Notícias da Saúde em Portugal 537

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Vale mesmo a pena deixar de fumar? As explicações de uma médica

Sapo

Não importa a idade que tenha, nunca é tarde para deixar de fumar: é sempre benéfico para a saúde, permitindo melhorar o prognóstico de doenças existentes. Se é fumador não deve esperar por ter sintomas para fazer exames regulares. A maioria dos cancros do pulmão pode ser evitada, através da redução de fatores de risco conhecidos.

É uma das perguntas mais frequentes dos fumadores com mais de 70 anos, na consulta de Pneumologia: “com esta idade, ainda se justifica deixar de fumar?”. A resposta é simples: não importa quantos anos tem ou durante quanto tempo fumou, ao parar está a reduzir o risco de cancro, doenças pulmonares, acidente vascular cerebral e ataque cardíaco – ou seja, está a acrescentar anos à vida.

Já existe evidência de que aqueles que param de fumar antes de atingirem os 35 anos de idade apresentam taxas de mortalidade semelhantes aos que nunca fumaram. Se é um jovem fumador e quer evitar as consequências do tabagismo na saúde, esta é uma motivação para tentar deixar de fumar.

Se parar de fumar por volta dos 50 anos, diminuirá em 50% o risco de morrer de doenças relacionadas com o tabagismo. Mas, mesmo que decida fazê-lo mais tarde, nunca é tarde para deixar de fumar. É sempre benéfico para a saúde, e permite melhorar o prognóstico de patologias existentes, como a doença pulmonar obstrutiva crónica ou a doença cardíaca.

Os benefícios de deixar de fumar são evidentes logo a curto prazo, mas, cerca de 10 anos depois, o risco de cancro do pulmão reduz para metade e, depois de 15 anos, o risco de ataque cardíaco é semelhante ao de um não fumador.

MedSUPPORT | Testemunho da semana

Para quem quer estar seguro e dormir tranquilo pode/deve confiar na MedSUPPORT. Equipe 5 estrelas.”

Dr. José Francisco Rodrigues | Ponte Saúde - Amarante

Maior inquérito internacional aos utilizadores de serviços de saúde até hoje

DGS

O relatório PaRIS, divulgado hoje pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), revela a perceção dos utentes sobre os sistemas de saúde em 19 países, incluindo Portugal. O estudo abrangeu mais de 100.000 pessoas com mais de 45 anos, com destaque para aqueles que vivem com doenças crónicas. Em Portugal, participaram mais de 12.000 utentes de 91 centros de saúde, numa iniciativa conduzida pela Direção-Geral da Saúde e parceiros. Os resultados mostram avanços importantes, como a abordagem multidisciplinar a doentes crónicos (97%, acima da média da OCDE) e o maior tempo de consulta em unidades de saúde (86% das consultas superiores a 15 minutos, contra 47% na OCDE).

Destaques Positivos do Sistema de Saúde Português

✅ Abordagem Multidisciplinar

97% dos utentes com duas ou mais doenças crónicas beneficiam de cuidados que vão além da medicina tradicional, envolvendo diferentes especialistas. Este valor está bem acima da média da OCDE (83%), garantindo um acompanhamento mais completo e eficaz.

✅ Consultas mais longas e cuidadosas

86% das unidades de saúde oferecem consultas de seguimento com mais de 15 minutos, superando amplamente a média da OCDE (47%). Estudos indicam que consultas mais longas aumentam a confiança dos utentes no sistema de saúde em 90%.

✅ Revisão regular da medicação

71% dos utentes com três ou mais condições crónicas tiveram a sua medicação revista nos últimos 12 meses, um valor próximo da média da OCDE (75%), assegurando um uso mais seguro e eficaz dos medicamentos.

✅ Infraestrutura digital avançada

80% dos utentes são acompanhados em unidades que possuem sistemas eletrónicos para troca de registos médicos, um valor significativamente superior à média da OCDE (57%). Esta tecnologia melhora a coordenação dos cuidados e coloca o doente no centro das decisões.

Estes números mostram que Portugal tem um sistema de saúde robusto, focado no bem-estar dos utentes e alinhado com as melhores práticas internacionais!

Apesar das conquistas, persistem desafios significativos. A confiança no sistema de saúde em Portugal é inferior à média da OCDE (54% vs. 62%), especialmente entre utentes com rendimentos mais baixos. Além disso, apenas 49% dos doentes crónicos têm um plano de cuidados bem coordenado entre os diferentes níveis de assistência, abaixo da média internacional. O relatório também aponta para um baixo aproveitamento das tecnologias digitais, com apenas 17% dos utentes acedendo aos seus registos médicos online e 7% recorrendo à teleconsulta.

