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Crescer em contacto com animais reduz o risco de alergias – Estudo

Canal S+

As crianças que crescem com animais de estimação ou em ambientes de criação de animais têm menos probabilidade de desenvolver alergias, devido ao contacto precoce com bactérias anaeróbias comuns nas mucosas do corpo humano.

As conclusões constam de um estudo da Universidade de Gotemburgo (Suécia) publicado na revista Plos One, noticiou na quarta-feira a agência Efe. O estudo do microbioma intestinal envolveu 68 crianças suecas, das quais 28 viviam no ambiente de uma exploração leiteira, e 40 possuíam animais de estimação. Foram recolhidas amostras de fezes destas crianças desde os três dias de idade até aos 18 meses, e através das mesmas foi realizada uma cultura microbiana que permitiu a caracterização da composição da microbiota intestinal, com dados que incluíram taxas de colonização bacteriana e contagens populacionais de grupos bacterianos.

Os resultados mostraram que as crianças que cresceram em ambientes de explorações leiteiras tiveram uma maior proporção de bactérias anaeróbias na primeira semana. Os investigadores relacionaram a colonização precoce das mucosas pelas bactérias 'Bifidobacterium', 'Lactobacillus' e 'Bacteroides', e a menor presença da bactéria 'Clostridioides difficile' entre os 4 e os 12 meses de idade com o menor desenvolvimento subsequente de alergias.

Para chegar a esta conclusão, os pediatras acompanharam o desenvolvimento de alergias nas crianças participantes no inquérito dos 3 aos 8 anos e verificaram que era menor em comparação com os dados das crianças que não tiveram contacto com animais.

Investigadores portugueses alertam para baixa literacia em saúde sobre produtos cosméticos

CNN

Um estudo da Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto (FFUP), sobre o conhecimento dos portugueses sobre cosméticos, revelou que os níveis de literacia nesta área são mais baixos do que na literacia geral em saúde, foi esta quinta-feira divulgado.

Em entrevista à agência Lusa, a professora da FFUP Isabel Almeida, que coordenou o estudo, apontou que 75% a 80% da população analisada possui níveis de literacia em saúde inadequados a problemáticos sobre produtos cosméticos, percentagens “significativas e preocupantes” também quando comparadas com o número conhecido da literacia da população portuguesa sobre saúde em geral: 32%.

“Estes níveis são especialmente baixos no que diz respeito à avaliação e aplicação de informação de saúde relativa a estes produtos e ao domínio da prevenção da falta de uso, uso indevido, abuso e efeitos indesejáveis de produtos cosméticos.”

Isabel Almeida, Investigadora

O questionário foi desenvolvido por adaptação do questionário geral para a literacia em saúde e a comparação de percentagens – os 75 a 80% face aos 32% – é possível graças a um estudo de 2021 feito por um consórcio europeu que avaliou a literacia em saúde de vários países.

Nos resultados partilhados com a Lusa, a equipa faz um alerta para a existência de informação confusa, imprecisa, misturada com publicidade e sem referir questões de segurança partilhada por influenciadores “da moda” que chegam a um grande número de pessoas, incluindo crianças.

Médico do São João recebe bolsa de investigação por projeto na área da estimulação cerebral profunda

Notícias Saúde

Manuel Pinto, médico do Serviço de Neurocirurgia da ULS São João, foi distinguido com o 2024 Research Fund da European Association of Neurosurgical Societies (EANS), por um projeto que pode ajudar a melhorar a eficácia da estimulação cerebral profunda no controlo da Doença de Parkinson e a qualidade de vida dos doentes.

“O projeto consiste concretamente em estudar as ondas de atividade cerebral de doentes com Parkinson, submetidos a cirurgia de estimulação cerebral profunda (DBS).”

Manuel Pinto

“Para tal, utilizamos uma tecnologia recente de elétrodos implantados em regiões cerebrais profundas que, para além de estimularem o cérebro, têm a capacidade de captar e registar as ondas de atividade cerebral dos pacientes, de forma contínua, de segundo em segundo, desde o dia em que são implantados e durante a sua vida quotidiana.”, acrescenta.

Trata-se de uma bolsa de investigação atribuída anualmente pela Sociedade Europeia de Neurocirurgia, no valor de 10.000€, destinada a financiar projetos de investigação inovadores. A atribuição desta bolsa acontece desde 2017 e já financiou 58 projetos, sendo a primeira vez que é atribuída a um projeto português.

Academia dinamiza “A maior sala virtual do SNS: Plataforma eStudo”

SPMS

O Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS) promoveu um workshop sobre as mais recentes atualizações da plataforma eStudo no dia 21 de novembro. Inserido na 1.ª edição das Jornadas SPMS, o workshop, organizado pela Academia SPMS, contou com a intervenção da presidente da SPMS, Sandra Cavaca.

Sob o mote “A maior sala virtual do SNS: a Plataforma eStudo”, o workshop centrou-se essencialmente em incentivar o feedback dos profissionais, criando um espaço para partilhar experiências e impressões sobre o uso da plataforma eStudo, contribuindo, deste modo, para futuras melhorias.

No final da dinâmica, foi apresentada a nova plataforma, com funcionalidades tecnológicas mais simples e intuitivas, layout diferente e conteúdos inovadores. A nova plataforma eStudo ficará disponível a partir do dia 4 de dezembro.

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