Notícias da Saúde em Portugal 559

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Monitores de doentes Contec

INFARMED, I.P.

Os monitores de doentes Contec CMS6000/CMS6500/CMS7000/CMS8000/CMS9000 destinam-se à monitorização de vários sinais vitais, incluindo eletrocardiograma (ECG), frequência cardíaca, frequência respiratória, pressão arterial não-invasiva, pressão arterial invasiva, dióxido de carbono e temperatura em doentes adultos, pediátricos e neonatais.

O fabricante Contec Medical Systems Co., Ltd. emitiu um aviso de segurança, relativamente aos monitores de doentes mencionados anteriormente na sequência da deteção pela FDA e pela CISA das seguintes vulnerabilidades de cibersegurança:

  • O monitor de doentes pode ser controlado remotamente por um utilizador não-autorizado ou não funcionar conforme esperado.

  • O software nos monitores de doentes inclui um backdoor, que pode significar que o dispositivo ou a rede na qual ele foi conectado podem ter sido ou foram comprometidos.

Assim que o monitor de doentes é ligado à internet, começa a recolher dados do doente, incluindo informações pessoais identificáveis (PII) e informações de saúde protegidas (PHI), além de exfiltração (retirada) dos dados para fora do ambiente de prestação de serviços de saúde.

Quaisquer incidentes ou outros problemas relacionados com estes dispositivos médicos devem ser notificados à Unidade de Vigilância de Produtos de Saúde do INFARMED, I.P. através da plataforma REPORTE!.

Síndrome de Morte Súbita do Lactente: o que é e como reduzir o risco?

SIC Notícias

Sabe qual é a principal causa de morte em bebés com menos de um ano? Chama-se Síndrome de Morte Súbita do Lactente (SMSL) e define-se como a morte repentina e sem explicação de um bebé, depois da fase de recém-nascido e até completar o seu primeiro ano de vida.

Como posso reduzir o risco?

O bebé deve dormir de barriga para cima. Não é recomendado o uso de almofadas e o bebé não deve dormir de lado.

O tabaco também é um fator que parece ter impacto. Quer seja na gravidez ou no pós-parto, a cessação tabágica é essencial.

Outra medida importante é não ter no berço peluches, mantas ou outros tecidos que possam tapar a via respiratória do bebé. Idealmente, os pés devem tocar no fundo do berço, e o colchão deve ser firme.

Relativamente ao co-sleeping (ou cama partilhada), este é um tema ligeiramente menos consensual. O que se sabe é que nos primeiros seis meses de vida, o local mais seguro para o bebé dormir é no quarto dos cuidadores, mas num berço próprio, idealmente ao lado da cama.

Também não deve adormecer o bebé num sofá ou cadeira.

Procure ajuda de um profissional de saúde se precisar de otimizar estes processos. Se tiver dúvidas, fale com o seu médico e informe-se sobre as melhores práticas para garantir um sono seguro.

Bactérias inofensivas inibem micróbios que causam infeções como pneumonias

CNN

Investigadores do Instituto de Tecnologia Química e Biológica (ITQB), da Universidade Nova de Lisboa, descobriram que bactérias existentes no trato respiratório superior, fora do tórax, inibem 'Streptococcus pneumoniae', causa de várias infeções respiratórias.

Num estudo publicado na revista científica Applied and Environmental Microbiology, da Sociedade Americana de Microbiologia, os investigadores revelam que “algumas bactérias que vivem na nasofaringe e orofaringe - isto é, nas regiões logo atrás da cavidade nasal e da boca, respetivamente - conseguem inibir a maioria das variantes de 'S. pneumoniae'”, segundo um comunicado do ITQB.

A bactéria 'Streptococcus pneumoniae' e as suas variantes, conhecidas como pneumococos, é uma das principais causas de infeções como otites e sinusites, mas também meningites, sépsis e pneumonias.

“Ao estudar a frequência de colonização por 'S. pneumoniae' reparámos que algumas pessoas que não eram colonizadas por este agente patogénico estavam, no entanto, colonizadas por outras bactérias inofensivas, particularmente 'Streptococcus oralis' e 'Streptococcus mitis'.”

Raquel Sá-Leão, Responsável Laboratório de Microbiologia Molecular de Patógenos Humanos

“Da extensa lista de micróbios identificámos sete estirpes de 'S. oralis' e 'S. mitis' com uma forte atividade inibitória contra 'S. pneumoniae'”, revela Sara Handem, investigadora do ITQB e uma das autoras do estudo, acrescentando que aquelas bactérias “conseguem impedir a formação de biofilmes pneumocócicos - grupos de bactérias que se agarram à mucosa respiratória, formando uma comunidade mais resiliente ao sistema imunitário e aos antibióticos”.

Tuberculose em Portugal mantém-se estável

DGS

A taxa de notificação de Tuberculose em Portugal manteve-se estável em 2023, registando 14,9 casos por 100 mil habitantes, valor idêntico ao observado em 2022, segundo os dados do mais recente "Relatório de Vigilância e Monitorização da Tuberculose em Portugal”, publicado pela Direção-Geral da Saúde (DGS), através do Programa Nacional para a Tuberculose (PNT).

Os dados epidemiológicos atualizados sobre a doença no país, revelados, ontem, no Dia Mundial da Tuberculose, revelam que apesar da manutenção de casos, o ritmo de decréscimo registado nos últimos cinco anos (2019-2023) desacelerou.

No retrato constante do Relatório, a incidência nos homens é superior à verificada em mulheres (68,3% do total de casos notificados em 2023), especialmente na idade adulta. No ano de 2023, 2,8% do total de casos ocorreram em crianças e adolescentes com idade inferior a 15 anos.  

A DGS, através do PNT, assume como estratégias e prioridades reduzir a incidência da tuberculose e o tempo até ao diagnóstico, mantendo-o gratuito, assim como o tratamento. A intensificação da literacia sobre tuberculose entre a população e profissionais de saúde, e o fortalecimento das parcerias com organizações da sociedade civil e estruturas comunitárias, são outras das estratégias definidas.

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