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Cientistas criam novo fármaco para combater parasita mais agressivo da malária

Canal S+

Uma equipa de investigadores criou um novo medicamento contra o mais agressivo parasita da malária, o Plasmodium falciparum (P. falciparum), que em 2022 causou quase 619.000 mortes em todo o mundo, indicou ontem a Universidade da Califórnia - Riverside.

Designado MED6-189, o novo fármaco mostrou ser eficaz contra estirpes sensíveis e resistentes de P. falciparum “in vitro”, bem como em ratos modificados para terem sangue humano.

O composto MED6-189 funciona “danificando o apicoplasto, uma organela (estrutura envolvida por membrana) encontrada nas células de P. falciparum e interrompendo as vias de tráfego vesicular (entre organelas)”, sendo que esta ação dupla “impede que o patógeno desenvolva resistência”, tornando-o “um medicamento antimalárico altamente eficaz e promissor para liderar a luta contra a malária”.

"A interrupção do apicoplasto e do tráfego vesicular bloqueia o desenvolvimento do parasita e, assim, elimina a infeção de malária por P. falciparum em glóbulos vermelhos e no nosso modelo de rato."

Karine Le Roch, Professora de Biologia Molecular, Celular e de Sistemas

MedSUPPORT | Testemunho da semana

"Conheço o projeto desde o dia zero e fico muito feliz por ver o excelente trabalho que desempenham. Estão todos de parabéns!"

Dra. Glória Carneiro  | Clínica Médica Dentária Integrada Lúcio Faria, Lda. - Portimão

O que os pais precisam de saber sobre a nova vacina para o vírus sincicial respiratório?

Sapo

A bronquiolite aguda é uma doença que afeta as vias respiratórias inferiores, isto é, os pulmões dos bebés. Este é um artigo escrito pela médica Ana Rodrigues Silva, coordenadora de Pediatria no Hospital CUF Coimbra e no Hospital CUF Viseu.

Como identificar uma bronquiolite?

O desenvolvimento de uma bronquiolite ocorre quando, após uma infeção simples com congestão nasal e/ou tosse pouco intensa, os pais notam que há agravamento do quadro para tosse mais intensa e persistente, maior congestão nasal e produção de secreções. Podem ocorrer também sinais de dificuldade em respirar que podem prejudicar a capacidade do bebé se conseguir alimentar. Nestes casos é muito importante que o bebé seja avaliado por um médico. Nem sempre há febre.

Como será administrada a “vacina”?

O que está recomendado na norma da Direção Geral da Saúde (DGS) é que, para os bebés nascidos a partir de 1 de outubro, a Niservimab seja administrada ainda na maternidade onde o bebé nascer, nas primeiras 24 a 48 horas de vida. Para os bebés que nasceram entre agosto e outubro, será administrada no centro de saúde, também a partir de outubro, na primeira oportunidade.

Nesta notícia poderá ainda ler sobre:

  • O que os pais precisam de saber sobre a nova vacina para o vírus sincicial respiratório?

  • Como é feita a imunização?

  • Qual a importância da prevenção?

Jovens portugueses atrasam parentalidade por falta de informação sobre fertilidade

Notícias Saúde

Quando se trata de parentalidade, mais de 90% dos jovens portugueses não consideram o relógio biológico uma prioridade, mostram os dados de um inquérito realizado em 15 países europeus, Portugal incluído, que ouviu mais de 9.300 jovens da Geração Z e Millennials sobre o que pensam as gerações do futuro.

Ao todo, mais de metade dos jovens admitem saber pouco ou nada sobre os fatores que influenciam a fertilidade, uma situação ainda mais grave quando se trata da sua preservação: em Portugal, 78% dos jovens revelam desconhecer praticamente tudo sobre a reserva ovárica, uma estatística que supera a média europeia (72%).

Dee acordo com o especialista Luís Ferreira Vicente, presidente da Sociedade Portuguesa da Medicina da Reprodução, “tomando consciência que a idade é um fator crucial com impacto na fertilidade, as decisões serão de dar prioridade a uma gravidez ou adiar o projeto, assegurando a preservação do potencial reprodutivo através da criopreservação de gâmetas. Só é possível reverter a crise de natalidade que vivemos mundialmente com medidas tomadas no presente que tenham em vista o futuro”.

Mais de 415 milhões de receitas sem papel prescritas em nove anos

Saúde Online

Mais de 415 milhões de receitas sem papel foram prescritas desde 2015, um modelo que os Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS) consideram ser a “maior transformação digital do sistema de saúde português”.

O sistema inclui todo o ciclo de uma receita, desde a prescrição pelo médico, passando pela dispensa dos medicamentos na farmácia até à conferência das faturas no Centro de Controlo e Monitorização do Serviço Nacional de Saúde. Na prática, a mesma receita pode incluir fármacos comparticipados e não comparticipados, com a prescrição a ser enviada por email ou mensagem SMS para o utente.

“Os ganhos são relevantes, traduzindo-se numa redução significativa de custos, na simplificação de procedimentos e, através dos seus mecanismos antifraude, numa monitorização apurada e na rápida deteção de irregularidades.”

SPMS

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