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Acesso, segurança do doente e tempos de espera motivam metade das queixas à ERS

Observador

No primeiro semestre, dos 51.532 processos analisados, 64,5% (33.237) eram relativos a unidades de saúde do setor público.

O acesso a cuidados de saúde, a segurança do doente e os tempos de espera motivaram metade das 41.588 reclamações recebidas pela Entidade Reguladora da Saúde (ERS) no primeiro semestre do ano, revela um relatório divulgado esta terça-feira.

Destes, 41.588 foram classificados como reclamações, mais 654 relativamente ao mesmo período de 2023, 9.285 como elogios (mais 1.406) e 429 como sugestões (mais 106). Os restantes 230 diziam respeito a processos classificados com mais do que uma destas opções em simultâneo.

Reclamações, elogios e sugestões 1.º semestre de 2024 por tipologia de prestador

Segundo o relatório, dos 51.532 processos analisados, 64,5% (33.237) eram relativos a unidades de saúde do setor público, em que se inclui o Hospital de Cascais, gerido em regime de Parceria Público-Privada, seguindo-se o setor privado com 34,5% (17.760) dos processos e o setor social ou cooperativo com 1% (535), à semelhança do mesmo período de 2023.

Os hospitais com internamento apresentaram um maior volume de processos comparativamente aos que não têm, independentemente da natureza jurídica do prestador.

Os temas mais visados nas reclamações relacionam-se com constrangimentos na prestação de cuidados de saúde (qualidade e segurança), (19,3%) com os procedimentos administrativos adotados pelos prestadores (17,9%), a restrição de acesso a cuidados de saúde (16,6%) e tempos de espera (14,6%).

Relativamente às 9.613 reclamações sobre factos ocorridos este ano e decididos pela ERS, em 77,5% dos casos (7.641 processos) foram terminados sem necessidade de outra intervenção da ERS, mais diferenciada, em 15,8% dos casos (1.556) foram terminados com resolução da situação e/ou garantia de medidas corretivas por parte dos prestadores. Em 520 casos (5,3%) foram abertos novos processos administrativos ou sancionatórios ou a apensação a outros processos desta natureza já em curso na ERS, bem como proposta de mediação de conflitos. De acordo com o documento, em 1,5% dos casos (143 processos) foi efetuado o encaminhamento dos processos de reclamação para outras entidades com competência específica na análise dos factos reclamados.

“Annoyed Meerkat”

Os memes com suricatas tornaram-se populares devido à personalidade cativante desses animais e sua exposição nos media. Tudo começou com o sucesso da série documental Meerkat Manor, que humanizou os suricatas, mostrando-os em situações familiares e emocionais. Isso foi seguido por uma campanha publicitária no Reino Unido, onde os suricatas foram usados de forma humorística, o que aumentou ainda mais sua popularidade.

Estes animais têm cerca de meio metro de comprimento (incluindo a cauda), em média 730 gramas de peso, e pelagem acastanhada. Os suricatas alimentam-se de pequenos artrópodes, principalmente escaravelhos e aranhas.

Têm garras afiadas nas patas, que lhes permitem escavar a superfície do chão e tem dentes afiados para penetrar nas carapaças quitinosas das suas presas. Outra característica distinta é a sua capacidade de se elevarem nas patas traseiras, utilizando a cauda como terceiro apoio.

Estudo sugere diferentes indicadores que podem contribuir para a precisão do diagnóstico de hipertensão

Notícias Saúde

Um estudo internacional publicado na prestigiada revista científica The Lancet, que envolveu uma rede de colaboração de mais de 500 cientistas de todo o mundo e contou com a participação de três investigadores da Universidade de Coimbra, procurou compreender de que forma o Índice de Massa Corporal (IMC) e o Rácio Cintura/Estatura (WHtR) podem ajudar a distinguir pessoas com ou sem diagnóstico de hipertensão.

O IMC é uma medida que usa informações do peso e da altura, em função da idade, e que pode ajudar a identificar problemas relacionados com a desnutrição e/ou obesidade. Já o WHtR utiliza informações sobre o perímetro da cintura e estatura para analisar a distribuição de gordura e, consequentemente, o potencial risco de desenvolvimento de doenças cardiovasculares.

Este estudo, que tem como foco a hipertensão, revela que “o Índice de Massa Corporal pode ser usado como um indicador com precisão moderada a elevada para a diferenciação de pessoas adultas jovens e de meia-idade, com maiores e menores quantidades de adiposidade abdominal”. Os investigadores da UC explicam que, no entanto, “para o mesmo valor de IMC, as pessoas do Sul da Ásia, da América Latina e das Caraíbas, bem como da região da Ásia Central, Médio Oriente e do Norte de África, apresentam valores do rácio cintura/estatura mais elevados comparativamente às outras regiões do globo”.

Cancro colorretal: Inteligência Artificial como aliada na deteção do segundo cancro mais prevalente no mundo

Sapo

O cancro colorretal é o tipo de cancro mais frequentemente diagnosticado em Portugal e o segundo mais prevalente no mundo. A colonoscopia assistida por Inteligência Artificial (IA) assume um papel na deteção precoce do cancro colorretal, uma vez que ajuda os especialistas a detetar pólipos de várias formas e tamanhos.

“A maioria dos casos de cancro colorretal desenvolvem-se a partir de pólipos no cólon ou no reto. Se estes pólipos forem detetados e removidos, alcançar uma cura é possível em 90% dos casos”, adianta a International Agency for Research on Cancer (IARC) da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Para detetar um cancro colorretal é necessário realizar os exames de rastreio, que são também os exames de diagnóstico da doença. Se o motivo do exame não for a manifestação de sintomas, de acordo com as atuais recomendações da Direção Geral de Saúde (DGS), recomenda-se em primeiro lugar a realização de uma pesquisa de sangue oculto nas fezes. Caso o resultado seja positivo, segue-se a colonoscopia.

“A IA é uma aliada fundamental nos dias de hoje para contribuir para melhorar as estratégias de deteção existentes. A colonoscopia assistida por IA representa uma mudança de paradigma na deteção do cancro colorretal em estadios iniciais, uma vez que permite uma melhor deteção dos pólipos de várias formas e tamanhos, sinalizando-os durante a realização da colonoscopia. Com esta tecnologia, os profissionais de saúde reduzem de um modo significativo a taxa de perda de adenomas nas colonoscopias atuais.”

Miguel Mascarenhas Saraiva, Médico Gastrenterologista

Lançamento do Projeto New Heart

SNS

Foi esta manhã assinalado o lançamento oficial do projeto New Heart, financiado em mais de 2,1 milhões de euros pelo programa Interreg com apoio da União Europeia. O evento decorreu na semana de sensibilização para o Dia Mundial do Coração, que se celebra a 29 de setembro. O projeto conjunto, que envolve várias instituições visa melhorar a saúde cardiovascular na eurorregião Galiza-Norte de Portugal.

Esta necessidade surge da prevalência das doenças cardiovasculares que é a principal causa de morte em Portugal, estimando-se que 30 a 35 mil pessoas morram anualmente por Acidente Vascular Cerebral (AVC), enfarte do miocárdio e insuficiência cardíaca. O projeto New Heart irá contribuir para a prevenção, diagnóstico precoce e tratamento mais eficiente das doenças cardiovasculares.

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