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Notícias da Saúde em Portugal 391
Segunda-feira, 08 de julho de 2024


Estudo demonstra que sal em excesso pode contribuir para a disfunção cerebral
Observador
Um estudo da faculdade de Medicina do Porto (FMUP) revela que quem consome mais sal tem uma comunicação entre neurónios e vasos sanguíneos mais "lenta" e tem maior risco de ter acidente vascular cerebral (AVC).
“Encontrámos uma associação entre a elevada ingestão de sal na dieta e a disfunção microvascular cerebral, nomeadamente no mecanismo fisiológico do acoplamento neurovascular, isto é, de articulação entre os neurónios e os vasos sanguíneos, que está prejudicado”, lê-se no resumo do estudo enviado à agência Lusa.
Este estudo, liderado pela investigadora e neurologista Ana Monteiro, demonstra, agora, que o sal em excesso tem um efeito direto no cérebro, provocando danos significativos nos vasos sanguíneos.

As pessoas que comem mais sal têm disfunção dos pequenos vasos cerebrais, independentemente do seu controlo da tensão arterial, o que poderá relacionar-se com problemas cognitivos e aumentar a probabilidade de demência.
A equipa de investigadores avaliou pessoas com hipertensão arterial bem controlada (com valores dentro do normal sob medicação), mas que ainda não tinham sintomas. Além de terem hipertensão arterial, muitos dos doentes estudados tinham também diabetes. Os participantes neste estudo consumiam 12 gramas de sal diariamente, o que é mais do dobro do valor máximo recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que são cinco gramas por dia.
Fertilidade no SNS: espera supera os três anos e aos 40 mulheres são excluídas
SIC Notícias
A lista de espera para tratamentos de fertilidade nos Serviço Nacional de Saúde (SNS) é de três anos e meio. A falta de doações de espermatozoides e de óvulos está a atrasar os tratamentos de fertilidade. Muitos casais acabam por recorrer ao setor privado, uma opção que não é acessível a todas as carteiras.
Aos 32 anos, Joana Silva pensou pela primeira vez na questão da maternidade quando lhe foi diagnosticado cancro da mama. Joana e Rui começaram por acreditar que a gravidez seria natural, mas passados seis meses a ginecologista decidiu transferir o caso para a procriação medicamente assistida. Entre a longa espera e os tratamentos que não resultaram passaram três anos. Joana Silva atingiu, no ano passado, o limite de idade aceitável no SNS, 40 anos.

Excluídos do Serviço Nacional de Saúde (SNS), Joana e Rui decidiram não desistir e seguir para o setor privado, uma opção que não está ao alcance de todos devido aos elevados custos.
“Inicialmente custa cinco mil euros sem contar com medicação, análises e tudo o que envolve o processo. Cinco mil euros para começar, porque se não correr bem este número aumenta. Cada vez que há um processo são 1.200 euros.”
Teleconsultas feitas sem proteger privacidade dos doentes. Unidades não cumprem tempos de espera
Jornal de Notícias
Os dados constam de um estudo da Entidade Reguladora da Saúde (ERS) sobre os direitos dos utentes durante teleconsultas hoje divulgado, com base num inquérito que obteve mais de 2.500 respostas de unidades de saúde públicas e dos setores social e privado, e que apurou que "nem todos os estabelecimentos (30,1%) procedem à monitorização do cumprimento dos TMRG".
Na prática, isso significa que "poderá estar comprometida a garantia do direito de acesso a cuidados de saúde em tempo útil/razoável", alerta o regulador.
As conclusões do estudo indicam também que alguns prestadores não garantem a privacidade ao utente durante a realização da teleconsulta, uma vez que 7,4% dos estabelecimentos admitiu que a teleconsulta era "efetuada com a presença de outras pessoas alheias à relação terapêutica".

Quanto ao direito de acesso à informação clínica, a ERS apurou que 34,5% dos estabelecimentos não procedia ao registo da informação resultante da teleconsulta.
Das respostas obtidas, a ERS avança que a principal vantagem do recurso a teleconsultas é o facto de possibilitar o seu acesso a utentes que residem mais longe, mas também a possibilidade de facilitarem o acesso a utentes com maiores restrições de deslocação, devido à idade ou limitações físicas.
Portugal melhora todos os indicadores de Saúde Digital
SPMS
Portugal é o segundo país europeu que mais aumentou a sua maturidade no acesso a dados digitais de saúde. A conclusão é do relatório “Década Digital 2024: Estudo de Indicadores de Saúde Digital”, que revelou os mais recentes resultados sobre o estado atual da União Europeia (UE) no cumprimento das metas de Saúde da Década Digital. Com uma pontuação de 86%, Portugal posiciona-se no 10.º lugar do indicador acesso a dados de saúde, acima da média da dos 27 países da UE, que é de 79%.
O estudo avalia o progresso em direção à principal meta da Década Digital: garantir que 100% dos cidadãos da UE tenham acesso ao seu registo de saúde eletrónico até 2030. A análise cobre quatro áreas fundamentais: serviços de acesso eletrónico para cidadãos, categorias de dados de saúde, tecnologia e cobertura, e oportunidades de acesso para grupos específicos.


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