Notícias da Saúde em Portugal 454

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Concentrar o exercício físico ao fim de semana pode ser tão saudável como distribuí-lo ao longo da semana

Observador

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda, pelo menos, 150 minutos de exercício moderado por semana. Segundo um estudo agora publicado, será igualmente saudável se guardarmos a atividade física para o sábado e domingo.

Deixar o exercício físico para o fim de semana pode ser tão saudável como distribuí-lo por várias sessões, ao longo da semana. De acordo com um estudo da revista científica Circulation, citado pelo El Pais, concentrar a atividade desportiva em um ou dois dias pode reduzir o risco de desenvolver mais de 200 doenças, em comparação com pessoas inativas.

O estudo monitorizou mais de 90.000 pessoas, algumas das quais integravam associações de weekend warrirors [guerreiros de fim de semana] — que praticam atividade física intensa entre sábado e domingo —, comparando os resultados obtidos com pessoas que distribuem o exercício físico de forma mais regular e outras consideradas inativas. E concluiu que os “guerreiros de fim de semana” têm mais sucesso a prevenir doenças do que a população inativa e verificou-se ainda que “os resultados são parecidos aos obtidos pelos que dividem mais a atividade durante a semana”, segundo um dos autores do estudo Shaan Khurshid, do Massachusetts General Hospital.

O facto da idade média dos participantes na investigação ser de 62 anos dá força aos resultados do estudo, porque “é a idade em que mais incidem as doenças referidas e na qual mais tem efeito o exercício físico”, segundo Almudena Beltrán, especialista em medicina interna, citada pelo El País.

Reforço da terapêutica para a doença dos pezinhos

INFARMED, I.P.

O medicamento Amvuttra (vutrisiran) obteve autorização de financiamento no tratamento de amiloidose hereditária mediada por transtirretina (amiloidose ATTRh), mais conhecida por doença dos pezinhos, em doentes adultos com polineuropatia de estádio 1 ou estádio 2, nos doentes acompanhados no Serviço Nacional de Saúde (SNS).

Para além de alargar o arsenal terapêutico para esta doença, traz também algumas vantagens como a administração subcutânea em alternativa à perfusão, tendo uma administração trimestral, o que aumenta largamente a periodicidade do tratamento em relação a outras opções terapêuticas (de 3 semanas e de base diária).

Idade do rastreio do cancro da mama vai baixar

Jornal de Notícias

A idade mínima para o rastreio do cancro da mama vai baixar para os 45 anos, anunciou hoje à Lusa a secretária de Estado da Saúde, que espera apenas a publicação da norma da Direção-Geral de Saúde (DGS) para a medida avançar.

Ana Povo adiantou que o Governo "já falou com a DGS para fazer o alargamento do rastreio do cancro da mama a mulheres a partir dos 45 anos", tal como é indicado a nível europeu.

"Nós tomamos decisões políticas, mas todos estes trabalhos têm que se basear em normativas técnicas e indicações técnicas pelo que a Direção-Geral de Saúde já está a trabalhar na norma relativamente ao rastreio do cancro da mama e contamos que no espaço de mês e meio a dois meses esteja publicada."

Ana Povo, Secretária de Estado da Saúde

Atualmente, a recomendação da DGS para iniciar o rastreio é aos 50 anos, uma norma que será agora atualizada pela autoridade de saúde, cumprindo as recomendações da União Europeia emitidas há dois anos para antecipar a primeira mamografia em cinco anos (para os 45 anos) e estender o rastreio até aos 74 anos.

Cientistas revelam como o cérebro consegue antecipar cenários

Notícias Saúde

Um estudo recentemente publicado na revista Nature revela informação inédita fundamental sobre a forma como o cérebro aprende com as experiências vivenciadas e antecipa potenciais acontecimentos futuros. A equipa de investigação estudou o hipocampo e o córtex entorrinal, regiões do cérebro cruciais para a memória e a aprendizagem, em indivíduos submetidos a procedimentos clínicos.

Neste estudo inovador, os investigadores conseguiram registar a atividade neuronal de células individuais em tempo real, permitindo uma nova compreensão dos processos de codificação cerebral.

Compreender melhor o cérebro

Os participantes no estudo visualizaram uma série de imagens numa sequência específica, sem que lhes tivesse sido dito para memorizarem ou preverem nada. Surpreendentemente, os neurónios do hipocampo e do córtex entorrinal ajustaram gradualmente a sua atividade para refletir o padrão subjacente, mostrando que o cérebro foi capaz de aprender implicitamente a estrutura da sequência e construir um mapa mental de ‘quando’ e ‘o quê’ se seguiria.

Os resultados obtidos permitem-nos compreender melhor como o nosso cérebro codifica e memoriza a sequência das nossas experiências vivenciadas, combinando informação sobre “o que” acontece e “quando” acontece, permitindo assim antecipar comportamentos futuros.

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