- MedSUPPORT.News
- Posts
- Notícias da Saúde em Portugal 531
Notícias da Saúde em Portugal 531
As notícias diárias à distância de um clique - sempre às 12:00h


Minecraft: mais do que um jogo, uma fonte de aprendizagem para as crianças
Notícias Saúde
Quem tem filhos provavelmente sabe o que é o Minecraft, um videojogo mundialmente popular que captou a atenção de mais de 141 milhões de jogadores ativos. Mas o que talvez não saibam é que mais do que isso, podendo ainda desempenhar um papel significativo na formação do desenvolvimento das crianças, das interações sociais e da aprendizagem cognitiva, afirmam investigadores da Universidade do Sul da Austrália (UniSA).
Um estudo recente descobriu que quando as crianças se envolvem em brincadeiras colaborativas no Minecraft, promovem o trabalho em equipa, a comunicação e as competências sociais, à medida que trocam ideias e resolvem problemas em tempo real.

“Também sabemos que o Minecraft é um jogo pró-social, com os jogadores a demonstrarem saudações e avaliações positivas de jogo enquanto interagem entre si. À medida que jogam ou veem vídeos, desenvolvem as suas competências linguísticas e aumentam a sua literacia digital.”
Para Vincenza Tudini, “as habilidades de equipa e a resolução de problemas também são importantes no Minecraft. Ao contrário dos videojogos tradicionais, que tendem a focar-se na competição e na pontuação, o Minecraft é uma experiência aberta que incentiva as crianças a construir, explorar e interagir, com os jogadores a trabalharem frequentemente em conjunto para atingir objetivos comuns”.
Nesta notícia poderá ainda ler sobre:
Não há bela sem senão: os desafios do Minecraft
Recomendações para os pais
Infeções sexualmente transmissíveis atingem novos máximos na Europa
Euronews
A Europa está a tornar-se um foco de infeções sexualmente transmissíveis (IST), segundo revela um novo relatório.
O número de casos de sífilis e gonorreia aumentou em 2023, embora a clamídia continue a ser a IST mais comum. A gonorreia resistente a antibióticos é, por sua vez, uma ameaça emergente, de acordo com o último relatório anual do Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC).

Em 2023, registaram-se quase 100.000 casos de gonorreia na União Europeia, Islândia, Liechtenstein e Noruega. Trata-se de um aumento de 31% em relação ao ano anterior e de mais de 300% em relação a 2014, aponta o relatório.
Se não for tratada, a gonorreia pode causar sérios problemas de saúde, incluindo infertilidade e doença inflamatória pélvica. A sífilis, se não for devidamente tratada, pode causar complicações a longo prazo no coração e no sistema nervoso, segundo o ECDC, e pode ser transmitida de uma mulher grávida para o seu bebé.
Nesta notícia poderá ainda ler sobre:
Porque é que se tem registado um aumento das infeções sexualmente transmissíveis?
Como a Suécia está a tentar tornar-se o primeiro país do mundo a eliminar o HPV
Stresse, um dos maiores desafios de saúde do século XXI. “É uma epidemia global” – Maria João Pinheiro, Psicóloga
Sapo
Em 2019, a Organização Mundial de Saúde (OMS) classificou o stresse como um dos maiores desafios de saúde do século XXI, vendo-o como uma epidemia global. Para além de um limiar aceitável, o stresse corrói os nossos dias. É fonte de perturbação física e emocional. Há, pois, que apostar no autocuidado, na construção de uma rede de suporte social ou mesmo no apoio do profissional de saúde. Conversámos com Maria João Pinheiro, Psicóloga e Coordenadora de Psicologia do CNS – Campus Neurológico de Torres Vedras.
Não raro, escutamos a expressão “estou stressado/a”, quando nos encontramos perante uma situação de tensão, de ansiedade, de exaustão. Como forma de contextualizarmos a questão, como se define stress em termos médicos?
Sim, deixo-lhe a definição que nos é dada pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Esta, define o stresse como um estado de preocupação ou tensão causado por uma situação desafiante, caracterizando-se como uma resposta adaptativa do ser humano que lhe permite lidar com os desafios e ameaças, ao longo da vida. Em 2019, a OMS classificou o stresse como um dos maiores desafios de saúde do século XXI, descrevendo-o como uma epidemia global.

