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Algoritmo permite prever enfartes com até 13 minutos de antecedência

SIC Notícias

Um novo algoritmo de inteligência artificial (IA) consegue prever, com até 13 minutos de antecedência, a possibilidade de um doente internado sofrer um enfarte agudo do miocárdio, permitindo aos médicos atuar antes que o ataque cardíaco aconteça.

Testado em doentes do Hospital de Santa Maria em condições reais de cuidados intensivos de cardiologia, o algoritmo permite uma "antecipação de forma significativa" da possibilidade de um enfarte agudo do miocárdio, ao analisar o risco de isquemia (diminuição do fluxo de sangue rico em oxigénio para o músculo cardíaco), adiantou à Lusa Miguel Sales Dias, investigador principal do projeto AIM Health.

Na prática, são recolhidos e monitorizados uma série de dados fisiológicos de um doente e o algoritmo está a ser permanentemente invocado. Assim que deteta uma alteração relevante dos sinais fisiológicos, lança o alarme para o médico responsável, explicou Miguel Sales Dias. Isso significa que "antes que tenha um enfarte, antes de o coração do doente estar a sofrer e ser lesado, nós podemos vir a começar a terapêutica ou a corrigir os danos que levam a isso", realçou o professor da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa (FMUL).

Além da capacidade de prever isquemias iminentes, o projeto AIM Health desenvolveu uma segunda ferramenta avançada: um sistema computacional que utiliza tecnologias de visão por computador e IA para auxiliar os médicos de cardiologia no diagnóstico de problemas de calcificação na válvula aórtica.

"O conjunto de imagens que usamos para treinar o nosso algoritmo, se fossem observadas manualmente pelo clínico, ele demoraria 22 horas e assim é tempo real."

Miguel Sales Dias, Investigador

Jantar cedo: hora do dia em que comemos é fundamental para a saúde

Notícias Saúde

Embora há muito que a sabedoria popular garanta que é melhor jantar cedo e de forma ligeira, a investigação da Universitat Oberta de Catalunya (UOC) e da Universidade de Columbia fornece agora a base científica para esta afirmação. De acordo com um estudo, publicado na revista Nutrition & Diabetes, consumir mais de 45% das calorias do dia depois das cinco da tarde está associado ao aumento dos níveis de glicose, com consequências nefastas para a saúde, independentemente do peso e da gordura corporal da pessoa. O ideal é, por isso, jantar cedo.

“Níveis elevados de glicose mantidos ao longo do tempo podem ter implicações como maior risco de evolução para diabetes tipo 2, aumento do risco cardiovascular, devido a danos nos vasos sanguíneos causados ​​pela glicose elevada, e maior inflamação crónica, que agrava os danos cardiovasculares e metabólicos.”

Diana Díaz Rizzol

A importância do estudo é que revela que o horário das refeições, por si só, pode afetar negativamente o metabolismo da glicose, independentemente da quantidade de calorias consumidas ao longo do dia e do peso e da gordura corporal do indivíduo.

Nesta notícia poderá ainda ler sobre:

  • Comer tarde vs comer precocemente

  • A importância de jantar cedo

Quatro em cada dez jovens passam mais de cinco horas por dia a navegar na Internet

RTP Notícias

Segundo o estudo "Comportamentos Aditivos aos 18 anos", promovido pelo Instituto para os Comportamentos Aditivos e as Dependências (ICAD), a maioria (61%) usa, em média, a internet durante quatro ou mais horas por dia.

A percentagem dos jovens que utilizam a internet de forma "mais intensiva" (durante cinco horas ou mais) tem vindo a aumentar, passando de 29% em 2017, para 40% em 2023, refere o estudo baseado no "Inquérito aos jovens participantes no Dia da Defesa Nacional 2023", realizado anualmente desde 2015, com uma interrupção em 2020, devido à pandemia de covid-19. Também aumentou o número de jovens que iniciaram a utilização da internet antes dos 10 anos, passando de 31% em 2017, para 41% em 2023.

Relativamente às redes sociais, o estudo conclui que 97% dos jovens de 18 anos as utilizam, sendo que 15% passa seis horas ou mais por dia nestas plataformas. Pouco mais de um terço (37%) dos inquiridos dizem frequentar as redes sociais, em média, durante quatro horas ou mais por dia e 42% durante duas a três horas, sendo este o tempo de utilização mais comum.

Segundo o relatório, a prevalência de utilização de internet é semelhante em rapazes e raparigas, tendendo os rapazes a iniciar mais cedo. Em média, as raparigas passam mais tempo na internet, sendo o equipamento de eleição para aceder à internet o smartphone (92% dos jovens), seguindo-se o computador portátil (51%).

Enfermeiros de Reabilitação assinalam o Dia Mundial da DPOC na Assembleia da República

Just News

Esta quarta-feira a Associação Portuguesa dos Enfermeiros de Reabilitação (APER) vai assinalar o Dia Mundial da Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC) com "uma sessão de educação e rastreio em Saúde Respiratória, que terá lugar na Assembleia da República", adianta Belmiro Rocha, presidente da APER.

Lembrando que a DPOC é "uma condição de saúde com um impacto significativo a nível global, sobretudo nos sistemas de saúde", o responsável sublinha que o objetivo desta iniciativa passa por "alertar e sensibilizar os nossos decisores, para a gravidade e impacto da DPOC".

Entre as comorbilidades mais comuns da DPOC destaca-se a doença cardiovascular, que aumenta em duas a três vezes o risco de hospitalização e eventos como doença arterial coronária, enfarte agudo do miocárdio (EAM), insuficiência cardíaca (IC) e arritmias.

Quanto ao "plano terapêutico multidisciplinar, Belmiro Rocha destaca que, para ser eficaz, "é essencial promover a adesão ao regime de tratamento e o desenvolvimento de uma atitude proativa por parte dos doentes e cuidadores. Assim, a literacia em saúde e o compromisso comportamental desempenham um papel crucial na melhoria da qualidade de vida."

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