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Notícias da Saúde em Portugal 486
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Endoscopias gastrenterológicas nos convencionados subiram 17,6% entre 2022 e 2023
Canal S+
Os exames de endoscopia gastrenterológica feitos no setor convencionado com o Serviço Nacional de Saúde (SNS) cresceram 17,6% entre 2022 e 2023 e os encargos públicos atingiram os 71,96 milhões de euros, segundo a Entidade Reguladora da Saúde (ERS).
Segundo os dados da monitorização da ERS sobre ao acesso aos serviços de endoscopia gastroenterológica e sua evolução, com particular enfoque na distribuição da oferta e na produção da rede de prestadores convencionados, entre 2022 e 2023 registaram-se um total de 168 exames por mil habitantes.
Em 2023, aumentou igualmente o número de requisições aceites (+15,3%) face a 2022, com 68,8/mil habitantes.
No documento ontem divulgado, a ERS explica que as requisições aceites se referem ao número de requisições apresentadas a pagamento e aceites pelas Administrações Regionais de Saúde, salientando que, da mesma requisição, podem constar vários atos.
O regulador sublinha as assimetrias regionais no acesso a estes exames e diz que irá continuar a monitorizá-las para “adotar eventuais medidas que visem promover a melhoria do acesso a estes cuidados”.
Herbicida glifosato pode causar danos duradouros no cérebro
Jornal de Notícias
Um estudo publicado ontem na revista científica "Neuroinflammation" mostra “pela primeira vez” que mesmo um contacto breve com o herbicida glifosato, um dos mais usados em todo o mundo, pode causar danos duradouros no cérebro.
O investigador Ramon Velazquez, da Universidade do estado do Arizona (ASU), e os seus colegas, incluindo do Translational Genomics Research Institute (TGen, instituto de investigação genómica sem fins lucrativos com sede em Phoenix, Arizona), nos Estados Unidos, “demonstraram que ratos expostos ao herbicida glifosato desenvolvem uma inflamação cerebral significativa, que está associada a doenças neurodegenerativas”, segundo um comunicado sobre o trabalho divulgado pela universidade.
O que os cientistas identificaram foi uma associação entre a exposição dos ratos ao herbicida e sintomas de neuroinflamação, bem como de um agravamento de uma patologia semelhante à doença de Alzheimer, morte prematura e comportamentos semelhantes à ansiedade.
“Dada a crescente incidência de declínio cognitivo na população idosa, particularmente em comunidades rurais onde a exposição ao glifosato é mais comum devido à agricultura em larga escala, há uma necessidade urgente de mais investigação básica sobre os efeitos deste herbicida.”
Há um ano, com base num relatório da Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos (EFSA), a Comissão Europeia decidiu renovar por dez anos (até 2033) a aprovação da utilização do herbicida glifosato na União Europeia (UE), embora sob novas condições e restrições, como a proibição do uso antes da colheita.
Não dormir pode, literalmente, matar-nos. Quantas horas de sono são suficientes?
Sapo
O neurocirurgião Rahul Jandial leva-nos numa viagem aos meandros do sono. Não dormir compromete a nossa saúde, tira-nos anos de vida e, em extremo, provoca a morte. Quanto sono é suficiente? O que se considera insónia?
Sono. Quanto é suficiente?
Embora possamos não compreender porque precisamos de dormir, é óbvio que nos faz falta. Mas quanto? Como interno de cirurgia na década de 1990, eu e outros médicos tínhamos de fazer turnos que podiam chegar às 40 horas seguidas, com os cirurgiões em formação a terem semanas de trabalho de 120 horas. No entanto, vários estudos mostraram que os médicos com privação de sono cometem bastante mais erros clínicos do que aqueles que descansam mais. Assim, a partir de 2003, a organização que gere a formação médica nos Estados Unidos impôs limites rígidos para o tempo passado pelos internos sem dormir.
Uma análise feita em 2010 a dezasseis estudos anteriores, que tinham envolvido mais de 1,3 milhões de pessoas, descobriu que quem dormia, em média, menos de seis horas por noite tinha mais 12% de probabilidade de vir a morrer antes dos sessenta e cinco anos de idade do que quem dormia seis a oito horas por noite. Todavia, o mesmo estudo descobriu que quem dormia mais de nove horas por noite corria um risco 30% acrescido de morte prematura.
Claro que a necessidade de sono varia profundamente ao longo da vida. A maior parte dos bebés e das crianças pequenas dedicam metade de cada período de vinte e quatro horas ao sono, ao passo que os adultos com mais de sessenta e cinco anos se dão bem com sete horas por noite. À semelhança de tantas outras pessoas, eu esforço‑me por dormir bem.
Duração Recomendada de Sono:
Crianças em idade escolar (6–13 anos) : 9–11 horas
Adolescentes (14–17 anos): 8–10 horas
Jovens adultos (18–25 anos): 7–9 horas
Adultos (26–64 anos): 7–9 horas
Adultos mais velhos ≥ 65: 7–8 horas
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Insónia
Alto Ave conquista dois prémios
SNS
A Rede de Investigação nos Cuidados de Saúde Primários do Alto Ave (RICSP-AA), estabelecida pela Unidade Local de Saúde (ULS) do Alto Ave, foi duplamente reconhecida em 2024 pela sua excelência e impacto na promoção da investigação clínica aplicada aos Cuidados de Saúde Primários (CSP).
De acordo com a ULS do Alto Ave, a RICSP-AA foi uma das quatro redes selecionadas para receber a prestigiada Bolsa AICIB Cuidados de Saúde Primários 2024, no valor de 20.000€. Este financiamento, promovido pela Agência de Investigação Clínica e Inovação Biomédica (AICIB), visa a criação e desenvolvimento de estruturas de apoio à investigação em CSP, seguindo o modelo de Practice-Based Research Networks (PBRNs).
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