Notícias da Saúde em Portugal 516

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Miopia nas crianças portuguesas. Diagnóstico e recomendações

Sapo

Um estudo recente realizado no ISEC Lisboa, em conjunto com a Universidad Complutense de Madrid, trouxe à tona dados importantes sobre a prevalência da miopia em crianças e adolescentes em Lisboa, bem como os fatores que influenciam o seu desenvolvimento. A investigação, publicada na revista Ophthalmic & Physiological Optics com o título “Factors associated with myopia in the Portuguese child population: An epidemiological study”, analisou quase 2.000 alunos entre os 5 e os 17 anos e revelou que 12,7% deles sofrem de miopia, ou seja, cerca de 1 em cada 8 crianças. Este problema vai além do uso de óculos, pois, no caso de miopias altas, pode evoluir para complicações graves, como descolamento de retina ou mesmo cegueira, se não for devidamente controlado.

Um dos resultados mais relevantes do estudo é a forte relação entre a história familiar e o risco de desenvolver miopia. Crianças com pais míopes têm uma probabilidade significativamente maior de desenvolver a condição, sendo que o risco triplica quando ambos os progenitores são míopes. Estes dados reforçam a importância de intervenções precoces para retardar o surgimento da miopia e evitar que ela progrida para graus elevados.

O estudo também revelou um dado animador: o tempo passado ao ar livre tem um impacto protetor significativo contra a miopia. Crianças que passam mais de 2,7 horas por dia em atividades ao ar livre têm aproximadamente 50% menos probabilidade de desenvolver miopia em comparação com aquelas que passam menos tempo fora de casa. A exposição à luz natural parece ser a chave, ajudando a retardar o surgimento da miopia.

Recomenda-se incentivar brincadeiras ao ar livre, especialmente após a escola e nos fins de semana; fazer pausas regulares durante atividades de visão próxima, como ler ou usar ecrãs; e, realizar exames oftalmológicos periódicos para detetar problemas visuais precocemente.

Os outros efeitos (bons e maus) dos medicamentos de sucesso para perder peso

Euronews

Embora os medicamentos para perda de peso estivessem associados a um menor risco de algumas doenças, também estavam associados a alguns efeitos adversos para a saúde.

Os medicamentos de grande sucesso para a perda de peso podem ajudar a tratar doenças tão díspares como a dependência, a coagulação do sangue e a demência, mas também apresentam riscos que podem fazer com que alguns doentes hesitem, segundo um novo estudo de referência.

Wegovy, Ozempic, Zepbound e outros relacionados pertencem a uma classe de medicamentos conhecidos como agonistas dos recetores GLP-1, que são diagnosticados para a obesidade ou diabetes tipo 2 e funcionam suprimindo o apetite das pessoas para as ajudar a perder peso.

Este facto inclui uma redução de 12% no risco de doença de Alzheimer, que os autores do estudo descreveram como um impacto pequeno mas significativo, dado que existem tratamentos limitados e não há cura para a demência.

"Temos tendência a pensar que os medicamentos são concebidos para fazer apenas uma coisa, mas quase nunca é assim."

Ziyad Al-Aly, Autor do Estudo

Foram associados a um maior risco de problemas gastrointestinais, tensão arterial baixa, desmaios, artrite, pedras nos rins, um tipo de doença renal, e pancreatite induzida por medicamentos.

Nesta notícia poderá ainda ler sobre:

  • Mudança da visão médica sobre a obesidade

  • Limitações da investigação

O Roteiro Digestivo é o novo portal dedicado à saúde digestiva

Notícias Saúde

As doenças do aparelho digestivo afetam milhões de portugueses e impactam, em muitos casos gravemente, quem sofre com as mesmas. Foi, por isso, criado o Roteiro Digestivo, um portal online desenvolvido para informar e apoiar a população em questões ligadas à saúde e bem-estar do sistema digestivo.

A plataforma é um espaço onde os utilizadores podem encontrar conteúdos abrangentes e acessíveis, focados em temas como a prevenção, o diagnóstico precoce e o tratamento de condições que afetam o aparelho digestivo, incluindo o esófago, estômago, intestino delgado, fígado e pâncreas, cólon e o reto.

O Roteiro Digestivo conta com a colaboração de especialistas, como nutricionistas, que partilham orientações sobre uma alimentação equilibrada e outros hábitos de saúde. Os conteúdos incluem temas específicos para diferentes faixas etárias e necessidades, cobrindo aspetos do bem-estar digestivo e intestinal de uma forma clara e prática.

Registo de Saúde Eletrónico Único | Procedimentos de Radiologia

SPMS

A Serviços Partilhados do Ministério da Saúde, EPE (SPMS) está a trabalhar na construção do Registo de Saúde Eletrónico Único (RSEu). Para o efeito, está a preparar um conjunto de serviços digitais de acesso a dados de saúde, entre os quais o Serviço Digital de Acesso e Partilha de Meios Complementares de Diagnóstico e Terapêutica.

Este serviço vai possibilitar a partilha e o acesso a exames de imagem médica e aos seus respetivos relatórios. Para a sua correta implementação, foi desenvolvido, pelo Centro de Terminologias Clínicas, o Catálogo Português de Radiologia, que compreende uma lista normalizada de procedimentos de radiologia.

A consulta pública do Catálogo Português de Radiologia decorre até ao dia 28 de fevereiro, para permitir a participação ativa de todas as partes interessadas.

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