- MedSUPPORT.News
- Posts
- Notícias da Saúde em Portugal 439
Notícias da Saúde em Portugal 439
As notícias diárias à distância de um clique - sempre às 12:00h


Proteínas na urina das grávidas podem prever doenças cardiovasculares
CNN
A presença de determinadas proteínas na urina das grávidas pode ajudar a identificar as que correm maior risco de desenvolver problemas cardíacos no pós-parto, indica um estudo hoje divulgado pela Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP).
O trabalho, que foi publicado no final de junho na Scientific Reports (grupo Nature), analisou as proteínas presentes na urina (proteoma) de 59 grávidas, das quais 32 eram saudáveis e 27 tinham pelo menos um fator de risco cardiovascular. Em comunicado, a FMUP descreve que foram realizadas medições durante o terceiro trimestre de gravidez e seis meses após o parto.
Tendo em conta que a gravidez obriga o corpo da mulher a adaptar-se ao crescimento e desenvolvimento do feto e que o coração é um dos órgãos que sofrem ajustes, como um aumento da massa do ventrículo esquerdo, o principal objetivo deste estudo era a identificação do perfil de proteínas na urina de mulheres sem fatores de risco e com fatores de risco, nomeadamente obesidade e/ou hipertensão e/ou diabetes tipo 2 ou gestacional.

Entre as 342 proteínas presentes na urina consideradas, a investigação identificou 17 proteínas relacionadas com alterações cardíacas persistentes após o parto, nomeadamente com o aumento da massa do ventrículo esquerdo. Os autores concluíram que as proteínas identificadas na urina podem indicar como o coração se readapta após a gravidez.
Distinguido com o Prémio Saúde Cardiovascular da Mulher pela Sociedade Portuguesa de Cardiologia conjuntamente com a Organon no Congresso Português de Cardiologia 2024, este estudo é parte integrante do projeto PERIMYR, uma iniciativa que visa aprofundar o conhecimento sobre os riscos cardiovasculares durante a gravidez e no período pós-parto.
Adiado prazo para vacina contra vírus respiratório em crianças ser gratuita
SIC Notícias
A Direção-Geral da Saúde (DGS) informa que, afinal, vai ser só a partir do próximo dia 15 de outubro que vai passar a ser gratuita a imunização contra a infeção pelo Vírus Sincicial Respiratório (VSR) em idade pediátrica.
"Inicialmente previsto para 1 de outubro de 2024, o arranque da campanha foi reagendado por razões de logística relacionadas com a disponibilidade e entrega das doses do anticorpo."

Anunciada pelo Ministério da Saúde em meados de agosto, esta campanha prevê a proteção de 62 mil crianças contra a infeção pelo VSR e estará disponível em maternidades dos setores público, privado e social para as crianças nascidas entre 1 de outubro de 2024 e 31 de março de 2025.
Será também disponibilizada nas instituições do Serviço Nacional de Saúde (SNS) para as crianças nascidas entre 1 de agosto de 2024 e 30 de setembro de 2024, assim como para crianças com fatores de risco definidos.
Mistério com 50 anos revelado. Cientistas identificam novo grupo sanguíneo
Executive Digest
Uma equipa de cientistas do Reino Unido e de Israel revelou, após 50 anos de investigação, a descoberta de um novo grupo sanguíneo humano, desvendando finalmente um mistério que teve início em 1972. Foi neste ano que uma mulher grávida foi submetida a uma análise de sangue, e os médicos notaram a ausência de uma molécula de superfície presente em todas as outras células sanguíneas conhecidas até então.
O sistema ABO e o fator rhesus (o “positivo” ou “negativo”) são os grupos sanguíneos mais conhecidos, mas existem muitos outros sistemas baseados numa variedade de proteínas e açúcares que revestem as células sanguíneas. Estes antígenos servem, entre outras funções, como marcadores que ajudam o corpo a distinguir as suas próprias células das células estranhas, potencialmente perigosas.
Embora a maioria dos principais grupos sanguíneos tenha sido identificada no início do século XX, alguns, como o sistema Er, descrito apenas em 2022, afetam um número muito pequeno de pessoas. O mesmo acontece com o novo sistema sanguíneo agora descoberto, denominado grupo sanguíneo MAL.

A investigação revelou que mais de 99,9% das pessoas possuem um antígeno chamado AnWj, que estava ausente no sangue da paciente analisada em 1972. Este antígeno é encontrado numa proteína que atua no revestimento das células nervosas e linfáticas, o que levou os investigadores a batizar o novo grupo sanguíneo de MAL, em referência à proteína “myelin and lymphocyte” (mielina e linfócitos).
Estes tipos raros de grupos sanguíneos podem ter impactos devastadores em pacientes, especialmente em situações de transfusões ou complicações médicas. “Quanto mais compreendermos estas particularidades sanguíneas raras, mais vidas poderemos salvar”, destacou a equipa de investigadores.
“Não deixe que se desenrole” apela ao rastreio do cancro do intestino
Notícias Saúde
O cancro colorretal é um dos tumores malignos com maior incidência e mortalidade em Portugal: todos os anos surgem mais de 10.000 mil novos casos e todos os dias morrem, em média, 11 pessoas com esta doença. As fases iniciais do cancro do intestino não causam dor e a progressão da doença é silenciosa, mas quando detetado nas fases iniciais, tem uma probabilidade de cura que pode chegar os 90%. É facilitar esta deteção que pretende a campanha “Não deixe que se desenrole”, que disponibiliza rastreios de pesquisa de sangue oculto nas fezes em 61 farmácias por todo o País até outubro, um rastreio é gratuito e destinado a pessoas a partir dos 50 anos de idade, no âmbito do Dia Nacional do Cancro Digestivo, que se assinala a 30 setembro.
“Através do diagnóstico precoce e da adoção de uma atitude ativa por parte da população no seu processo de saúde, potenciando o aumento dos seus conhecimentos nesta área e mudando os seus hábitos comportamentais é possível mudar esta realidade.”

“Esta campanha de sensibilização consiste em dar a conhecer, à população em geral, esta patologia, os seus sintomas e a importância de estar atento aos mesmos. Para além disto, dar também a conhecer a importância de realizar o rastreio, que é feito através da pesquisa de sangue oculto nas fezes”, acrescenta.

Obrigado por ler a medsupport.news.
A equipa da MedSUPPORT.
p.s. Se gostou desta newsletter, partilhe-a com os seus amigos e colegas! Todos podem subscrever aqui a medsupport.news.
Reply