O estudo destaca a necessidade de adaptar os sistemas de saúde às exigências de uma população envelhecida e com múltiplas doenças crónicas. As conclusões apontam para a importância de melhorar a coordenação dos cuidados, reduzir desigualdades no acesso e fortalecer a confiança dos utentes. O relatório serve como um apelo aos países para que as políticas de saúde sejam cada vez mais centradas nas pessoas, garantindo um sistema eficiente e inclusivo para todos.

Pode consultar o relatório completo aqui.

Relatório da OCDE sobre serviços de saúde "reflete ineficiência" do SNS

Notícias ao Minuto

A Ordem dos Médicos (OM) considerou hoje que o relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) sobre o uso dos serviços de saúde "reflete alguma ineficiência" na gestão do Serviço Nacional de Saúde (SNS), alertando que Portugal ficou para atrás.

Carlos Cortes comentava os dados do estudo Patient Reported Indicators Surveys (PaRIS) - o maior inquérito internacional aplicado a utilizadores de serviços de saúde -

"Este relatório da OCDE [Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico] é uma espécie de lufada de ar fresco, porque vem demonstrar quem é que utiliza o sistema de saúde. O que entendo é que Portugal tem de ter indicadores muito precisos para poder avaliar permanentemente a reforma das unidades locais de saúde (ULS) e o plano estratégico, porque muitas vezes implementam-se uma série de medidas e depois não são avaliadas", referiu.

Para o bastonário da OM, a grande falha que o SNS tem é não poder avaliar as políticas que são implementadas.

"As ULS foram implementadas há sensivelmente um ano e nós não temos nenhuma avaliação sobre se a saúde das pessoas melhorou ou não", observou.

De acordo com Carlos Cortes, Portugal precisa de desenvolver métodos de literacia em saúde, com mais tecnologia e uso da Inteligência Artificial (IA).

"Para os doentes poderem fazer uma autogestão dos seus cuidados, tem de haver mais literacia saúde, para que as pessoas com doenças menos graves não tenham de recorrer ao SNS, mas possam acompanhar a sua doença. Até no caso dos doentes crónicos, acompanhar a sua doença e tomar as melhores opções", salientou.

"Comparando com a média da OCDE, percebemos que Portugal tem dificuldades e tem de mudar o acompanhamento dos doentes com doença crónica", vincou Carlos Cortes.

"Portugal tem de fazer um esforço muito grande de adaptação àquelas que são as novas exigências da nossa sociedade, uma população muito mais envelhecida e muito mais propensa a ter doenças crónicas. As pessoas vivem mais tempo. É um dado transversal a todos os países da OCDE, que desde os anos de 1970 regista um crescimento da esperança de vida", indicou. (…)

Oportunidades que Criam Futuro!

Bem-vindo à nova secção dedicada às oportunidades de Recursos Humanos no setor da saúde em Portugal!

Sabemos que o talento certo pode fazer toda a diferença numa clínica. Por isso, criamos este espaço para conectar profissionais de saúde com as clínicas que precisam deles. Seja para expandir a equipa, reforçar o atendimento ou encontrar aquela peça-chave para o sucesso!

Se está à procura de novas oportunidades ou se a sua clínica precisa de reforços, esta secção é para si! Fique atento e acompanhe as oportunidades que podem mudar o seu futuro profissional.

Assistente de Medicina Dentária – Porto – Tempo completo

A Bocca Clínica, no Porto, está a recrutar um(a) assistente de Medicina dentária (m/f) em regime full-time. Para se candidatar envie o seu Curriculum Vitae para o email [email protected]

Episódio 34 do Minuto MIT Technology Review com o Prof. Adalberto Campos Fernandes

CNN

O vídeo da CNN Portugal intitulado "Digital nos cuidados de saúde: continuidade e sustentabilidade" aborda a crescente integração de tecnologias digitais no setor da saúde, destacando os benefícios e desafios associados a essa transformação. A digitalização dos cuidados médicos tem facilitado a gestão de informações dos pacientes, permitindo armazenamento e acesso em tempo real aos dados clínicos. Essa evolução melhora a coordenação entre profissionais de saúde e promove uma análise preditiva mais eficaz, contribuindo para a continuidade e sustentabilidade dos serviços de saúde.

A telemedicina surge como uma ferramenta essencial nesse contexto, ampliando o acesso a consultas e monitorização remota, especialmente para indivíduos em áreas remotas ou com mobilidade reduzida. Durante a pandemia de COVID-19, a telemedicina consolidou-se como uma solução indispensável para manter a continuidade dos cuidados, demonstrando seu potencial para transformar a prestação de serviços de saúde.

No entanto, a implementação dessas tecnologias enfrenta desafios, incluindo a necessidade de políticas claras, investimento em infraestrutura e formação adequada dos profissionais de saúde. A integração bem-sucedida das soluções digitais requer uma abordagem estratégica que considere a segurança dos dados, a interoperabilidade dos sistemas e a equidade no acesso aos serviços de saúde digitais.

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