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Norte-americana é a terceira pessoa no mundo a receber um rim de porco

SIC Notícias

Towana Looney, uma norte-americana de 53 anos cujo único rim já não funcionava, tornou-se a terceira pessoa viva no mundo a beneficiar do transplante de um rim de porco, uma prática ainda muito experimental.

A paciente, ainda sob supervisão médica desde a operação no final de novembro no NYU Langone Hospital, em Nova Iorque, pioneira na área, regressou na terça-feira ao seu percurso médico sem precedentes.

"Estou cheia de energia, tenho apetite", garantiu na terça-feira, continuando com uma gargalhada: "e claro que posso ir à casa de banho"

Este tipo de transplante denominado xenoenxerto, entre animal e humano, alimenta a esperança de responder à escassez crónica de doações de órgãos num país onde mais de 100 mil doentes estão em lista de espera, incluindo mais de 90 mil por um rim.

Ao contrário dos órgãos recebidos pelas duas primeiras pessoas que tiveram apenas uma modificação genética, o rim que foi transplantado para a Looney tem dez.

Estas modificações do ADN do porco destinam-se a melhorar a compatibilidade biológica entre o animal e o ser humano e a evitar que o órgão seja imediatamente rejeitado pelo organismo do recetor.

Linha SNS24 cria serviço de teleconsulta

SNS

A Teleconsulta Linha SNS 24 é um novo serviço do SNS 24, direcionado a utentes que, após triagem realizada através do número 808 24 24 24, apresentem condições clínicas adequadas para atendimento médico à distância. Este serviço, que teve início no dia 17 de dezembro, entra agora numa fase piloto com a duração de três meses. O objetivo é reforçar o acesso a cuidados de saúde e otimizar os recursos do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

Após triagem e avaliação clínica realizada pelo profissional de saúde da Linha SNS 24, o/a utente poderá ser encaminhado/a para Teleconsulta Linha SNS 24. É o profissional de saúde que faz esse encaminhamento. Não inclui vigilância de doenças crónicas, renovação de medicação ou avaliação de resultados de exames.

Como funciona?

Após a triagem realizada pela Linha SNS 24, e com encaminhamento para teleconsulta, o/a utente irá receber um link através de SMS (mensagem por telemóvel). A teleconsulta em videochamada realiza-se através de uma plataforma de transmissão online (streaming), cujo acesso pode ser feito pelo Portal SNS 24, utilizando o link que recebeu através de SMS, ou pela App SNS 24, caso tenha a aplicação móvel instalada.

Para realizar a teleconsulta, o/a utente precisa de acesso a telemóvel e a um dispositivo com câmara, microfone e ligação à internet. Deverá também assegurar que se encontra num ambiente tranquilo, sem interferências externas, para preservar a privacidade da consulta.

A Teleconsulta Linha SNS 24 está integrada no SNS e todos os atendimentos ficarão disponíveis no histórico do registo de saúde do/a utente. O relatório clínico é partilhado com o/a utente no final da consulta.

Hospitais privados voltam a ganhar peso no sistema de saúde (e já têm 14.455 médicos)

Expresso

Os hospitais privados estão a registar um "crescimento significativo" de importância há mais de 10 anos no sistema de saúde nacional, com a sua despesa corrente a ser cada vez mais suportada diretamente pelas famílias.

As conclusões constam de um estudo da Entidade Reguladora da Saúde (ERS) sobre a concorrência na área hospitalar não pública ontem divulgado e que abrangeu 92 hospitais e 113 unidades de ambulatório dos setores privado e social detidos por 57 operadores diferentes.

Segundo o regulador, a despesa corrente em saúde nos hospitais privados é "cada vez mais suportada por pagamentos diretos das famílias", que atingiram os 1.245 milhões de euros em 2022, com um crescimento médio anual de 9,2% desde 2014.

Relativamente aos recursos humanos da rede hospitalar não pública com internamento de agudos, a oferta de médicos é maior em Lisboa e Vale do Tejo, com uma média de 1,7 médicos por mil habitantes, sendo também esta a região que concentra o maior número de clínicos.

Segundo o regulador, as conclusões deste estudo proporcionam uma melhor perceção da situação concorrencial e da concentração no mercado dos cuidados de saúde hospitalares não públicos de Portugal continental, permitindo a identificação de regiões que suscitam maior preocupação a nível concorrencial.

SPMS colabora na resposta europeia a emergências de saúde pública

SPMS

No âmbito da crescente necessidade de melhorar a preparação e a capacidade de resposta a emergências de saúde pública, a ação europeia EU-HIP (EU Interoperability with HERA’s IT Platform) tem como propósito fortalecer as infraestruturas digitais de saúde pública na Europa.

A participação dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS) na ação europeia EU-HIP reforça o compromisso de Portugal em construir uma infraestrutura digital de saúde pública sólida e interoperável, fundamental para enfrentar desafios futuros de forma segura e eficiente.

A SPMS, na qualidade de autoridade nacional competente, lidera um grupo de trabalho e uma tarefa nesta ação, trabalhando em estreita colaboração com diversas entidades europeias e nacionais. O objetivo é construir respostas eficazes e coordenadas a emergências de saúde pública.

Após 1 ano e 10 meses de trabalho intensivo, a SPMS, apresentou, recentemente, o mapeamento das necessidades técnicas nacionais, desenvolvido em colaboração com o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), a Direção-Geral da Saúde (DGS) e a Administração Central do Sistema de Saúde, I.P. (ACSS). Entre as prioridades identificadas, destacam-se o reforço da interoperabilidade dos sistemas de vigilância, a padronização e automação no reporte de dados e o desenvolvimento de módulos de vigilância ambiental, entre outros, os quais são fundamentais para o fortalecimento dos sistemas nacionais de saúde pública.

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