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Detetados 11 bebés com "síndrome do lobisomem" cujos pais usaram produtos para calvície

Jornal de Notícias

Uma investigação do Centro de Farmacovigilância de Navarra descobriu que as loções anti-calvície podem ter um efeito adverso nas crianças: o crescimento de pelos em excesso, conhecido como "síndrome do lobisomem".

A hipertricose, ou "doença do lobisomem", caracteriza-se por um crescimento excessivo de pelos no corpo, que pode ser localizado ou generalizado. Embora pareça um sintoma maioritariamente estético, em crianças pequenas pode trazer riscos acrescidos como complicações no coração ou nos rins.

O primeiro caso foi descoberto quando chegou um relato ao centro de invetigação sobre "uma criança cujo pelo crescia progressivamente há dois meses nas costas, pernas e coxas”, explica Gabriela Elizondo, do Centro de Farmacovigilância de Navarra, em declarações ao "El País".

O pai usava uma loção para tratar a alopecia que continha "5% de minoxidil" e estava em casa a cuidar do filho, ou seja, passava bastante tempo com a criança. Elizondo explica que os sintomas do bebé desapareceram completamente quando o homem parou o tratamento.

Depois da situação estar resolvida, os investigadores decidiram aprofundar o tema e reviram todos os casos de hipertricose em bebés na Europa, através de uma base de dados que regista suspeitas de reações adversas a medicamentos. A análise revelou mais dez episódios de crianças até aos nove meses, cujos pais utilizavam minoxidil.

Rui Santos Ivo distinguido com o Lifetime Achievement Award 2024

INFARMED, I.P.

O galardão, atribuído pela The Organisation for Professionals in Regulatory Affairs (TOPRA), reconhece personalidades cuja carreira tiveram um impacto significativa na área da regulação do medicamento e da saúde.

Com esta distinção, Rui Santos Ivo tornou-se o primeiro português a receber o galardão, juntando-se a um grupo de figuras de destaque internacional no setor da saúde e farmacêutico, como Maria Beatrice Panico, neurologista e colaboradora da Agência Reguladora de Medicamentos e Produtos para a Saúde (MHRA) do Reino Unido, Tomas Salmonson e Daniel Brasseur, entre outros.

“É uma honra ser reconhecido por uma organização tão prestigiada como a TOPRA. Este prémio reflete o esforço coletivo para melhorar a regulamentação da saúde e das tecnologias de saúde”, referiu Rui Santos Ivo, em Londres “Para respondermos aos desafios do presente e do futuro a comunidade regulamentar tem de continuar a construir pontes de diálogo, soluções conjuntas e novos caminhos para garantir a defesa da saúde pública e melhor saúde para todos.”

Rui Santos Ivo, Presidente do INFARMED, I.P.

Surto ativo de hepatite A no Algarve com 25 casos registados

Jornal de Notícias

Um surto de hepatite A detetado na região do Algarve em agosto mantém-se ativo, com um total de 25 casos até à data, na sua maioria em crianças e jovens, disse à Lusa a autoridade regional de saúde.

“Mantém-se ativo um surto de hepatite A na região do Algarve, num total de 25 casos até à data, com notificação do primeiro caso a 15/08/2024 e do mais recente a 26/11/2024”, informou a delegada regional de saúde do Algarve em resposta à agência Lusa, após a Unidade de Saúde Pública (USP) do Baixo Alentejo ter hoje revelado a existência de um surto de hepatite A, com origem no Algarve, com seis casos no Bairro das Pedreiras, em Beja.

No Algarve, o surto tem afetado predominantemente crianças e jovens, com 16 casos notificados, e também adultos (nove), incluindo uma profissional de saúde, acrescentou a autoridade regional de saúde.

Os afetados são residentes em três aglomerados do concelho de Faro e num do concelho de Olhão, “em habitações com condições precárias de higiene e salubridade, o que favorece a transmissão deste tipo de doenças”, explica a mesma fonte.

Todos os casos identificados foram sintomáticos, com febre, icterícia, acolia, dores abdominais, fadiga, anorexia, náuseas e vómitos, entre outros.

A delegada regional de saúde do Algarve salienta “a importância da implementação das medidas de prevenção da transmissão e o reforço da vacinação entre os indivíduos em maior risco de exposição” e solicita, em caso de suspeita, o pedido de contacto para o SNS24 (808 24 24 24) para triagem e aconselhamento.

SNS Grávida atendeu 63 mil chamadas e encaminhou 46 mil utentes para a urgência

Jornal de Notícias

Cerca de 46 mil grávidas foram encaminhadas para serviços de urgência pela Linha SNS Grávida desde que entrou em funcionamento, há seis meses, segundo um balanço oficial, que indica que, neste período, o serviço atendeu 63 mil chamadas.

A Linha SNS Grávida - acessível através do mesmo número do SNS 24 (808 24 24 24) - entrou em funcionamento no dia 1 de junho deste ano e é uma medida do Plano de Emergência e de Transformação da Saúde, que tem como objetivo identificar o nível de cuidados adequado, perante a gravidade clínica da utente.

Num balanço pedido pela Lusa sobre os seis meses de funcionamento do serviço, os Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS) afirmam que “a Linha SNS Grávida é um exemplo claro de como o Serviço Nacional de Saúde (SNS) tem inovado para oferecer serviços mais eficientes e centrados nas necessidades das pessoas”.

Segundo os SPMS, este processo permite também uma utilização mais racional dos recursos de saúde, reservando as consultas nos cuidados de saúde primários e nos serviços de urgência para situações de maior gravidade.

“Ao evitar deslocações desnecessárias e ao oferecer aconselhamento imediato, a Linha SNS Grávida contribui diretamente para a redução do número de atendimentos desnecessários em unidades de saúde, otimizando a gestão de recursos humanos e materiais do SNS.”

SPMS

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