Quais os sinais que nos deveriam levar a preocupar com as consequências do stresse nas nossas vidas?
O stresse pode manifestar-se de diversas formas, incluindo através de sintomas físicos como dores de cabeça, dor de estômago ou outra dor física, sintomas emocionais, como por exemplo, sentir-se mais ansioso ou irritado e/ou comportamentais, como dificuldades de concentração, alterações no apetite ou no sono e/ou aumento do consumo de substâncias como álcool ou tabaco.
Relativamente à saúde mental, o stresse pode ser um fator de risco ou manutenção para a ansiedade e depressão e contribuir igualmente para alterações de humor.
Nesta notícia poderá ainda ler sobre:
Há situações em que o stresse moderado, pontual, pode ser positivo? Nomeadamente, poderá ajudar-nos a ultrapassar desafios?
O temperamento e a personalidade do indivíduo influenciam diferentes reações ao stresse?
O stresse continuado tem implicações na nossa saúde física e mental. Quer, por favor, detalhar esta questão?
O stress também afeta crianças e jovens. Como podemos preparar as novas gerações para gerirem melhor o stresse desde cedo?
Que comportamentos individuais podemos assumir para diminuir/mitigar o stresse nos nossos dias?
Chega o momento em que há que procurar apoio profissional para mitigar o stresse. Neste contexto, qual é o papel do profissional de saúde?
Atualmente, deparamo-nos com dispositivos e apps que se propõem ajudar a monitorizar ou gerir o stresse de forma eficaz. Como encara estes auxiliares de gestão de stresse?
O campo da investigação médica está permanentemente a entregar-nos novos caminhos no combate à doença. Neste campo em específico, quer destacar alguns avanços que lhe pareçam pertinentes?
Prémio Bial de Medicina Clínica 2024 distingue trabalho sobre doença de Alzheimer
Jornal de Notícias
O Prémio Bial de Medicina Clínica 2024 foi atribuído ao médico e cientista Tiago Gil Oliveira pelo trabalho que permite identificar as regiões do cérebro mais afetadas pela doença de Alzheimer.
A investigação, premiada com 100 mil euros, "revelou que certas regiões do cérebro são afetadas de maneira diferente pelas várias proteínas tóxicas responsáveis pela doença de Alzheimer", comprometendo "o funcionamento cerebral normal" e provocando "sintomas como a perda de memória de curto prazo e a desorientação espacial", salienta a Fundação Bial, que institui o prémio.

"Ao compreender como cada tipo de proteína tóxica afeta cada região do cérebro e ao conseguir mapear a composição dessas regiões afetadas, esta investigação ajuda a abrir o caminho para um diagnóstico mais precoce e melhores tratamentos para aquela que é a patologia degenerativa mais prevalente em Portugal e no mundo."
No seu trabalho, Tiago Gil Oliveira, neurorradiologista no Hospital de Braga e professor na Universidade do Minho, analisou ressonâncias magnéticas de doentes quando estavam vivos e os seus cérebros depois de morrerem e usou ratinhos geneticamente modificados para "mapear ao nível molecular a composição" das diferentes regiões cerebrais afetadas por proteínas tóxicas e "testar de que modo a manipulação das vias moleculares alteradas afeta a aprendizagem e memória".
A Fundação Bial concedeu, ainda, duas menções honrosas, ambas na área da oftalmologia, no valor de 10 mil euros.

Obrigado por ler a medsupport.news.
A equipa da MedSUPPORT.
p.s. Se gostou desta newsletter, partilhe-a com os seus amigos e colegas! Todos podem subscrever aqui a medsupport.news.
Reply