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HPV: cancro do colo do útero pode ser "erradicado"? Sim e Portugal está no bom caminho

SIC Notícias

É, muitas vezes, um vírus silencioso. Não dá sinais de que 'está lá'. Na maioria dos casos, desaparece espontaneamente ao fim de 1 ano, mas em algumas mulheres pode progredir para cancro do colo do útero ou outras doenças genitais. A vacinação contra o HPV e o rastreio são esperanças para a erradicação deste cancro nos próximos 15 anos.

O Dia da Consciencialização do HPV assinala-se a 4 de março. A SIC Notícias falou com Rui Medeiros, professor universitário, diretor-adjunto do centro de investigação do IPO Porto e membro da direção da European Cancer Organization para esclarecer alguns pontos essenciais sobre o vírus.

O HPV não escolhe sexos nem idade. Infeta tanto homens como mulheres e ambos são transmissores do vírus do papiloma humano, na maior parte dos casos sem o saberem porque não têm sintomas, diz a Liga Portuguesa Contra o Cancro.

Cerca de metade das infeções são de um tipo de HPV de "alto risco", acrescenta o National Cancer Institute. O mesmo organismo diz que a maioria das infeções 'desaparece' sem provocar cancro graças ao sistema imunitário. Mas as de alto risco, se persistirem, pode evoluir para cancro.

O que é?

O vírus do papiloma humano, também conhecido por HPV, é uma das infeções de transmissão sexual mais comuns a nível mundial, diz o Sistema Nacional de Saúde num texto informativo. É um vírus "invisível", em que as pessoas "não percebem que estão infetadas", ao contrário do que acontece com a gripe, originada também por um vírus, que provoca febre e dores musculares e desaparece numa semana, exemplifica o investigador do IPO Porto.

Nesta notícia poderá ainda ler sobre:

  • Como se manifesta?

  • Como se transmite?

  • Quais os tratamentos?

Reorganização das urgências de pediatria entrou em vigor no sábado

Canal S+

A reorganização das urgências pediátricas arrancou no sábado, através de um projeto-piloto que envolve cerca de 20 hospitais e que prevê a criação de Centros de Atendimento Pediátrico nas áreas metropolitanas de Lisboa e Porto.

Este novo modelo tem em conta que o número de doentes pouco urgentes e não urgentes oscila entre 40% e os 50% dos atendidos nas urgências, mas também que o atual número de especialistas é insuficiente para manter abertas todas as urgências de pediatria das Unidades Locais de Saúde (ULS).

Segundo Caldas Afonso, coordenador da Comissão Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente, os Centros de Atendimento Clínico Pediátrico (CAC-P) destinam-se a doentes com triagem “verde” (pouco urgente) e “azul” (não urgente), com o do Porto a entrar em funcionamento no sábado no Hospital da Prelada, enquanto em Lisboa ainda decorre o concurso para a sua abertura.

O CAC-P do Porto vai abranger os utentes das ULS de São João, Santo António, de Matosinhos e Gaia-Espinho, enquanto o de Lisboa será direcionado para os utentes das ULS de Santa Maria, São José e de Lisboa Ocidental.

Estes novos centros pediátricos terão equipas dedicadas de médicos, enfermeiros e auxiliares, com a presença mínima obrigatória de um pediatra, responsável pela coordenação, funcionando entre as 08:00 e as 23:00 todos os dias da semana e com a disponibilização de exames complementares de diagnóstico..

Na prática, o acesso à urgência referenciada passa a ser possível através de uma pré-triagem telefónica da linha SNS Criança e Adolescentes (uma derivação do SNS24), assim como para casos encaminhados pelo INEM, pelos centros de saúde ou por outra instituição de saúde, pública, privada ou social com informação assinada por médico.

Comer uma laranja por dia reduz o risco de depressão

Notícias Saúde

Costuma dizer-se que uma maçã por dia mantém o médico longe, mas este fruto tem agora concorrência. É que, de acordo com um novo estudo, comer uma laranja todos os dias pode reduzir o risco de depressão em 20%.

Liderado por Raaj Mehta, professor de medicina na Escola Médica de Harvard e médico no Hospital Geral de Massachusetts, o estudo, publicado na revista científica BMC, descobriu que os citrinos, nomeadamente a laranja, estimulam o crescimento de Faecalibacterium prausnitzii (F. prausnitzii), um tipo de bactéria que se encontra no intestino humano, que influencia a produção dos neurotransmissores serotonina e dopamina, duas moléculas biológicas conhecidas por melhorarem o humor.

Já tinha sido confirmado que dietas do tipo mediterrânico estavam associadas a uma redução de quase 35% no risco de depressão, com impacto também na redução dos sintomas de humor. Não se sabia era quais os grupos alimentares específicos que fundamentam estas descobertas, embora a suspeita já recaísse sobre os citrinos, entre os quais a laranja..

“Estes dados sublinham o papel da dieta na prevenção da depressão e oferecem uma explicação plausível de como o microbioma intestinal modula a influência dos citrinos na saúde mental”, escreveram os investigadores no artigo.

Dança e ciência para combater esclerose múltipla na Escócia

Observador

Com uma das taxas mais elevadas de esclerose múltipla (EM) do mundo, a Escócia está a explorar abordagens inovadoras para melhorar a qualidade de vida dos doentes, desde a dança adaptada à medicina personalizada.

O mais recente estudo da MS Society, uma instituição de investigação médica do Reino Unido, revela que a prevalência da esclerose múltipla na Escócia aumentou 10% desde 2019, enquanto no Reino Unido há mais de 150 mil pessoas com a doença, especificando que 73% das pessoas afetadas na Escócia são mulheres e que o diagnóstico é mais comum entre os 30 e os 40 anos.

Embora a esclerose múltipla continue a não ter cura e afete a mobilidade, a cognição e a fadiga dos seus doentes, a ciência e a arte procuram atenuar os seus efeitos.

Elevate, um programa de dança adaptada desenvolvido em 2018 pela companhia Scottish Ballet, combina ballet, fisioterapia, música ao vivo e a vertente social para melhorar a mobilidade, a coordenação e o equilíbrio dos doentes, ao mesmo tempo que promove a ligação social e o bem-estar emocional.

“Vimos que a dança tem benefícios reais na mobilidade e na saúde mental, reduzindo a depressão e o isolamento.“

Emily Davis, antiga bailarina do Philadelphia Ballet,

O programa oferece aulas presenciais em Glasgow e Perth, bem como sessões online. “Elevate foi concebido em colaboração com fisioterapeutas, neurologistas e pacientes, integrando exercícios específicos com a arte do ballet”, diz Bethany Whiteside, investigadora do Royal Conservatoire of Scotland.

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