo em março deste ano, quando detetaram um "aumento acentuado" de casos de B19V em grávidas. Desde então, outros 14 países europeus (Chéquia, Finlândia, Alemanha, Hungria, Irlanda, Itália, Lituânia, Luxemburgo, os Países Baixos, Noruega, Eslováquia e Espanha) também começaram a reportar um aumento do número de casos deste vírus, que afeta sobretudo o as crianças e os grupos mais vulneráveis, como grávidas e doentes imunodeprimidos ou com doenças crónicas.

Para a generalidade da população, o risco é "muito baixo", avalia o ECDC, destacando que é nas faixas etárias mais jovens que os efeitos mais se fazem sentir. "A maioria das doenças por infeção do B19V surgem na infância e são ligeiras, geralmente na forma de eritema infecioso", que se transmite por via aérea e que afeta sobretudo crianças entre os 5 e os 7 anos, estando associado a sintomas como febre baixa e um mal-estar ligeiro. Geralmente nestes casos surge também "uma erupção cutânea endurecida sobre a face e simétrica, mais visível nos braços, pernas e tronco", refere-se no site do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

Neste contexto, o ECDC incentiva as autoridades de saúde a promoverem a sensibilização junto dos profissionais de saúde e do público em geral para os possíveis riscos e sintomas associados à infeção pelo B19V, especialmente para os grupos vulneráveis.

O papel da Inteligência Artificial na localização de pessoas com demência

Observador

A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que em todo o mundo existam 47.5 milhões de pessoas com demência, número que pode atingir os 75.6 milhões em 2030 e quase triplicar em 2050 para os 135.5 milhões. Em Portugal, a estimativa do número de casos com demência sobe para mais de 205 mil pessoas, número que poderá chegar aos 322 mil casos até 2037.

Sabemos cada vez mais de casos públicos e nas nossas redes pessoais de casos dramáticos de doentes com demência. Desde casos de fugas em hospitais; acidentes domésticos, por fugas de gás, por desaparecimentos perto de residências, ou incêndios; ou ainda temas de acidentes rodoviários por mau uso dos sentidos das estradas. Um dos mais preocupantes destes casos, por implicar um serviço primário para a sociedade, são os incidentes em ambiente hospitalar. Nestes casos, além da solução de ter sempre um acompanhante, a tecnologia pode ser uma importante aliada.

A tecnologia pode, claramente, ter um papel relevante nestas situações, atualmente, já existem soluções inovadoras com capacidade para localizar pessoas desaparecidas em tempo recorde, utilizando drones e Inteligência Artificial (IA).

O objetivo destas soluções é claro: agir rapidamente, especialmente nas primeiras 48 horas após o desaparecimento de uma pessoa, um período crucial para o sucesso das operações de busca, especialmente quando se trata de pessoas com défices cognitivos ou doenças neuro degenerativas. A utilização de drones equipados com tecnologia de ponta pode cobrir áreas extensas de forma rápida e eficaz, enquanto os algoritmos de Inteligência Artificial podem analisar dados em massa para identificar padrões e locais de interesse.

A recolha e o processamento de dados para localizar pessoas desaparecidas podem ser fundamentais para o sucesso das operações de busca. No entanto, é crucial garantir que essas informações sejam utilizadas de forma ética e responsável.

Qualidade do ar na envolvente das unidades de saúde no País é um desafio urgente para a saúde pública

Notícias Saúde

Considerada pela Agência Europeia do Ambiente o maior risco ambiental para a saúde humana, a poluição atmosférica foi responsável em 2021, segundo a mesma fonte, pela morte prematura de mais de 500.000 na União Europeia. Um inimigo invisível capaz de causar um impacto enorme, motivo pelo qual a Boehringer Ingelheim Portugal, com o apoio da ZERO – Associação Sistema Terrestre Sustentável, realizou um estudo de avaliação da qualidade do ar ambiente na envolvente de unidades de saúde em  Lisboa, Porto e Coimbra  que concluiu que, embora a qualidade do ar nestes locais possa estar em aparente conformidade com a legislação nacional e europeia, existe uma clara disparidade face às recomendações estabelecidas pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

O que diz o estudo sobre a qualidade do ar

Entre outubro de 2023 e abril de 2024, o estudo agora divulgado monitorizou a qualidade do ar ambiente para aferir os níveis de concentração de poluentes atmosféricos e verificar a sua conformidade com a legislação nacional e europeia, assim como com os níveis recomendados pela OMS, para os quais a legislação portuguesa e europeia evoluirá gradualmente a partir de 2030.

Foram medidos níveis de partículas inaláveis e finas, nomeadamente ao nível do tamanho: quanto menor for a sua dimensão, maior a probabilidade de penetrarem no aparelho respiratório e maiores os efeitos negativos que podem causar. Aqui, mediram-se algumas das mais nocivas para a saúde humana, ou seja, as PM10 e PM2.5, assim como os níveis de dióxido de azoto (NO2) em cinco unidades de saúde, e, de um modo geral, verificou-se ultrapassagens dos valores diários recomendados pela OMS.

Dados que confirmam a urgência de medidas para melhorar a qualidade do ar. É importante promover uma ventilação adequada, criar orientações e procedimentos específicos para pessoas com condições respiratórias crónicas, promover a acalmia de tráfego nas áreas envolventes às unidades de saúde e definir programas de transporte solidário, medidas que, sozinhas ou em conjunto, podem contribuir significativamente para a redução da poluição do ar à volta das unidades de saúde, protegendo a saúde dos utentes.

Ministra da Saúde junta-se a jovens para debater a Resistência Antimicrobiana

SNS

Objetivo do encontro foi capacitar, conectar e mobilizar jovens líderes e futuros decisores da indústria farmacêutica.

O tema da Resistência Antimicrobiana (AMR) foi um dos assuntos que juntou jovens profissionais de saúde e a ministra da Saúde, Ana Paula Martins, num evento conexo à 77.ª Assembleia Mundial de Saúde, que decorreu em Genebra entre 27 de maio e 1 de junho de 2024.

Organizado pela IFPMA- International Federation of Pharmaceutical Manufacturers and Associations e pela IPSF- International Pharmaceutical Students Federation, este evento paralelo teve lugar no dia 31 de maio e foi palco de debate sobre os desafios da saúde global, particularmente a AMR.

O objetivo do encontro foi capacitar, conectar e mobilizar jovens líderes e futuros decisores da indústria farmacêutica e incutir-lhes sentido de responsabilidade e, também, de consciencialização de que serão a geração que terá de lidar com o crescente desafio da saúde global.

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