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Doentes internados em casa pouparam 107.041 dias de internamento nos hospitais

SIC Notícias

Cerca de 11.500 doentes receberam cuidados hospitalares em casa em 2024, mais 14,6% que no ano anterior, poupando mais de 100 mil dias de internamento nos hospitais, revelam dados do programa de Hospitalização Domiciliária divulgados esta quarta-feira.

De acordo com os dados do programa do Serviço Nacional de Saúde (SNS) avançados à agência Lusa, foram avaliados 28.103 doentes, mais 9,6%, e a capacidade média instalada ao longo do ano em camas em casa dos doentes foi de 366, mais 2,5% face a 2023.

Em 2024, os dias de internamento poupados aos hospitais foram 107.041, mais 11,4% que em 2023, tendo o número de doentes internados em casa diretamente da urgência hospitalar aumentado 13,2%, assim como os da consulta externa (20,4%).

Segundo o Coordenador do Programa Nacional de Implementação das Unidades de Hospitalização Domiciliária nos hospitais do SNS, Delfim Rodrigues, o ambiente "mais seguro" em casa propicia melhores resultados em todo o ciclo do tratamento, desde o internamento do doente até a sua alta.

Proteínas concebidas por IA neutralizam toxinas letais do veneno de cobra

CNN

Uma equipa de cientistas concebeu novas proteínas, com recurso à inteligência artificial (IA), que neutralizam as toxinas letais do veneno de cobra, o que pode oferecer uma alternativa mais segura e eficaz aos antídotos tradicionais.

Os detalhes da investigação, testada em experiências com ratos, foram publicados na revista Nature num artigo liderado pelo mais recente Prémio Nobel da Química, David Baker.

As picadas de cobras venenosas afetam entre 1,8 e 2,7 milhões de pessoas por ano, causando cerca de 100.000 mortes anualmente e três vezes mais incapacidades permanentes, incluindo a perda de membros.

De acordo com um comunicado da Universidade Técnica da Dinamarca, citando dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), a maioria dos ferimentos ocorre em África, Ásia e América Latina, onde "sistemas de saúde fracos agravam o problema".

Atualmente, os únicos antídotos utilizados para tratar vítimas de mordeduras de cobra são os derivados de plasma animal e são geralmente dispendiosos, têm eficácia limitada e efeitos secundários adversos.

A equipa liderada por David Baker, da Faculdade de Medicina da Universidade de Washington, e Timothy Patrick Jenkins, da Universidade Técnica da Dinamarca, utilizou ferramentas de aprendizagem profunda para conceber novas proteínas que se ligam e neutralizam as toxinas mortais das cobras. Baker ganhou o Prémio Nobel de design computacional de proteínas.

Nesta notícia poderá ainda ler sobre:

  • A investigação em ratos centra-se nas chamadas toxinas de três dedos.

O mito da vaporização saudável e os riscos associados aos ‘vapes’

Notícias Saúde

Os vaporizadores, os chamados ‘vapes’, são frequentemente comercializados como uma alternativa mais saudável ao fumo dos cigarros tradicionais ou uma ferramenta para deixar de fumar. Mas este não só não é um hábito seguro, como os efeitos na saúde da vaporização podem ser irreversíveis e, por vezes, fatais.

Como é uma tecnologia relativamente nova, as consequências a longo prazo do uso de vaporizadores para a saúde ainda são totalmente conhecidas, mas a investigação está a revelar um número crescente de riscos para a saúde, incluindo danos permanentes nos dentes e gengivas.

Ao vaporizar, inala-se uma combinação de substâncias químicas transportadas pelo ar, incluindo nicotina, aromatizantes e outros produtos químicos. David Okano, líder da secção de periodontologia da Faculdade de Medicina Dentária da Universidade de Utah, nos EUA, explica que a vaporização está associada a um maior risco de doença gengival e, potencialmente, de cárie dentária.

Pode ainda causar infeção e inflamação nas gengivas, o que pode resultar na perda permanente de osso à volta dos dentes e, eventualmente, a perda dos mesmos. “Perde-se osso mais rapidamente se estiver a vaporizar, tal como aconteceria com o tabaco”, confirma.

Nesta notícia poderá ainda ler sobre:

  • Não é só vapor de água

  • Compreensão das consequências da vaporização apenas no início

Mais de 9 mil pessoas registaram o testamento vital em 2024

SPMS

O testamento vital é um documento registado eletronicamente, no qual é possível manifestar o tipo de tratamento e os cuidados de saúde que o cidadão pretende ou não receber, quando estiver incapaz de expressar a sua vontade.

À data de 13 de janeiro de 2025 encontram-se ativos 41907 mil testamentos vitais, sendo que mais de 14 mil foram outorgados por homens e mais de 27 mil por mulheres. Em qualquer dos géneros, as faixas etárias com maior número de registos ativos de testamento vital situam-se entre os 65 e os 80 anos e entre os 50 e os 65 anos.

Para o testamento vital ficar ativo, é necessário preencher o formulário da diretiva antecipada de vontade (DAV) e entregá-lo, depois na Unidade Local de Saúde (ULS) da área de residência ou num dos muitos Balcões de Registo Nacional do Testamento Vital (RENTEV) espalhados pelo país. Permite também a nomeação de um procurador de cuidados de saúde.

O testamento vital deixa de estar ativo quando expira a sua validade (tem uma validade de 5 anos, a contar da data da assinatura, podendo ser renovado) ou quando ocorre o óbito do utente.

Desenvolvido e gerido pela SPMS, o RENTEV é o sistema de informação que centraliza e mantém atualizadas as diretivas antecipadas de vontade, também designadas testamentos vitais.

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