Notícias da Saúde em Portugal 381

Segunda-feira, 24 de junho de 2024

Sarampo: DGS divulga orientações para unidades de saúde

SIC Notícias

A Direção-Geral da Saúde (DGS) emitiu orientações para as instituições prestadoras de cuidados de saúde para promover um "inquérito de risco infeccioso" na admissão do doente para identificar precocemente casos suspeitos de sarampo.

Na orientação "Sarampo: Controlo de Infeção em unidades de saúde - Programa Nacional de Eliminação do Sarampo", divulgada na sexta-feira, a DGS adianta que, mediante um caso suspeito ou confirmado, as instituições devem "implementar e cumprir rigorosamente as normas de isolamento adequadas à forma de transmissão preferencial do vírus do sarampo". Segundo a orientação, as unidades de saúde devem garantir a existência de uma zona de isolamento para os casos suspeitos ou confirmados da doença.

Todos os profissionais da área da saúde (incluindo condutores de ambulância e assistentes técnicos) com possível contacto com estes doentes devem ter "prova documentada de vacinação contra o sarampo (duas doses de vacina) ou história credível da doença", adianta.

A DGS recomenda que os profissionais, incluindo os prestadores de serviços, não vacinados, grávidas, ou portadores de algum grau de imunossupressão documentada pelo Serviço de Saúde Ocupacional, não devem estar envolvidos, no atendimento e gestão destes casos.

"Os profissionais não vacinados, grávidas ou portadores de algum grau de imunossupressão que tenham tido exposição não protegida a casos suspeitos ou confirmados de sarampo devem dirigir-se, o mais rapidamente possível, ao Serviço de Saúde Ocupacional, a fim de serem avaliados."

DGS

A entrada de acompanhantes deve ser controlada, restringindo-os ao mínimo, devendo estes higienizar as mãos, usar máscara, não utilizar objetos pessoais do doente.

Segundo a DGS, foram confirmados 30 casos de sarampo em Portugal, entre 01 de janeiro e 16 de junho, de um total de 211 casos suspeitos notificados.

Ondas de choque podem regenerar o tecido cardíaco após cirurgia

SIC Notícias

Suaves ondas de choque podem regenerar o tecido cardíaco dos pacientes após uma cirurgia bypass, revela uma nova investigação conduzida na Áustria. O aparelho, que os cientistas chamam "secador espacial", está ainda em ensaios clínicos a aguardar aprovação dos reguladores europeus.

Um estudo realizado com 63 pessoas concluiu que aquelas que receberam o novo tratamento conseguiram caminhar mais tempo sem se cansarem e os seus corações conseguiam bombear mais sangue.

“Pela primeira vez, vemos o músculo cardíaco a regenerar, o que poderá ajudar milhões de pessoas”, disse o professor Johannes Holfeld, da Universidade Médica de Innsbruck, citado pela BBC.

Fatores de risco de enfartes

Todos os anos, morrem 18 milhões de pessoas em todo o mundo de doenças cardíacas ou outras complicações cardiovasculares, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Os fatores de risco incluem pressão alta e dieta pouco saudável, bem como o consumo de tabaco e álcool.

Investigadores na Áustria têm tentado regenerar o próprio tecido danificado aplicando ondas sonoras suaves logo após o bypass. O procedimento, que leva cerca de 10 minutos, tem como objetivo estimular o crescimento de novos vasos ao redor da área danificada ou com cicatrizes após um ataque cardíaco.

63 pessoas sujeitas a bypass, metade a ondas de choque

Metade dos pacientes sujeitos a bypass que participaram no estudo foram depois tratados com ondas sonoras sob anestesia geral, enquanto a outra metade recebeu um tratamento simulado - o grupo de controlo.

Um ano após a cirurgia, a quantidade de sangue oxigenado bombeado pelo coração aumentou em: 11,3% no grupo sujeito a ondas de choque e 6,3% no grupo de controlo.

“Isso significa que podem voltar a passear o cão ou ir ao supermercado no dia a dia. Também calculamos que terão uma expectativa de vida mais longa e menos hospitalizações.”

Johannes Holfeld

Estimulação elétrica do cérebro pode aliviar o desgosto de amor

SIC Notícias

A dor emocional de uma separação romântica pode ser difícil de superar. Para ajudar a uma recuperação mais rápida, uma equipa de cientistas experimentou um dispositivo que estimula o cérebro com uma leve corrente elétrica e concluiu que alivia a tristeza e a negatividade.

Sofrimento emocional, depressão, ansiedade, insónias, alterações de humor, pensamentos obsessivos são alguns dos sentimentos que podem acompanhar o fim de um relacionamento amoroso. Para aliviar estes sintomas, investigadores da Universidade de Zanjan, no Irão, e da Universidade de Bielefeld, na Alemanha, conceberam um aparelho semelhante a auscultadores que se coloca nos ouvidos e que estimula o cérebro com uma leve corrente elétrica.

A experiência foi realizada com um grupo de 36 voluntários, divididos em três grupos, cada um usando auscultadores de estimulação elétrica transcraniana (tES) durante 20 minutos, duas vezes por dia durante cinco dias.

Num grupo, a corrente foi direcionada ao córtex pré-frontal dorsolateral (DLPFC). No outro, foi direcionado ao córtex pré-frontal ventrolateral (VLPFC). O terceiro grupo, o de controlo, tinha os auscultadores desligados.

O estudo, publicado no Journal of Psychiatric Research, concluiu que a estimulação DLPFC foi mais eficiente do que a estimulação VLPFC.

Um mês após a interrupção do tratamento, os voluntários ainda se sentiam melhor, o que leva os autores do estudo a afirmar que são "resultados promissores que requerem replicação em ensaios maiores”.

Covid-19: Mais de 123 mil doses inutilizadas na última campanha de vacinação

Saúde Online

Mais de 123 mil vacinas contra a Covid-19 foram desperdiçadas na última campanha de vacinação, representando uma taxa de inutilização de 5,8%, indica o relatório divulgado pela Direção-Geral da Saúde (DGS).

“Durante o período em análise, foram registadas 123.391 doses de vacinas contra a Covid-19 inutilizadas, 8.592 em contexto do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e 114.799 em contexto de farmácias comunitárias, verificando-se uma proporção de inutilização total para covid-19 de 5,83%”, refere o documento sobre a campanha de vacinação do outono e inverno de 2023-2024.

Quanto à vacina contra a gripe, 2.628 doses foram inutilizadas (0,11%), das quais 362 nas unidades do SNS e 2.266 nas farmácias comunitárias, adianta a DGS, que explica que as vacinas podem ser inutilizadas por diversas razões, como a quebra acidental na manipulação, problemas na rede de frio e prazo de validade expirado.

Durante a última campanha nunca se verificou rutura de stock das vacinas contra as duas doenças.

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